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Novos Antibióticos 2024-2025: Perspectivas Terapêuticas Contra Patógenos Prioritários (CRE, CRAB, MRSA)

Este artigo detalha 15 mais novos antibióticos aprovados e em desenvolvimento para 2024-2025, com foco em resistência antimicrobiana (RAM), patógenos prioritários da OMS e indicações clínicas específicas.

Novos antibióticos 2024-2025 — este é o tema que reacende a esperança no enfrentamento das superbactérias que desafiam UTIs e protocolos de controle de infecção no mundo inteiro.
Depois de anos de escassez de inovação, o pipeline global finalmente entregou resultados concretos: Sulbactam-Durlobactam, Aztreonam-Avibactam, Cefepime-Taniborbactam, Ceftobiprole, Sulopenem e Gepotidacin.

Cada um desses agentes representa uma vitória científica sobre a resistência antimicrobiana (RAM) — uma pandemia silenciosa que ameaça reverter décadas de avanços na medicina moderna.
Mas a questão central permanece: estamos preparados para preservar esse novo arsenal?
A resposta depende de como as instituições hospitalares e as CCIHs integram esses medicamentos dentro de estratégias de Antimicrobial Stewardship (AMS) rigorosas e baseadas em evidências.

Resumo executivo

Esta revisão analisa o robusto pipeline de antibióticos de 2024-2025, detalhando os novos agentes aprovados e em fase final de desenvolvimento para combater os patógenos prioritários da OMS (Ref. 4), incluindo CRE, CRAB e MRSA. O artigo foca nas evidências clínicas que mudarão a prática do controle de infecção.

Os principais destaques incluem:

  • Para CRAB: A aprovação do Sulbactam-Durlobactam (Xacduro), que demonstrou menor nefrotoxicidade e não inferioridade na mortalidade em comparação com a colistina no ensaio ATTACK (Ref. 9).
  • Para MBLs (CRE): O desenvolvimento de Aztreonam-Avibactam (Emblaveo) (Ref. 12, 13) e Cefepime-Taniborbactam, que foi superior ao Meropenem no ensaio CERTAIN-1 (Ref. 18).
  • Para MRSA: A aprovação do Ceftobiprole (Zevtera) pela FDA para Bacteremia por S. aureus (SAB), com base no ensaio ERADICATE (Ref. 28).
  • Para “Step-Down” Oral: A chegada dos primeiros carbapenêmicos orais, Sulopenem (Orlynvah) (aprovado em Out/2024) (Ref. 23) e Tebipenem HBr (Ref. 21), para o tratamento de infecções do trato urinário complicadas.
  • Novas Classes: O Gepotidacin (Blujepa) (Ref. 33), o primeiro de uma nova classe para ITU não complicada, aprovado em Mar/2025 (Ref. 35).

A conclusão central é que, embora este novo arsenal seja uma conquista significativa, sua preservação é inteiramente dependente da implementação imediata e rigorosa de programas de Antimicrobial Stewardship (AMS) (Ref. 6).

Índice

Seção Conteúdo
Parte I Fundamentos (RAM, Patógenos OMS 2024, Financiamento)
Parte II BGN Resistentes (5 medicamentos detalhados)
Parte III Step-Down Oral (Tebipenem, Sulopenem)
Parte IV CGP Resistentes (Ceftobiprole, Contezolid, Afabicin)
Parte V Novas Classes (Gepotidacin, Zoliflodacin, Epetraborole)
Parte VI Integração Clínica (Tabelas comparativas)
Parte VII Conclusão e Stewardship
Parte VIII Recursos, Guias de Navegação, Palavras-chave SEO

FAQ: O Novo Arsenal Terapêutico (2024-2025)

Parte I: Fundamentos (RAM, Patógenos OMS, Financiamento)

1. O que é Resistência Antimicrobiana (RAM) e por que é considerada uma “pandemia silenciosa”?

A RAM é a capacidade de um microrganismo (como uma bactéria) de resistir à ação de um antimicrobiano. É chamada de “pandemia silenciosa” porque, ao contrário da COVID-19, ela avança de forma gradual, mas com números devastadores. Em 2019, estima-se que 1,27 milhão de mortes foram diretamente atribuíveis à RAM, com 4,95 milhões de mortes associadas, superando as mortes por HIV/AIDS ou malária.

2. Quais são os patógenos prioritários “críticos” da lista da OMS de 2024?

A lista atualizada da OMS classifica como “críticos” os patógenos que representam a maior ameaça global. Este grupo inclui:

  • Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB).
  • Enterobacterales resistentes a carbapenêmicos (CRE), especialmente os produtores de MBL (Metalo-beta-lactamase).

Eles são prioridade máxima para pesquisa e desenvolvimento de novos antibióticos.

3. Qual é o desafio econômico no desenvolvimento de novos antibióticos?

Existe um paradoxo: antibióticos são caros para desenvolver, mas, para preservar sua eficácia (via stewardship), devem ser usados o mínimo possível. Isso gera baixo volume de vendas e leva empresas à falência. A solução emergente são os incentivos “pull” (atração), como modelos de assinatura, onde governos pagam pela disponibilidade do antibiótico, e não por dose vendida, alinhando inovação com stewardship.

4. Para gestores hospitalares: Por que investir em novos antibióticos se eles devem ser pouco usados?

O investimento não é em volume de uso, mas em capacidade terapêutica. Ter um novo antibiótico (ex: Sulbactam-Durlobactam para CRAB) disponível é uma apólice de seguro para tratar pacientes com infecções graves sem outras opções. A falha terapêutica por resistência gera custos muito maiores (internação prolongada em UTI, mortalidade). O investimento é em segurança do paciente e capacidade de resposta a surtos.

5. Para a CCIH: Qual o papel do Antimicrobial Stewardship (AMS) na introdução de novos antibióticos?

O papel é central e vital. O AMS é o programa que garante que o novo antibiótico seja usado corretamente (indicação, dose, duração) para otimizar o desfecho clínico e, crucialmente, preservar sua eficácia. A CCIH, junto ao time de AMS, deve definir protocolos claros de uso, restringir sua prescrição e monitorar o surgimento de resistência, protegendo o novo arsenal.

Parte II: BGN Resistentes – Acinetobacter (CRAB)

6. O que é Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB)?

É um dos patógenos “críticos” da OMS, frequentemente encontrado em UTIs. É extremamente difícil de tratar por ser resistente a quase todos os antibióticos disponíveis, incluindo os carbapenêmicos (ex: Meropenem). As infecções por CRAB (como pneumonia associada à ventilação) têm taxas de mortalidade muito elevadas.

7. Qual é a principal novidade terapêutica para CRAB (em Pneumonia Hospitalar/VABP)?

A principal novidade é o Sulbactam-Durlobactam (Xacduro), aprovado pela FDA em 2023. É a primeira terapia em décadas desenhada especificamente para infecções por Acinetobacter baumannii.

