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Treinamento em prevenção de IRAS: o que está ultrapassado e o que é prioridade em 2025

treinamento em prevenção de IRAS

Saiba quais são as estratégias e ferramentas de treinamento atuais e prioritárias dos profissionais de saúde para aprenderem sobre prevenção de infecções

Em um cenário hospitalar cada vez mais desafiador, onde a sobrecarga de trabalho e a escassez de tempo são realidades cotidianas, como garantir que o treinamento em prevenção e controle de infecção (PCI) realmente aconteça — e seja eficaz?

Este artigo apresenta dados inéditos sobre as ferramentas de ensino mais valorizadas por quem atua diretamente na linha de frente do combate às infecções: os profissionais de PCI. A partir de uma pesquisa robusta e atual, revelamos o que eles querem, o que já não funciona e o que pode fazer toda a diferença na capacitação.

Se você é controlador de infecção, gestor hospitalar, docente ou responsável por educação continuada, essas informações podem mudar completamente sua estratégia de treinamento.

1. Introdução

A prevenção e controle de infecções (PCI) representa um pilar fundamental na segurança do paciente e na saúde pública global. Dentro deste contexto, os profissionais de prevenção de infecções (IPs) desempenham um papel crucial, atuando como a linha de frente na educação e na implementação de práticas seguras. A importância da educação em PCI é tão significativa que está explicitamente incluída em modelos de competência profissionais, como o da Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology (APIC), e em regulamentações governamentais, como as Condições de Participação dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid (CMS) nos Estados Unidos.1 A regulamentação 42 CFR § 482.42 da CMS, por exemplo, exige que os hospitais estabeleçam “programas ativos hospitalares para vigilância, prevenção e controle de IRAS e outras doenças infecciosas”, que devem incluir “treinamento e educação baseados em competências do pessoal hospitalar”.2 Esta formalização da educação em PCI eleva o treinamento de IPs de uma prática opcional a um requisito fundamental e padronizado, implicando que a qualidade e a eficácia dessa formação são mandatórias para a conformidade e a segurança do paciente.2 A existência de lacunas entre o treinamento ideal e o real, portanto, não é apenas uma questão de preferência, mas uma potencial falha de conformidade e de segurança do paciente.

O cenário da educação em PCI foi drasticamente alterado pela pandemia de COVID-19. Este evento global impôs novas e urgentes demandas aos IPs, que se viram compelidos a desviar recursos e atenção da educação em PCI para a resposta emergencial à crise sanitária.1 Essa mudança de foco resultou em um retrocesso na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), acompanhado de um aumento substancial na carga de trabalho e nos níveis de estresse dos IPs.1 A pandemia não apenas interrompeu o treinamento em PCI, mas também acentuou a necessidade de IPs altamente qualificados, criando um paradoxo onde a demanda por competência em PCI aumentou dramaticamente, enquanto os recursos para desenvolvê-la foram desviados. A necessidade de “re-ensinar princípios fundamentais” de PCI 1 foi uma consequência direta dessa sobrecarga e do desvio de foco. Estudos com grupos focais de IPs durante a pandemia revelaram desafios como sobrecarga de trabalho, estresse, burnout, confusão devido a diretrizes conflitantes e escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) e suprimentos.4 Dados epidemiológicos corroboram essa percepção, com relatórios do CDC e de outros estudos indicando aumentos significativos nas taxas de IRAS, como infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres (CLABSI), infecções do trato urinário associadas a cateteres (CAUTI), eventos associados a ventiladores (VAE) e bacteremia por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), em 2020 e 2021, revertendo anos de progresso na prevenção.8 A pandemia, assim, expôs uma vulnerabilidade crítica na infraestrutura de PCI: a dependência excessiva de IPs sobrecarregados e a falta de sistemas de treinamento resilientes. O aumento das IRAS não foi apenas uma consequência da doença em si, mas um efeito em cascata da despriorização da educação em PCI e do esgotamento dos IPs, sublinhando a interconexão entre o bem-estar da força de trabalho, a educação e os resultados de saúde.

