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🚨 Alerta Epidemiológico: Sarampo no Brasil 🚨

Sarampo

Alerta sobre sarampo no Brasil. Informamos sobre a recente confirmação de casos de sarampo no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro (São João de Meriti e Itaboraí) e no Distrito Federal, incluindo um caso importado após viagem internacional.

Situação Epidemiológica do Sarampo no Brasil (2022 – 2025):

  • 2022:
  • Casos notificados: 3.277
  • Casos confirmados: 41
  • Estados afetados: Amapá (30 casos), Pará (1 caso), São Paulo (8 casos) e Rio de Janeiro (2 casos).
  • Último caso confirmado em: 05 de junho de 2022 (Amapá).
  • Óbitos registrados: Nenhum.
  • 2023:
  • Casos notificados: 1.867
  • Casos confirmados: Nenhum
  • 2024:
  • Casos notificados: 2.232
  • Casos confirmados: 5Destes, 4 casos importados (genótipos identificados: B3 e D8) e 1 caso esporádico com fonte de infecção desconhecida.
  • 2025 (até a Semana Epidemiológica 9):
  • Casos notificados: 149
  • Casos confirmados: 3Dois casos confirmados no estado do Rio de Janeiro
  • Um caso confirmado no Distrito Federal
  • Casos em investigação: 60

Esses dados demonstram uma situação preocupante, indicando risco iminente de reintrodução do sarampo no Brasil, com casos confirmados já em 2025. É fundamental intensificar ações de vigilância, diagnóstico precoce, notificação imediata e cobertura vacinal para conter possíveis surtos e evitar a transmissão comunitária​

🔴 O que deve ser feito imediatamente?

  • Ficar atentos à definição clínica de casos suspeitos: febre acompanhada de exantema (manchas avermelhadas), tosse, coriza e/ou conjuntivite.
  • Notificar imediatamente (em até 24h) casos suspeitos às autoridades locais de vigilância epidemiológica.
  • Realizar isolamento dos casos suspeitos por no mínimo 4 dias após o início do exantema.

🔴 Como controlar a transmissão?

  • Realizar rastreamento rigoroso dos contatos, com monitoramento ativo por 30 dias.
  • Implementar bloqueio vacinal seletivo dos contatos em até 72 horas após identificação do caso suspeito.
  • Intensificar busca ativa de casos suspeitos em ambientes institucionais e na comunidade.
  • Os laboratórios devem executar a Busca Ativa Laboratorial (BAL) em amostras negativas para arboviroses, com sintomas compatíveis com sarampo.

🔴 Status vacinal no Brasil:

Cobertura vacinal da primeira dose (D1) da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola):

  • Cobertura alcançada: 95% (atingindo a meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações – PNI).
  • Homogeneidade de cobertura: 67,5% dos municípios brasileiros (3.764 municípios atingindo a meta).

Cobertura vacinal da segunda dose (D2):

  • Cobertura alcançada: 79% (não atingiu a meta de 95% estabelecida pelo PNI).
  • Homogeneidade de cobertura: 43,71% dos municípios brasileiros (2.435 municípios atingindo a meta).

🔴 Recomendação essencial:

  • Verifique e mantenha atualizada sua situação vacinal contra o sarampo (tríplice viral).

Estamos em alerta nacional devido ao risco de reintrodução do vírus em território brasileiro, o que reforça a necessidade de ações rápidas e eficazes.

Sua atuação responsável é essencial para controlar a transmissão e proteger nossa comunidade.

#AlertaEpidemiológico #Sarampo #Vacinação #ControledeInfecção #InstitutoCCIH

NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 123/2025-CGVDI/DPNI/SVSA/MS – Comunicação de casos confirmados de sarampo no Brasil

Nota Técnica Conjunta nº 123.2025-CGVDI-DPNI-SVSA-MS

NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 124/2025-CGVDI/DPNI/SVSA/MS- Alerta sobre a reintrodução do sarampo no Brasil

Nota Técnica Conjunta nº 124.2025-CGVDI-DPNI-SVSA-MS

 

FAQ: Alerta Epidemiológico de Sarampo para Profissionais de Saúde

1. Qual a situação epidemiológica atual que motivou o alerta de sarampo no Brasil?

O alerta é motivado pela queda preocupante das coberturas vacinais da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) nos últimos anos. Essa baixa cobertura cria um grande número de pessoas suscetíveis, aumentando o risco de surtos e da reintrodução sustentada do vírus no país, ameaçando o status de eliminação da doença.

2. Por que o sarampo é uma doença tão preocupante e de alto contágio?

O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas que existem. O vírus é transmitido por aerossóis (partículas suspensas no ar) expelidos quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, podendo permanecer no ambiente por até duas horas. Uma pessoa com sarampo pode infectar de 12 a 18 pessoas não imunes.

3. O Brasil ainda é considerado um país livre do sarampo?

O Brasil havia recebido o certificado de eliminação do sarampo em 2016, mas devido a um surto intenso entre 2018 e 2019, perdeu essa certificação. A manutenção de baixas coberturas vacinais coloca o país em risco constante de enfrentar novos surtos extensos.

4. Qual é a definição de um caso suspeito de sarampo que todo profissional de saúde deve conhecer?

Todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular (manchas vermelhas no corpo), acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais: tosse, coriza ou conjuntivite, independentemente da idade e da situação vacinal, é considerado um caso suspeito.