8. Como o Sulbactam-Durlobactam (Xacduro) funciona contra o CRAB?

O Sulbactam já possui atividade intrínseca contra o Acinetobacter, mas era degradado por enzimas (carbapenemases, como as OXA). O Durlobactam é um novo inibidor de beta-lactamase (da classe DBO) que bloqueia essas enzimas, “protegendo” o Sulbactam e restaurando sua capacidade de matar a bactéria.

9. Qual a principal vantagem clínica do Sulbactam-Durlobactam vs. Colistina, segundo o ensaio ATTACK?

A vantagem mais significativa foi a redução drástica da nefrotoxicidade. O ensaio ATTACK mostrou não inferioridade na mortalidade em 28 dias (19% vs. 32% para colistina), mas a taxa de nefrotoxicidade foi de apenas 13,2% com Sulbactam-Durlobactam, comparada a 37,6% no braço Colistina.

10. Para médicos e farmacêuticos: Como a diretriz IDSA 2024 posiciona o Sulbactam-Durlobactam?

Devido à forte evidência do ensaio ATTACK, a diretriz de 2024 da IDSA (Infectious Diseases Society of America) agora posiciona o Sulbactam-Durlobactam como uma terapia preferencial sobre a Colistina para o tratamento de infecções graves por CRAB (como pneumonia).

Parte III: BGN Resistentes – Enterobacterales (CRE – MBL e KPC)

11. O que são Enterobacterales Resistentes a Carbapenêmicos (CRE) e por que as MBLs são um desafio especial?

CRE são enterobactérias (como Klebsiella, E. coli) resistentes aos carbapenêmicos. As Metalo-Beta-Lactamases (MBLs), como NDM e VIM, são um subtipo de CRE que usa zinco para destruir quase todos os antibióticos beta-lactâmicos, incluindo as novas combinações (como Ceftazidima-Avibactam). Elas representam um “buraco” terapêutico.

12. Qual é a nova terapia aprovada especificamente para CRE produtoras de Metalo-Beta-Lactamases (MBLs)?

A grande novidade é o Aztreonam-Avibactam (Emblaveo), aprovado pela FDA em 2025. Ele foi desenvolvido especificamente para preencher a lacuna das MBLs.

13. Como o Aztreonam-Avibactam (Emblaveo) contorna a resistência das MBLs?

É uma combinação inteligente:

  1. O Aztreonam (um monobactâmico) é estável e não é destruído pelas MBLs.
  2. No entanto, o Aztreonam é vulnerável a outras enzimas que a bactéria produz (como KPC, AmpC).
  3. O Avibactam entra para inibir essas outras enzimas, protegendo o Aztreonam e permitindo que ele mate a bactéria.

14. Qual a novidade do Cefepime-Taniborbactam e sua vantagem sobre o Meropenem?

O Cefepime-Taniborbactam (aguardando aprovação) é uma nova combinação. O Taniborbactam é um inibidor de amplo espectro que bloqueia tanto as serino-beta-lactamases (como KPC) quanto as metalo-beta-lactamases (MBLs). No ensaio CERTAIN-1 para Infecção do Trato Urinário complicada (ITUc), ele foi superior ao Meropenem, demonstrando maior taxa de cura.

15. Para a CCIH/Microbiologia: Por que é crucial diferenciar os mecanismos de resistência em CRE (ex: KPC vs. MBL)?

Porque os novos antibióticos têm alvos diferentes. Ceftazidima-Avibactam, por exemplo, é excelente para KPC (Classe A), mas inativo contra MBLs (Classe B). Usá-lo em uma MBL levará à falha terapêutica. O Aztreonam-Avibactam é o oposto: desenhado para MBLs. A identificação rápida do mecanismo (ex: por testes moleculares) é essencial para o stewardship e para a escolha da terapia correta.

16. O que é o Cefepime-Enmetazobactam (Exblifep) e qual seu alvo principal?

Aprovado em 2024, o Cefepime-Enmetazobactam é uma combinação indicada para Infecções do Trato Urinário complicadas (ITUc). Seu alvo principal são bactérias Gram-negativas produtoras de ESBL (Beta-Lactamases de Espectro Estendido), que são um mecanismo de resistência comum anterior às carbapenemases.

Parte IV: Cocos Gram-Positivos (MRSA)

17. Qual é a importância clínica do Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)?

O MRSA continua sendo um patógeno de “alta prioridade” da OMS. Ele causa infecções graves de pele e tecidos moles (ABSSSI) e infecções invasivas de alta mortalidade, como a Bacteremia por S. aureus (SAB), que é um grande desafio terapêutico em hospitais.

18. Qual é a nova opção aprovada pela FDA para Bacteremia por S. aureus (SAB)?

A nova opção é o Ceftobiprole (Zevtera), aprovado pela FDA em 2024. É o primeiro beta-lactâmico (cefalosporina) a receber aprovação para essa indicação específica (SAB) em muitos anos.

19. Como o Ceftobiprole (Zevtera) funciona contra o MRSA?

O Ceftobiprole é uma cefalosporina de 5ª geração. A resistência do MRSA se deve à proteína PBP2a, que tem baixa afinidade por beta-lactâmicos. O Ceftobiprole é único por ter uma alta afinidade de ligação à PBP2a, conseguindo inibir a síntese da parede celular do MRSA de forma eficaz.

20. Como o Ceftobiprole se comparou à Daptomicina no ensaio ERADICATE para SAB?

No ensaio clínico ERADICATE, o Ceftobiprole demonstrou não inferioridade à Daptomicina (um tratamento padrão) para o tratamento de Bacteremia por S. aureus (SAB), incluindo casos de MRSA. Isso o estabelece como uma nova alternativa terapêutica robusta para essa grave infecção.

21. Quais são as outras opções em desenvolvimento para MRSA?

Além do Ceftobiprole, outras drogas estão em fase avançada de testes (Fase 3), como o Contezolid (uma oxazolidinona, como a Linezolida, mas desenhada para menor toxicidade hematológica) e a Afabicin (um inibidor da síntese de ácidos graxos).

Parte V: “Step-Down” Oral e Novas Classes

22. Qual é a importância de novos antibióticos orais potentes, como o Sulopenem?

Eles são cruciais para o stewardship e para a gestão hospitalar. Permitem o “step-down”, ou seja, a transição segura de um paciente que estava recebendo terapia intravenosa (IV) para uma terapia oral (VO) em casa. Isso reduz o tempo de internação, diminui custos e reduz o risco de infecções relacionadas ao acesso venoso.

23. O que é o Sulopenem (Orlynvah) e para que foi aprovado?

O Sulopenem  é um dos primeiros carbapenêmicos orais. Ele foi aprovado para o tratamento de Infecção do Trato Urinário complicada (ITUc), permitindo o tratamento oral de infecções que antes exigiriam hospitalização para terapia IV. O Tebipenem HBr é outra droga similar em desenvolvimento.

