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A Influência da Gestão para o Desenvolvimento da Síndrome de Burnout nos Profissionais de Enfermagem

A Síndrome de Burnout (SB) é um evento psicossocial, onde a tensão emocional e o estresse crônico no trabalho, são responsáveis pela exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal, principalmente entre os profissionais de enfermagem. Este estudo teve como objetivo geral identificar a relação da gestão em ambiente laboral e o desenvolvimento da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem; e como objetivo específico o de levantar quais as estratégias adotadas pelos gestores na adoção de medidas preventivas a Síndrome de Burnout em ambiente de trabalho. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados LILACS e BDENF, em artigos com recorte temporal de 2012 a 2017; na íntegra e gratuito nas bases de dados citadas; publicados em língua portuguesa. Foram levantadas 184 publicações, 57 artigos atenderam aos critérios de inclusão, porém somente 24 foram selecionados. Os resultados apontam para um grande número de publicações nos últimos três anos; assim como a recorrência de estudos do tipo originais; e que tiveram como foco a equipe de enfermagem. A análise dos artigos evidenciou duas categorias temáticas, sendo estas: Ambiente laboral e o desenvolvimento da síndrome de Burnout; Estratégias adotadas pelos gestores na adoção de medidas preventivas à síndrome de Burnout. Considera-se que os gestores devem ser os responsáveis pela implantação de oficinais laborais e pelo investimento de recursos de melhoria, contribuindo assim para minimização da SB e melhora da qualidade de vida destes profissionais.

A SB é uma patologia diretamente relacionada as condições laborais. Se evidenciou que os profissionais de enfermagem, assim como outros profissionais que desenvolvem suas atividades em ambientes insalubres, acabam apresentado maior incidência de adoecimento. As condições estruturais do ambiente de trabalho, a sobrecarga de funções, a baixa remuneração, a falta de reconhecimento, capacitação profissional, conflitos entre profissionais, entre outros fatores, são os principais mediadores da SB. Infelizmente os profissionais do gênero feminino estão mais propícios a manifestarem a SB, uma vez que além da atividade laboral, que tem se tornado essencial a produção do trabalho de enfermagem, a mulher ainda tem que lidar com as cobranças sobre seu papel social, de dona do lar e mãe, agudizando ainda mais o esgotamento profissional e o estresse laboral, um dos principais fatores de adoecimento.

Como se observou ao longo deste estudo, em grande parte a SB poderia ser minimizada a partir da implantação de uma boa gestão, não apenas de material, mas de recursos humanos, o qual quando presente torna o ambiente laboral menos sofrível. É necessária a conscientização destes gestores quando a necessidade de se adotar estratégias anti-estresse laboral, seja por meio da implantação de oficinais laborais, quanto de investimento em recursos de melhoria, ou mesmo na abertura de espaços que permitam a comunicação direta com o cliente.

Por fim , se considera que a SB é uma realidade dentro dos serviços de saúde, mais comumente manifestada por profissionais do gênero feminino, que atuam em setores fechados ou críticos, onde a rotatividade tanto de profissionais quanto de pacientes de pacientes as vezes é pequena, causando nestes profissionais sobrecarga na assistência, decorrente da falta de pessoal e materiais, e do próprio estresse em ter que lidar com a morte no cotidiano, devendo os gestores buscarem a melhor estratégia de minimização de estresse laboral, seja por meio de oficinas recreativa ou educacionais, ou da criação e espaços, onde estes profissionais possam expor suas dificuldades e facilidades, com relação as adversidades vivenciadas em seu cotidiano.

 

Autoras: Aparecida da Silva & Kátia Roseane da Silva

 

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