Diante deste cenário, a presente sinopse tem como objetivo apresentar uma análise aprofundada do estudo de Rebmann et al. (2025) e integrar seus achados com uma revisão bibliográfica robusta sobre o estado atual da educação em PCI, as melhores práticas e as inovações tecnológicas. Busca-se fornecer aos alunos do Instituto CCIH+ um recurso conciso, mas abrangente, que destaque as necessidades e preferências dos IPs em relação ao treinamento, as lacunas existentes e as oportunidades para aprimorar as estratégias de ensino em PCI, capacitando-os a serem líderes eficazes neste campo dinâmico.

2. O Estudo Principal: “Estratégias Atuais e Preferidas de Treinamento para Profissionais de Prevenção de Infecções e Ferramentas” (Rebmann et al., 2025)

2.1. Contexto e Objetivos

O estudo de Rebmann et al. (2025) surge da premente necessidade de compreender como a pandemia de COVID-19 impactou a capacidade dos IPs de oferecer treinamento eficaz em PCI.1 A crise sanitária global não apenas desviou recursos, mas também evidenciou a importância crítica de uma força de trabalho de IPs bem preparada. Os objetivos primários da pesquisa foram investigar a frequência com que os IPs fornecem treinamento em PCI a profissionais de saúde, as abordagens e métodos de ensino que empregam, e as tecnologias e recursos que consideram necessários para capacitar a equipe de linha de frente na implementação de ações de PCI.1 Adicionalmente, o estudo buscou descrever as preferências de treinamento com base em variáveis demográficas dos IPs, como posição profissional, certificação (Certified in Infection Control – CIC), nível de formação educacional, anos de experiência e localização geográfica da prática.1

2.2. Metodologia

A pesquisa de Rebmann et al. (2025) foi conduzida como um estudo transversal, utilizando um levantamento online administrado a membros da APIC que atuam como IPs em ambientes de saúde ou departamentos de saúde pública nos Estados Unidos. O período de coleta de dados ocorreu entre maio e junho de 2023.1

O questionário, composto por 36 itens, foi cuidadosamente desenvolvido com base no Theoretical Domains Framework (TDF), uma estrutura da ciência da implementação que auxilia na avaliação de fatores multiníveis que influenciam a implementação e a adoção de intervenções.1 O TDF é reconhecido por sua capacidade de fornecer uma abordagem abrangente e teoricamente informada para identificar os determinantes do comportamento.12 Para este estudo, a análise focou em um subconjunto de 21 itens da pesquisa, que abordavam a frequência com que os IPs educam diferentes grupos de profissionais de saúde, se engajam em diversas atividades de treinamento, utilizam variados métodos e ferramentas de ensino, e expressam suas preferências e desejos por novas tecnologias e recursos.1

A pesquisa obteve uma taxa de resposta de 21,9%, com a participação de 2.432 dos 11.130 IPs elegíveis.1 Embora essa taxa possa sugerir um viés de seleção, com a participação de IPs mais engajados ou interessados em treinamento de PCI 1, ela é consistente com as taxas de resposta observadas em pesquisas online em diversas disciplinas, que tendem a ser aproximadamente 12% menores do que as de pesquisas por telefone, correio ou presenciais.14 A análise dos dados foi realizada utilizando os softwares STATA/SE 16.1 e SPSS 28.1

2.3. Principais Achados

Os resultados do estudo de Rebmann et al. (2025) revelaram padrões distintos nas estratégias de treinamento empregadas pelos IPs e em suas preferências.