24. O que é Gepotidacin (Blujepa) e por que é considerado uma “nova classe”?

O Gepotidacin é importante porque é o primeiro de uma classe totalmente nova de antibióticos em décadas (triazaacetilenos). Ele ataca a bactéria por um mecanismo de ação inédito, sendo vital contra patógenos que já desenvolveram resistência aos mecanismos antigos.

25. Qual o mecanismo de ação do Gepotidacin e qual sua indicação?

Seu mecanismo é ser um inibidor das topoisomerases tipo II (DNA girase e topoisomerase IV) de uma nova maneira. Sua indicação é para o tratamento de Infecção do Trato Urinário (ITU) não complicada (ex: cistite), com base nos ensaios EAGLE-2 e EAGLE-3.

  • Referência 1: Bunt, C. W. et al. (EAGLE-2/3) (2023). Gepotidacin for uncomplicated UTI. The Lancet. (Citado no Artigo Principal, Ref. 33)

26. Qual a nova droga em desenvolvimento para Gonorreia não complicada?

A Zoliflodacina, também uma droga de primeira classe (first-in-class) com mecanismo de ação novo. Ela está em desenvolvimento (Fase 3) e demonstrou alta eficácia contra Neisseria gonorrhoeae não complicada, incluindo cepas resistentes, em ensaio publicado no NEJM.

Parte VI: Implementação e Papéis Profissionais

27. Para o farmacêutico clínico: Qual o seu papel no stewardship de um novo antibiótico como o Sulbactam-Durlobactam?

O farmacêutico clínico é essencial. Seu papel inclui:

  • Participar da definição do protocolo de uso (restrição e critérios).
  • Revisar prescrições para garantir a indicação e o espectro corretos.
  • Sugerir ajustes de dose (ex: com base na função renal).
  • Monitorar ativamente a nefrotoxicidade (embora menor que a da Colistina, ainda existe).
  • Orientar sobre o uso de infusão estendida, se aplicável.
  • Participar de rounds multidisciplinares com a CCIH e o médico prescritor.
  • Referência 1: CCIH.med.br. Resistência aos Carbapenêmicos: O Desafio Crítico (Ver Seção “Papel do Farmacêutico”)

28. Para o(a) enfermeiro(a): Quais cuidados de administração ou monitoramento são cruciais com essas novas terapias?

A enfermagem está na linha de frente. Além da administração correta (diluição, tempo de infusão), seu papel é crucial em:

  • Monitoramento de Eventos Adversos: Ser o primeiro a detectar sinais de toxicidade (ex: alteração no débito urinário/nefrotoxicidade) ou reações infusionais.
  • Prevenção da Transmissão: Garantir a aplicação rigorosa das precauções de contato (para CRAB, CRE, MRSA) para evitar que a resistência se espalhe.
  • Coleta de Culturas: Assegurar a coleta correta de culturas antes da primeira dose do novo antibiótico.
  • Educação: Orientar pacientes e familiares sobre as medidas de precaução.
  • Referência 1: CCIH.med.br. Resistência aos Carbapenêmicos: O Desafio Crítico (Ver Seção “Papel da Enfermagem”)
  • Referência 2: CCIH.med.br. A Era Pós-Carbapenêmicos (Cita o vídeo “O Papel da Enfermagem no Controle de Infecção Hospitalar”)

29. Para o gestor hospitalar: Qual o impacto da implementação de um programa de AMS nos custos e resultados?

Um programa de AMS (Antimicrobial Stewardship) bem implementado não é um custo, é um investimento. Ele leva à:

  • Redução de Custos: Ao otimizar o uso, reduzir o tempo de terapia e preferir o descalonamento (step-down) para via oral, ele diminui o tempo de internação e o custo farmacêutico total.
  • Melhores Resultados: Reduz eventos adversos (como nefrotoxicidade ou infecção por C. difficile).
  • Preservação: Aumenta a vida útil dos antibióticos (novos e antigos) ao reduzir a pressão seletiva, protegendo o hospital de surtos de superbactérias.
  • Referência 1: CCIH.med.br. Estrutura molecular da resistência microbiana
  • Referência 2: CDC. Core Elements of Hospital Antibiotic Stewardship Programs

30. Para todos os profissionais: Por que a preservação desse novo arsenal depende de todos?

Porque a resistência é inevitável, mas a velocidade com que ela aparece é diretamente impactada pelo nosso uso. Cada prescrição desnecessária, cada dia a mais de tratamento, e cada falha na higiene das mãos ou precauções de contato contribui para a pressão seletiva. Médicos, farmacêuticos, enfermeiros e gestores formam a barreira de stewardship que decidirá se essas drogas serão úteis por décadas ou se as perderemos em poucos anos.

Introdução

A resistência antimicrobiana (RAM) é uma pandemia silenciosa que ameaça reverter décadas de progresso médico (Ref. 1). Com estimativas de milhões de mortes anuais atribuídas à RAM, a necessidade de novos antibióticos é mais premente do que nunca (Ref. 2). Organismos multirresistentes (MDR), como Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB), Enterobacterales resistentes a carbapenêmicos (CRE) e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), transformaram infecções hospitalares em desafios terapêuticos complexos (Ref. 3). Em resposta, o pipeline de antibióticos, embora ainda frágil, começou a entregar novas armas cruciais. Esta revisão detalha os agentes em desenvolvimento avançado e recém-aprovados que estão definidos para mudar a prática clínica no controle de infecções hospitalares.

A Crise Silenciosa e a Lista de Patógenos Prioritários da OMS 2024

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou sua lista de patógenos bacterianos prioritários (BPPL) em 2024, fornecendo um guia global para pesquisa e desenvolvimento (P&D) (Ref. 4). Esta lista classifica as bactérias com base na urgência de novos tratamentos (Ref. 4).

  • Prioridade 1: Crítica: Inclui Acinetobacter baumannii (CRAB) e Enterobacterales resistentes aos carbapenêmicos (CRE) e cefalosporinas de 3ª geração. Estes são os principais alvos das novas terapias para infecções hospitalares (Ref. 4, 5).
  • Prioridade 2: Alta: Inclui Staphylococcus aureus (MRSA) e Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenêmicos (CRPA) (Ref. 4, 5).
  • Prioridade 3: Média: Inclui patógenos como Streptococcus pneumoniae resistente a macrolídeos (Ref. 4).

O pipeline de antibióticos atual é diretamente moldado para enfrentar, primariamente, os patógenos de prioridade crítica e alta.

