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Atualização da Lista nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de Saúde Pública

No último dia 06, o Ministério da Saúde divulgou a atualização da PORTARIA GM/MS Nº 3.148, que  altera um dos anexos da Portaria de Consolidação GM/MS nº 4, de 2017, para incluir a infecção pelo vírus Linfotrópico de Células T Humanas -HTLV, da Infecção pelo HTLV em gestante, parturiente ou puérpera e da criança exposta ao risco de transmissão vertical do HTLV, na lista nacional de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de Saúde Pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.

A notificação desta doença terá periodicidade SEMANAL.

 

O que é esse vírus Linfotrópico de Células T Humanas, ou HTLV?

Esse vírus foi o primeiro retrovírus humano oncogênico causador de doença infecciosa, e infecta principalmente as células do sistema imunológico (LTCD4+), fazendo com que essas percam sua função de defender nosso organismo. Esses retrovírus têm como material genético o RNA, sendo capazes de se transformar em DNA complementar, e assim se inserir no DNA da célula hospedeira.

Existem quatro subtipos: o HTLV-1 (subtipo que mais causa doenças associadas), o HTLV-2, o HTLV-3 e o HTLV-4.

 

Como o HTLV é transmitido?

As formas de transmissão do HTLV-1 e HTLV-2 são:

  • transmissão vertical (de mãe infectada para o filho) durante a amamentação e raramente durante a gestação;
  • relação sexual desprotegida com parceiro infectado;
  • compartilhamento de seringas e agulhas.

O tempo de exposição e a quantidade de células infectadas a qual o indivíduo teve contato é crucial para que aconteça a infecção.

 

Quais são os sinais e sintomas do HTLV?

O HTLV-1 está associado a oncogênese e a doenças inflamatórias crônicas, como a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATLL), doença neurológica degenerativa grave e a mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM), além de outras manifestações de menor gravidade.

Apesar de geralmente não causa problemas sérios de saúde, entre 5% e 10% das pessoas infectadas podem manifestar as doenças graves citadas acima.

 

E como é possível diagnosticar uma infecção por HTLV?

O diagnóstico baseia-se na detecção de anticorpos específicos por meio de testes imunoenzimáticos (EIA), quimioluminescência e aglutinação de micropartículas de látex sensibilizadas

No Brasil, a triagem para HTLV tornou-se obrigatória em todos os bancos de sangue, em 1993. A triagem para esse agente infeccioso também é realizada em doadores e receptores de órgãos e tecidos e durante os processos de fertilização in vitro em nosso país.

 

Infecção por HTLV tem tratamento?

Ainda não foi descoberta uma solução terapêutica definitiva para eliminar o vírus completamente do organismo infectado. O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV.

 

Fonte:

https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-3.148-de-6-de-fevereiro-de-2024-542935418

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/htlv

https://ses.sp.bvs.br/dia-mundial-do-htlv-virus-linfotropico-de-celulas-t-humanas-10-de-novembro/#:~:text=Os%20HTLV%20(v%C3%ADrus%20linfotr%C3%B3picos%20de,no%20DNA%20da%20c%C3%A9lula%20hospedeira.

 

 

Traduzido e editado por: 

Laura Czekster Antochevis

[email protected]

https://www.linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104/

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