5. O que são as manchas de Koplik e qual sua importância no diagnóstico?

São pequenas manchas branco-azuladas na mucosa oral (na parte interna das bochechas, na altura dos molares). Elas são um sinal patognomônico do sarampo, ou seja, sua presença confirma o diagnóstico. Geralmente aparecem 1 a 2 dias antes do exantema e desaparecem logo depois.

6. Quais são as complicações mais comuns e as mais graves do sarampo?

As complicações mais comuns são otite média, pneumonia e diarreia. As mais graves incluem encefalite aguda (inflamação do cérebro), que pode deixar sequelas neurológicas permanentes, e a panencefalite subaguda esclerosante, uma doença neurológica degenerativa rara e fatal que ocorre anos após a infecção.

7. O sarampo é uma doença de notificação compulsória? Qual o prazo?

Sim. O sarampo é uma doença de notificação compulsória imediata. Todo caso suspeito deve ser notificado por telefone ou e-mail às autoridades de saúde municipais e estaduais em até 24 horas a partir da suspeita, antes mesmo da confirmação laboratorial.

8. Qual o papel do médico ao atender um caso suspeito?

O médico deve notificar imediatamente o caso, solicitar os exames para confirmação diagnóstica (sorologia IgM e coleta de amostras para identificação viral), orientar sobre os riscos e o tratamento sintomático, e garantir a implementação imediata das precauções respiratórias para o paciente.

9. Como a equipe de enfermagem é fundamental no controle do sarampo no serviço de saúde?

A enfermagem é crucial na triagem e identificação de casos suspeitos (colocando máscara no paciente imediatamente), na implementação das precauções para aerossóis, na coleta correta de amostras, na administração da vacina e na orientação aos pacientes e familiares sobre a doença e o contágio.

10. Qual o tipo de precaução que deve ser adotado para um paciente com suspeita de sarampo?

Deve ser adotada a Precaução para Aerossóis. O paciente deve ser colocado, se possível, em um quarto privativo com pressão negativa. Se não houver, deve permanecer em um quarto com a porta fechada. Todos os profissionais que entrarem no quarto devem usar máscara N95 ou PFF2.

11. Qual é o esquema de vacinação contra o sarampo no Calendário Nacional de Vacinação (PNI)?

O PNI recomenda duas doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola):

  • 1ª dose: Aos 12 meses de idade.
  • 2ª dose: Aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

    Pessoas até 29 anos devem ter duas doses comprovadas. Pessoas de 30 a 59 anos devem ter uma dose.

  • Referência: Calendário Nacional de Vacinação – Ministério da Saúde

12. Profissionais de saúde precisam ser vacinados contra o sarampo?

Sim. É obrigatório que todos os profissionais de saúde, independentemente da idade, tenham duas doses da vacina tríplice viral documentadas no cartão de vacinação. É uma medida de proteção individual e para a segurança dos pacientes.

13. Existe tratamento específico para o sarampo?

Não há um tratamento antiviral específico para o sarampo. O tratamento é de suporte, visando aliviar os sintomas com antitérmicos e hidratação. A Organização Mundial da Saúde também recomenda a suplementação de Vitamina A para crianças para reduzir a gravidade e a mortalidade da doença.

14. Como é feita a confirmação laboratorial do sarampo?

O principal método é a sorologia para detecção de anticorpos IgM em uma amostra de sangue, coletada a partir do primeiro dia do exantema. Também são coletadas amostras de secreção de nasofaringe e urina para identificação do genótipo viral (PCR), o que é crucial para a vigilância epidemiológica.

15. O que é a profilaxia pós-exposição (PPE) para sarampo?

É a administração da vacina ou de imunoglobulina humana para contatos próximos e suscetíveis de um caso de sarampo, com o objetivo de prevenir ou atenuar a doença.

16. Qual o papel do farmacêutico no contexto de um alerta de sarampo?

O farmacêutico é essencial na gestão da cadeia de frio para garantir a eficácia das vacinas, na dispensação correta da imunoglobulina para profilaxia pós-exposição e na orientação à população sobre a importância da vacinação e o calendário vacinal.

17. O que fazer se um paciente com suspeita de sarampo for atendido na emergência?

Imediatamente, deve-se oferecer uma máscara cirúrgica ao paciente e, se possível, levá-lo para uma sala de isolamento respiratório ou para uma área separada, longe de outros pacientes (especialmente crianças e grávidas), até que seja encaminhado e o ambiente ventilado.

18. Quem é considerado imune ao sarampo e não precisa de vacina?

São consideradas imunes as pessoas que:

  1. Tiveram sarampo com confirmação laboratorial.
  2. Possuem documentação de duas doses da vacina tríplice viral, aplicadas em idade adequada.
  3. Nasceram antes de 1960 (presume-se que tiveram a doença), embora essa recomendação possa variar e a vacinação seja sempre mais segura.

19. Por que a vacinação é a única forma eficaz de prevenção?

Porque o sarampo é extremamente contagioso e o vírus se espalha pelo ar, tornando medidas como a higiene das mãos insuficientes para impedir a transmissão. A vacina é segura e altamente eficaz, e a vacinação em massa cria a imunidade coletiva, que protege até mesmo aqueles que não podem ser vacinados.

20. Onde encontrar as informações oficiais e atualizadas sobre o sarampo no Brasil?

As informações mais confiáveis e atualizadas, incluindo boletins epidemiológicos, notas técnicas e guias de vigilância, estão disponíveis no site oficial do Ministério da Saúde.

Sinopse por:

Karine Oliveira:

https://www.linkedin.com/in/karine-oliveira-789815b4/

https://www.instagram.com/karine_oliveiraoficial/

 

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