O Desafio do Financiamento: Incentivos “Push” vs. “Pull”

O desenvolvimento de antibióticos enfrenta um paradoxo econômico: eles são caros para desenvolver, mas, para preservar sua eficácia (via stewardship), devem ser usados o mínimo possível (Ref. 6). Legislações como o GAIN Act (2012) nos EUA forneceram incentivos “push” (impulso), como revisões prioritárias, que ajudaram a aprovar muitos agentes recentes (Ref. 2).

No entanto, o mercado falha no pós-aprovação; empresas menores que desenvolvem antibióticos de último recurso muitas vezes vão à falência por baixo volume de vendas (Ref. 2). A solução emergente são os incentivos “pull” (atração), como modelos de assinatura (ex. no Reino Unido e propostos nos EUA), onde os governos pagam às empresas pelo valor social do antibiótico e sua disponibilidade, e não por volume vendido. Isso desvincula o lucro do uso, alinhando a inovação com os princípios do stewardship (Ref. 7).

Novas Terapias contra Bacilos Gram-Negativos (BGN) Resistentes (Patógenos Críticos)

O foco principal do P&D tem sido em BGN resistentes, notadamente CRAB e CRE, para os quais as opções terapêuticas (como polimixinas) são frequentemente tóxicas e subótimas (Ref. 8).

Sulbactam-Durlobactam (Xacduro): A nova esperança para Acinetobacter (CRAB)

Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB) é um dos patógenos mais temidos em UTIs. O Sulbactam-Durlobactam (SUL-DUR) foi aprovado pela FDA em 2023 para esta ameaça especificamente para HABP/VABP (pneumonia hospitalar adquirida e pneumonia associada à ventilação mecânica) causada pelo complexo Acinetobacter baumannii-calcoaceticus (Ref. 2).

  • Mecanismo: O Sulbactam tem atividade intrínseca contra A. baumannii, mas é degradado por carbapenemases (principalmente OXA). O Durlobactam é um novo inibidor de beta-lactamase da classe diazabiciclooctano (DBO) que bloqueia as classes A, C e, crucialmente, D (OXA), restaurando a atividade do Sulbactam (Ref. 2).
  • Evidência Clínica (Ensaio ATTACK): Este ensaio clínico de fase 3 (Ref. 9) comparou SUL-DUR com colistina em pacientes com infecções por CRAB. Os resultados foram impactantes: SUL-DUR demonstrou não inferioridade na mortalidade em 28 dias (19,0% vs. 32,3% para colistina), maior taxa de cura clínica e, o mais importante, uma redução drástica na nefrotoxicidade (13,2% vs. 37,6% no braço colistina) (Ref. 2, 10).
  • Diretrizes: Com base nessa evidência, a diretriz de 2024 da Infectious Diseases Society of America (IDSA) agora posiciona o SUL-DUR como uma terapia preferencial sobre a colistina para infecções graves por CRAB (Ref. 11).

Aztreonam-Avibactam (Emblaveo): A resposta para Metalo-Beta-Lactamases (MBLs)

As Metalo-Beta-Lactamases (MBLs), como NDM e VIM, são um pesadelo terapêutico porque hidrolisam quase todos os beta-lactâmicos, incluindo carbapenêmicos e as novas combinações (ex. Ceftazidima-Avibactam).O Emblaveo recebeu aprovação FDA em fevereiro de 2025 para infecções intra-abdominais complicadas (cIAI) com opções limitadas ou nenhuma opção de tratamento

  • Mecanismo: O Aztreonam (um monobactâmico) é estável à hidrólise por MBLs, mas é vulnerável a outras beta-lactamases (como ESBL, AmpC, KPC) que frequentemente coexistem no patógeno. O Avibactam (um DBO) inibe essas enzimas “protetoras”, permitindo que o Aztreonam atinja seu alvo (Ref. 2).
  • Evidência Clínica (REVISIT & ASSEMBLE): Os ensaios de fase 3 REVISIT e ASSEMBLE investigaram o ATM-AVI em infecções graves por BGN, incluindo uma coorte específica de patógenos produtores de MBL. Os resultados confirmaram a eficácia e segurança da combinação para infecções graves por Enterobacterales produtoras de MBL, preenchendo uma lacuna terapêutica crítica (Ref. 12, 13).

Cefepime-Enmetazobactam (Exblifep): Uma nova opção poupadora de carbapenêmicos

Aprovado pela FDA em fevereiro de 2024 (Ref. 14, 15), esta combinação visa o tratamento de infecções do trato urinário complicadas (cUTI), incluindo pielonefrite.

  • Mecanismo: O Enmetazobactam é um inibidor da classe dos ácidos penicilânicos que inativa beta-lactamases de classe A (ESBLs como CTX-M, SHV, TEM) (Ref. 2).
  • Evidência Clínica (Ensaio ALLIUM): Este ensaio de fase 3 comparou Cefepime-Enmetazobactam com Piperacilina-Tazobactam (Pip/Tazo). A nova combinação demonstrou superioridade na taxa de cura clínica e microbiológica composta (Ref. 2, 16). A descoberta mais significativa foi no subgrupo de pacientes com patógenos produtores de ESBL, onde a cura foi de 73,7% com Cefepime-Enmetazobactam vs. 51,5% com Pip/Tazo (Ref. 17). Isso o posiciona como uma alternativa vital para poupar o uso de carbapenêmicos em infecções por ESBL (Ref. 16).

Cefepime-Taniborbactam: Atividade “Pan-Espectro” (Serina e MBLs)

Este agente em investigação combina Cefepime com Taniborbactam, um inibidor bicíclico de boronato.

  • Mecanismo: O Taniborbactam tem um espectro de inibição excepcionalmente amplo, cobrindo as classes A, C, D (serina) e, notavelmente, MBLs de classe B (como NDM e VIM) (Ref. 2).
  • Evidência Clínica (Ensaio CERTAIN-1): Publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) em 2024 (Ref. 18), este ensaio de fase 3 comparou Cefepime-Taniborbactam com Meropenem para cUTI. A combinação foi superior ao Meropenem no desfecho composto (cura clínica e microbiológica), estabelecendo um novo potencial de tratamento para infecções causadas por CRE, incluindo MBLs (Ref. 2, 18).

Cefepime-Zidebactam: O “Efeito Potencializador” contra P. aeruginosa

O Zidebactam representa uma classe diferente de inibidor de beta-lactamase.

  • Mecanismo: Possui um mecanismo duplo. Primeiro, inibe beta-lactamases (Classe A, C). Segundo, liga-se fortemente à Proteína de Ligação à Penicilina 2 (PBP2) (Ref. 2). O Cefepime liga-se a outras PBPs. Essa ligação complementar cria um efeito potenciador sinérgico, que supera a resistência mesmo em patógenos altamente resistentes (Ref. 19).
  • Nicho Clínico: Devido a esse mecanismo, o Cefepime-Zidebactam é altamente ativo contra P. aeruginosa extensivamente resistente (XDR), incluindo cepas produtoras de MBL. Casos de uso compassivo relataram sucesso no tratamento de infecções disseminadas por P. aeruginosa produtora de NDM, onde todas as outras terapias falharam (Ref. 2, 20).

A Revolução do “Step-Down” Oral para BGN

Uma das maiores inovações no stewardship hospitalar é a capacidade de fazer a transição da terapia IV para a oral (“step-down”), permitindo altas mais precoces. Historicamente, isso era impossível para infecções por BGN resistentes (como ESBL).

Tebipenem HBr

O Tebipenem HBr é um pró-fármaco oral do carbapenêmico tebipenem.

  • Nicho Clínico: É o primeiro carbapenêmico oral em desenvolvimento nos EUA, destinado a cUTI e pielonefrite aguda (Ref. 2).
  • Evidência Clínica (Ensaio PIVOT-PO): Após um ensaio inicial (ADAPT-PO) que a FDA considerou insuficiente (Ref. 2), o novo ensaio de fase 3 PIVOT-PO (Ref. 21) comparou o Tebipenem oral com Imipenem-Cilastatina IV em pacientes hospitalizados. Os resultados, apresentados em 2025 no ID Week em Atlanta, demonstraram a não inferioridade do Tebipenem oral, abrindo caminho para uma nova submissão à FDA (Ref. 21, 22). O ensaio PIVOT-PO foi parado por eficácia em maio de 2025 e os resultados completos foram apresentados em 20 de outubro de 2025.

Sulopenem (Orlynvah)

O Sulopenem Etzadroxil é outro pró-fármaco de carbapenêmico oral.

  • Nicho Clínico: Foi aprovado pela FDA em outubro de 2024 (Ref. 14, 23) sob o nome Orlynvah, para o tratamento de infecções do trato urinário não complicadas (uUTI) em mulheres adultas, especificamente quando há poucas ou nenhuma opção oral alternativa (Ref. 24).
  • Evidência Clínica (Ensaio REASSURE): A aprovação baseou-se em ensaios como o REASSURE, que comparou Sulopenem com Amoxicilina-Clavulanato. Embora não tenha demonstrado não inferioridade em populações amplas em ensaios anteriores (Ref. 2), provou ser uma opção viável em pacientes com patógenos resistentes a outras terapias orais (Ref. 24).

Novas Terapias contra Cocos Gram-Positivos (CGP) Resistentes (Patógenos Altos)

Embora os BGN dominem o pipeline, a ameaça representada pelo MRSA e VRE (Enterococos resistentes à vancomicina) continua relevante.

Ceftobiprole (Zevtera): A Cefalosporina de 5ª Geração para Bacteremia por S. aureus

Esta é uma das aprovações mais significativas para Gram-positivos em anos. O Ceftobiprole é uma cefalosporina de 5ª geração.

  • Mecanismo: Inibe PBP, incluindo a PBP2a, que confere resistência no MRSA (Ref. 2).
  • Aprovação Clínica: Em abril de 2024, a FDA aprovou o Ceftobiprole (Zevtera) para três indicações (Ref. 25, 26): Infecções Agudas da Pele e Estruturas da Pele (ABSSSI), Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e, o mais importante, Bacteremia por Staphylococcus aureus (SAB), incluindo endocardite infecciosa do lado direito (Ref. 2, 27).
  • Evidência Clínica (Ensaio ERADICATE): A aprovação para SAB foi baseada no ensaio de fase 3 ERADICATE, publicado no NEJM em 2023 (Ref. 28). O estudo comparou Ceftobiprole com Daptomicina (com ou sem aztreonam) em pacientes com SAB complicada. O Ceftobiprole demonstrou não inferioridade no sucesso geral do tratamento em 70 dias (69,8% vs. 68,7%), provando ser uma nova opção de primeira linha robusta para a infecção por MRSA mais grave (Ref. 2, 29).

Contezolid

O Contezolid é uma nova oxazolidinona (mesma classe da Linezolida).

  • Nicho Clínico: Desenvolvido para ter atividade potente contra MRSA e VRE, mas com um perfil de segurança melhorado, visando minimizar a mielossupressão (toxicidade da medula óssea) e a síndrome serotoninérgica vistas com a Linezolida (Ref. 2).
  • Evidência Clínica: Um ensaio de fase 3 (Ref. 30) está atualmente em andamento comparando Contezolid (IV e oral) com Linezolida para o tratamento de infecções de pé diabético (Ref. 2, 31).

Afabicin

O Afabicin é um pró-fármaco do primeiro inibidor da classe da Enzima Redutase Enol-Acil (FabI).

  • Mecanismo: Atua em uma nova via (síntese de ácidos graxos) e é altamente seletivo para Staphylococcus spp. (incluindo MRSA) (Ref. 2).
  • Nicho Clínico: A vantagem é a especificidade, poupando a microbiota intestinal (Ref. 2). Um ensaio de fase 2 (Ref. 32) mostrou não inferioridade em comparação com Vancomicina/Linezolida para ABSSSI (Ref. 2).

Novas Classes e Mecanismos de Ação

A verdadeira inovação reside em antibióticos com mecanismos de ação totalmente novos, que não possuem resistência cruzada com as classes existentes.

Gepotidacin (Blujepa)

Aprovado pela FDA em março de 2025 (Ref. 33), o Gepotidacin é o primeiro da classe dos inibidores da topoisomerase IIA bacteriana (triazaacenaftileno) (Ref. 34).

  • Mecanismo: Atua em um local distinto das fluoroquinolonas, inibindo a DNA girase e a topoisomerase IV (Ref. 2).
  • Nicho Clínico: Aprovado para uUTI (Ref. 33, 34).
  • Evidência Clínica (EAGLE-2 & 3): Os resultados dos ensaios de fase 3 foram publicados no The Lancet em 2024 (Ref. 35). Comparando Gepotidacin com Nitrofurantoína, o Gepotidacin demonstrou não inferioridade (EAGLE-2) e superioridade estatística (EAGLE-3) no desfecho composto de resposta clínica e microbiológica (Ref. 2, 36).

Outros Agentes Notáveis

  • Zoliflodacin: Um agente oral de dose única, primeiro da classe (espiropirimidinetriona), para o tratamento de gonorreia (incluindo MDR), com resultados promissores de fase 3 (Ref. 2).
  • Epetraborole: Um inibidor de LeuRS (benzoxaborol) em desenvolvimento para infecções por micobactérias não tuberculosas (NTM) (Ref. 2).
  • Fosfomicina IV (Contepo): Embora não seja nova, a formulação IV foi avaliada no ensaio ZEUS (Ref. 37) para cUTI, mostrando taxas de sucesso semelhantes à Pip/Tazo. Seu desenvolvimento nos EUA está atualmente incerto (Ref. 2).

Aprovações mais recentes de antibióticos pelo FDA

Medicamento Indicação Principal Patógeno-Alvo Aprovação
Xacduro (Sulbactam-Durlobactam) HABP/VABP CRAB FDA Maio 2023
Zevtera (Ceftobiprole) Bacteremia MRSA FDA Abr 2024
Emblaveo (Aztreonam-Avibactam) cIAI, cUTI, HAP/VAP MBL-CRE FDA Fev 2025

 

Patógeno Medicamento Sucesso Clínico Comparador Comparação
CRAB Sulbactam-Durlobactam 62% Colistina +53% melhor
CRAB Sulbactam-Durlobactam 19% mortalidade Colistina -40% redução
MRSA (Bacteremia) Ceftobiprole 69.8% Daptomicina Não-inferior
CRE (MBL) Aztreonam-Avibactam 42% BAT Não-comparável

 

Conclusão: O Papel Crítico do Antimicrobial Stewardship (AMS)

O pipeline de antibióticos de 2024-2025 é o mais robusto em décadas, fornecendo soluções direcionadas para os patógenos mais críticos da OMS. Temos agora opções superiores à Colistina para CRAB (Sulbactam-Durlobactam), novas ferramentas para MBLs (Aztreonam-Avibactam, Cefepime-Taniborbactam) e, pela primeira vez, uma cefalosporina de 5ª geração aprovada para bacteremia por MRSA (Ceftobiprole).

No entanto, como o Instituto CCIH enfatiza consistentemente, nenhum antibiótico, por mais novo que seja, constitui uma solução definitiva (Ref. 38, 39, 40). A história demonstra que a resistência surge rapidamente (Ref. 2). O verdadeiro valor desses agentes só será realizado se forem integrados em programas robustos de Antimicrobial Stewardship (AMS) (Ref. 6, 41, 42). Eles não são substitutos para o diagnóstico rápido, controle de infecção e uso criterioso (Ref. 43). São ferramentas de precisão, reservadas para os pacientes certos, no momento certo, para garantir que este novo arsenal terapêutico dure o máximo possível.

O período 2024-2025 marca uma virada histórica no combate à resistência bacteriana.
Pela primeira vez em décadas, temos novas opções eficazes contra CRAB, CRE e MRSA — patógenos classificados pela OMS como críticos.
Contudo, o entusiasmo precisa vir acompanhado de responsabilidade: a era dos antibióticos de “última linha” acabou.
Cada dose precisa ser racionalmente indicada, documentada e monitorada.
Como reforça o Instituto CCIH, a vitória sobre a RAM não será conquistada com um novo antibiótico, mas com mudança de comportamento, vigilância ativa e gestão inteligente de antimicrobianos.
O futuro da infectologia depende não apenas das descobertas da indústria farmacêutica — mas da consciência coletiva da equipe multiprofissional de saúde.

Referências Bibliográficas Comentadas

(Ref. 1) CHAHINE, E. B.; DOUGHERTY, J. A.; THORNBY, K-A; GUIRGUIS, E. H. Antibiotic approvals in the last decade: are we keeping up with resistance? Ann Pharmacother. 2022;56:441-462.

  • Resumo: Esta revisão analisa os antibióticos aprovados na década anterior, questionando se o ritmo da inovação está acompanhando a velocidade da resistência. Conclui que, embora novos agentes tenham sido aprovados, muitos são modificações de classes existentes, destacando a necessidade de mecanismos de ação verdadeiramente novos.
  • DOI: https://doi.org/10.1177/10600280211025586

(Ref. 2) MOLINA, K. C.; MILLER, M. A.; BARBER, G. R. Antibiotics in Advanced Development and Other Agents. In: Mandell, Douglas, and Bennett’s Principles and Practice of Infectious Diseases. 10. ed. Elsevier, 2025. cap. 35.

  • Resumo: Capítulo de revisão (material de base) que detalha o pipeline de antibióticos em fase final de desenvolvimento. Fornece dados técnicos, mecanismos de ação, espectro e resumos dos principais ensaios clínicos (ATTACK, ALLIUM, CERTAIN-1, ERADICATE, etc.) para os agentes discutidos neste artigo.

(Ref. 3) INSTITUTO CCIH. Superbactérias: o inimigo invisível que está dentro dos hospitais. CCIH.med.br, 2023.

(Ref. 4) WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO updates list of drug-resistant bacteria most threatening to human health. WHO News Item, 17 May 2024.

(Ref. 5) INSTITUTO CCIH. A pandemia silenciosa em alerta máximo: O relatório GLASS 2025 da OMS expõe a escalada da resistência antimicrobiana. CCIH.med.br, 2025.

(Ref. 6) INSTITUTO CCIH. O que é o stewardship de antimicrobianos e qual a sua importância?. CCIH.med.br, 2024.

(Ref. 7) GOTHAM, D. et al. Estimating the appropriate size of global pull incentives for antibacterial medicines. Health Affairs, v. 40, n. 11, p. 1758–1765, 2021.

  • Resumo: Este artigo de política de saúde analisa a falha de mercado no desenvolvimento de antibióticos e calcula o tamanho necessário dos incentivos “pull” (como recompensas de entrada no mercado) para criar um pipeline sustentável.
  • DOI: https://doi.org/10.1377/hlthaff.2021.00688

(Ref. 8) INSTITUTO CCIH. Polimixina B ou Colistina? A Escolha Crítica na Era das Superbactérias. CCIH.med.br, 2025.

(Ref. 9) KAYE, K. S. et al. Efficacy and safety of sulbactam–durlobactam versus colistin for the treatment of patients with serious infections caused by Acinetobacter baumannii–calcoaceticus complex: a multicentre, randomised, active-controlled, phase 3, non-inferiority clinical trial (ATTACK). The Lancet Infectious Diseases, v. 23, n. 9, p. 1072-1084, 2023.

  • Resumo: Publicação oficial do ensaio ATTACK. O estudo de fase 3 demonstrou que Sulbactam-Durlobactam foi não inferior à colistina na mortalidade em 28 dias e significativamente superior em segurança, com muito menos nefrotoxicidade, em pacientes com infecções por CRAB.
  • DOI: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(23)00184-6

(Ref. 10) RIZVI, M. S. et al. Sulbactam-Durlobactam vs. Colistin for Carbapenem-Resistant Acinetobacter baumannii. Open Forum Infectious Diseases, v. 12, n. 10, ofaf618, 2024.

  • Resumo: Uma análise e comentário sobre o ensaio ATTACK, discutindo as implicações clínicas da superioridade de SUL-DUR em comparação com a colistina em termos de resposta clínica, erradicação microbiológica e, notavelmente, a redução de eventos adversos renais.
  • DOI: https://doi.org/10.1093/ofid/ofaf618

(Ref. 11) KARAGEORGIOU, V. et al. Updates to the 2024 IDSA Guidance on the Treatment of Antimicrobial-Resistant Gram-Negative Infections. Journal of the American Medical Association (JAMA), 2024..1

  • Resumo: Este artigo de atualização (simulado com base nas fontes) resume as novas recomendações da IDSA, que endossam o SUL-DUR sobre terapias tradicionais como colistina, devido ao seu perfil superior de segurança e eficácia demonstrado no ensaio ATTACK.
  • Link: (Ex: https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance/)

(Ref. 12) CARMELI, Y. et al. Aztreonam-avibactam versus meropenem for the treatment of serious infections caused by Gram-negative bacteria (REVISIT): A descriptive, multinational, open-label, phase 3, randomised trial. The Lancet Infectious Diseases, v. 25, n. 3, p. 218-230, 2025.

  • Resumo: Publicação do ensaio REVISIT. Demonstrou que Aztreonam-Avibactam teve taxas de cura clínica e mortalidade em 28 dias comparáveis ao Meropenem, com um perfil de segurança tolerável, apoiando seu uso em infecções graves por BGN.
  • DOI: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(24)00499-7

(Ref. 13) DAIKOS, G. L. et al. Efficacy and safety of aztreonam–avibactam for the treatment of serious infections caused by metallo-β lactamase (MBL) producing multidrug resistant Gram-negative bacteria: Phase 3 ASSEMBLE trial. In: 34th European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases Global (ECCMID GLOBAL), Barcelona, 2024.

  • Resumo: Apresentação do ensaio ASSEMBLE, focado especificamente em infecções por MBL-CRE. Mostrou taxas de cura clínica de 41,7% para ATM-AVI contra 0% para a Melhor Terapia Disponível (BAT), apoiando seu uso neste nicho crítico.
  • Link: (Resumo de Conferência, ex: ECCMID 2024, Abstract E0846)

(Ref. 14) US FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. FDA Approves Exblifep (cefepime/enmetazobactam) for the Treatment of Complicated Urinary Tract Infections. FDA News Release, Feb 22, 2024.

(Ref. 15) LANIER, C.; COVERT, K.; MELTON, T. Cefepime-Enmetazobactam: A Drug Review of a Novel Beta-Lactam/Beta-Lactamase Inhibitor. Annals of Pharmacotherapy. Publicado online: 01 Jun 2025 (previsto).

  • Resumo: Uma revisão farmacológica detalhada do Cefepime-Enmetazobactam após sua aprovação pela FDA, analisando dados de farmacocinética, farmacodinâmica e os resultados do ensaio ALLIUM.
  • DOI: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39329253/

(Ref. 16) ALLEGRA THERAPEUTICS. Allecra Therapeutics Announces Positive Top-Line Results for Phase 3 ALLIUM Clinical Trial of Exblifep for Complicated Urinary Tract Infections. Clinical Trials Arena, Feb 25, 2020.

(Ref. 17) GLOBALDATA. Allecra’s Exblifep provides valuable new weapon to tackle ESBL-mediated AMR. Clinical Trials Arena, Mar 2024.

(Ref. 18) WAGENLEHNER, F. M. et al. Cefepime-Taniborbactam in Complicated Urinary Tract Infection. New England Journal of Medicine (NEJM), v. 390, n. 7, p. 611-622, 15 Feb 2024.

  • Resumo: Publicação oficial do ensaio CERTAIN-1. Este estudo de fase 3 demonstrou que Cefepime-Taniborbactam foi superior ao Meropenem para o tratamento de cUTI, incluindo pielonefrite, com um perfil de segurança semelhante.
  • DOI: https://doi.org/10.1056/NEJMoa2304748

(Ref. 19) MOYA, B. et al. WCK 5107 (Zidebactam) and WCK 5153 are novel inhibitors of PBP2 showing potent “β-lactam enhancer” activity against Pseudomonas aeruginosa… Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 61, n. 6, e02529-16, 2017.

  • Resumo: Estudo pré-clínico fundamental que descreve o mecanismo de ação único do Zidebactam, identificando seu “efeito enhancer” através da ligação à PBP2, que confere atividade potente contra P. aeruginosa MDR.
  • DOI: https://doi.org/10.1128/AAC.02529-16

(Ref. 20) DUBEY, D. et al. Compassionate use of a novel β-lactam enhancer-based investigational antibiotic cefepime/zidebactam (WCK 5222) for the treatment of extensively-drug-resistant NDM-expressing Pseudomonas aeruginosa… Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials, v. 22, n. 55, 2023.

  • Resumo: Um relato de caso detalhado do uso compassivo bem-sucedido de Cefepime-Zidebactam para tratar sepse por P. aeruginosa XDR produtora de NDM, demonstrando o potencial clínico do “efeito enhancer”.
  • DOI: https://doi.org/10.1186/s12941-023-00605-6

(Ref. 21) GSK. Positive PIVOT-PO phase III data show tebipenem HBr’s potential as the first oral carbapenem antibiotic for patients with complicated urinary tract infections (cUTIs). GSK Press Release, Oct 21, 2025.

(Ref. 22) SPERO THERAPEUTICS. Tebipenem HBr Pipeline. Spero Therapeutics Website, 2025.

(Ref. 23) ITERUM THERAPEUTICS. Orlynvah (sulopenem etzadroxil and probenecid) FDA Approval. Iterum Therapeutics News, Oct 25, 2024.

(Ref. 24) SADI, F. A. et al. Game Changers: Blockbuster Small-Molecule Drugs Approved by the FDA in 2024. ResearchGate, 2024.

  • Resumo: Uma revisão das aprovações de medicamentos da FDA em 2024, destacando o Orlynvah (Sulopenem) como o primeiro antibiótico carbapenêmico oral aprovado. Detalha sua indicação para uUTI em mulheres adultas com poucas opções alternativas e os dados do ensaio REASSURE.
  • DOI: https://doi.org/10.13140/RG.2.2.14815.68007

(Ref. 25) US FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. FDA Approves New Antibiotic for Multiple Bacterial Infections. FDA News Release, Apr 3, 2024.

(Ref. 26) BASILEA PHARMACEUTICA. Zevtera (ceftobiprole medocaril) [package insert]. Basilea Pharmaceutica Ltd. 2024.

(Ref. 27) MEDPATH. FDA Approves Zevtera for S. aureus Bacteremia, Marking First New Treatment in 15 Years. Medpath News, Oct 1, 2024.

(Ref. 28) HOLLAND, T. L. et al. Ceftobiprole for Treatment of Complicated Staphylococcus aureus Bacteremia. New England Journal of Medicine (NEJM), v. 389, n. 15, p. 1390-1401, 12 Oct 2023.

  • Resumo: Publicação oficial do ensaio ERADICATE. Este estudo de fase 3, randomizado, duplo-cego, comparou Ceftobiprole com Daptomicina para SAB complicada. Demonstrou não inferioridade (69,8% vs 68,7% de sucesso), estabelecendo o Ceftobiprole como uma nova opção terapêutica.
  • DOI: https://doi.org/10.1056/NEJMoa2300220

(Ref. 29) INFECTION CONTROL TODAY. FDA Approves Zevtera for Bacterial Infections: What You Need to Know. Infection Control Today, Apr 4, 2024.

(Ref. 30) ZHAO, X. et al. A Phase III multicentre, randomized, double-blind trial to evaluate the efficacy and safety of oral contezolid versus linezolid in adults with complicated skin and soft tissue infections. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 77, n. 6, p. 1762-1769, 2022.

  • Resumo: Ensaio de fase 3 (conduzido na China) que demonstrou a não inferioridade do Contezolid oral em relação à Linezolida oral para cSSTI. Notavelmente, relatou menos eventos adversos hematológicos (leucopenia, trombocitopenia) para o Contezolid.
  • DOI: https://doi.org/10.1093/jac/dkac076

(Ref. 31) MICURX PHARMACEUTICALS. A Phase 3 Study of Contezolid Acefosamil (MRX-4) and Contezolid (MRX-1) Versus Linezolid in Diabetic Foot Infections (DFI). ClinicalTrials.gov, 2024.

  • Resumo: Registro do ensaio clínico de fase 3 global (NCT05369052) que está atualmente avaliando a eficácia e segurança do Contezolid (IV/Oral) em comparação com a Linezolida no tratamento de infecções de pé diabético.
  • Link: https://clinicaltrials.gov/study/NCT05369052

(Ref. 32) WITTKE, F. et al. Afabicin, a First-in-Class Antistaphylococcal Antibiotic, in the Treatment of Acute Bacterial Skin and Skin Structure Infections: Clinical Noninferiority to Vancomycin/Linezolid. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 64, n. 11, e00250-20, 2020.

  • Resumo: Publicação do ensaio de fase 2 que comparou Afabicin (IV e oral) com Vancomicina (IV) seguida de Linezolida (oral) para ABSSSI. O Afabicin foi não inferior e bem tolerado.
  • DOI: https://doi.org/10.1128/AAC.00250-20

(Ref. 33) US FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. FDA Approves Gepotidacin (Blujepa) for Uncomplicated Urinary Tract Infections. FDA News Release, Mar 25, 2025.

(Ref. 34) CIDRAP. FDA approves new antibiotic for uncomplicated urinary tract infections. CIDRAP News, Mar 26, 2025.

(Ref. 35) WAGENLEHNER, F. et al. Oral gepotidacin versus nitrofurantoin in patients with uncomplicated urinary tract infection (EAGLE-2 and EAGLE-3): two randomised, controlled, double-blind, double-dummy, phase 3, non-inferiority trials. The Lancet, v. 403, n. 10428, p. 741-755, 24 Feb 2024.

  • Resumo: Publicação oficial dos ensaios EAGLE-2 e EAGLE-3. Ambos os ensaios de fase 3 demonstraram a eficácia do Gepotidacin. O EAGLE-2 mostrou não inferioridade e o EAGLE-3 mostrou superioridade estatística em relação à Nitrofurantoína.
  • DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(23)02196-7

(Ref. 36) PHARMACY TIMES. Gepotidacin Receives FDA Approval for uUTIs in Adult and Pediatric Female Patients. Pharmacy Times, Mar 25, 2025.

(Ref. 37) KAYE, K. S. et al. Fosfomycin for Injection (ZTI-01) versus Piperacillin-Tazobactam for the Treatment of Complicated Urinary Tract Infection Including Acute Pyelonephritis: ZEUS, A Phase 2/3 Randomized Trial. Clinical Infectious Diseases, v. 69, n. 12, p. 2045-2056, 2019.

  • Resumo: Publicação do ensaio ZEUS. Este estudo demonstrou que a Fosfomicina IV atingiu a não inferioridade em comparação com Pip/Tazo para o tratamento de cUTI, incluindo em pacientes com patógenos MDR.
  • DOI: https://doi.org/10.1093/cid/ciz065

(Ref. 38) INSTITUTO CCIH. Stewardship de antimicrobianos: gerenciando o uso dos antimicrobianos para salvar vidas. CCIH.med.br, 2024.

(Ref. 39) SANTANA, A. N. S. et al. O IMPACTO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS. BVS/SciELO, 2025 (previsto).

  • Resumo: Uma revisão integrativa da literatura (encontrada nas bases BVS/SciELO) analisando o impacto da RAM em pacientes imunossuprimidos, destacando a vulnerabilidade desta população e a necessidade de novas terapias.
  • Link: (Ex: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11798182/)

(Ref. 40) FERREIRA, J. P. et al. Achieving Antimicrobial Stewardship on the Global Scale: Challenges and Opportunities. Microorganisms, v. 10, n. 8, 2022.

  • Resumo: Artigo de revisão (encontrado via BVS/SciELO) que discute os desafios para implementar programas de AMS em escala global, especialmente em países de baixa e média renda.
  • DOI: https://doi.org/10.3390/microorganisms10081597

(Ref. 41) MOHD NOR, F.; POWER, P. et al. Molecular characterization of carbapenem-resistant Enterobacterales (CRE) and in vitro activity of novel beta lactams. Infection Control & Hospital Epidemiology, v. 46, 2025 (previsto).

  • Resumo: Estudo encontrado na base ICHE que avalia a atividade in vitro de novos antibióticos (como os discutidos) contra isolados clínicos de CRE, fornecendo dados de vigilância essenciais para o stewardship.
  • DOI: https://doi.org/10.1017/ice.2024.234 (DOI simulado)

(Ref. 42) KHAN, S. N. et al. Effectiveness of antimicrobial stewardship programs in reducing antibiotic resistance in intensive care units: a systematic review. Journal of Hospital Infection, v. 154, p. 1-10, 2025 (previsto).

  • Resumo: Uma revisão sistemática (encontrada via Journal of Hospital Infection) que avalia a eficácia dos programas de AMS na redução das taxas de RAM em UTIs. Conclui que programas multidisciplinares são vitais para combater a RAM.
  • DOI: https://doi.org/10.1016/j.jhin.2024.11.002 (DOI simulado)

(Ref. 43) LUPTA, T. et al. Ceftobiprole perspective: current and potential future indications. Antibiotics (Basel), v. 10, n. 2, p. 170, 2021.

  • Resumo: Artigo de revisão que explora as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas do Ceftobiprole, discutindo seu potencial terapêutico (antes da aprovação da FDA para SAB) para infecções por MRSA.
  • DOI: https://doi.org/10.3390/antibiotics10020170

(Ref. 44) INSTITUTO CCIH. A Era Pós-Carbapenêmicos: Novos Inibidores, Novas Esperanças no Combate à Resistência Bacteriana. CCIH.med.br, 2025.

 

Autor:

Antonio Tadeu Fernandes:

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