Frequência e Grupos de Profissionais de Saúde Treinados pelos IPs:

  • Os IPs relataram treinar com maior frequência enfermeiros (96,0% dos respondentes) em comparação com outros grupos de profissionais de saúde. Em contraste, profissionais com privilégios de prescrição foram o grupo menos frequentemente treinado (66,7%).1
  • Observou-se que líderes de IP, IPs com certificação CIC e aqueles com maior experiência ou nível de educação formal eram mais propensos a fornecer treinamento a profissionais com privilégios de prescrição e a profissionais de saúde aliados.1

Abordagens e Métodos de Treinamento Mais Utilizados:

Uma das descobertas mais notáveis foi a preferência e a maior frequência de uso de treinamento informal pelos IPs (97,4%). Isso inclui atividades como responder a perguntas individuais dos profissionais de saúde por meio de consultas, e-mail ou durante rondas de PCI. Em contrapartida, atividades educacionais planejadas e formais, como módulos de aprendizagem, apresentações formais, treinamento de instrutores (“train-the-trainer”) ou simulações, foram significativamente menos utilizadas.1 O treinamento formal planejado, como a orientação de novos funcionários, foi a abordagem menos empregada (85,4%).1 Líderes de IP demonstraram maior propensão a utilizar tanto o treinamento informal quanto o formal para orientação e em resposta a mudanças nas práticas, enquanto IPs com menos experiência foram menos propensos a empregar treinamento informal ou formal em resposta a mudanças.1

Preferências de Métodos de Ensino vs. Uso Real:

Apesar da alta utilização do treinamento informal, os IPs classificaram a simulação ou demonstração como o método de ensino mais preferido (25,1% a classificaram como a mais preferida), seguida por discussões breves em reuniões de equipe (“team huddles”) (24,7%).1 No entanto, a simulação foi, paradoxalmente, um dos métodos menos frequentemente utilizados (apenas 61,1% relataram usá-la “frequentemente ou às vezes”). Em contraste, o treinamento “just-in-time” (JIT) ou feedback imediato foi o método mais utilizado (91,1%).1 Módulos de aprendizagem independentes foram os menos preferidos pelos IPs (38,1% os classificaram como os menos preferidos).1

Ferramentas e Tecnologias Utilizadas e Desejadas:

Em relação às ferramentas de ensino, os IPs relataram usar com maior frequência folhetos (86,8%) e slides de PowerPoint (86,1%).1 Aplicativos para smartphone ou tablet para treinamento foram as ferramentas menos utilizadas (26,8%).1 Contudo, quando questionados sobre recursos desejados, as simulações foram a metodologia de treinamento mais frequentemente mencionada (10,3%), seguidas por experiências interativas (5,7%) e aplicativos de computador para treinamento, educação e aprendizagem (4,3%).1 Vídeos (6,8%) e ferramentas de simulação (ex: manequins, realidade virtual) (5,9%) foram as ferramentas de ensino mais desejadas.1

 

3. Revisão Bibliográfica e Discussão dos Achados

3.1. O Papel Essencial dos IPs e Modelos de Competência

O estudo principal de Rebmann et al. (2025) enfatiza que a educação em PCI é um “componente essencial do papel do IP”.1 Esta afirmação se alinha perfeitamente com as diretrizes estabelecidas por organizações profissionais e regulatórias. O modelo de competência da APIC, por exemplo, conforme detalhado por Billings et al. (2019), tem como objetivo primordial o avanço da profissão de IP, fornecendo uma estrutura clara para o desenvolvimento profissional e a certificação.3 Este modelo destaca a necessidade de IPs serem qualificados por meio de educação formal, treinamento prático, experiência e certificação.2 Paralelamente, a regulamentação da CMS, especificamente a 42 CFR § 482.42, impõe aos hospitais a obrigatoriedade de manter programas ativos de vigilância, prevenção e controle de IRAS, bem como programas de gestão de antimicrobianos. Um elemento central dessas exigências é o fornecimento de “treinamento e educação baseados em competências” para todo o pessoal de saúde.2

A análise dos achados do estudo principal, em conjunto com essas referências, revela uma importante discrepância. Embora as exigências formais de competência e as regulamentações destaquem a necessidade de treinamento estruturado e baseado em competências, a realidade da prática, conforme indicado pela pesquisa, mostra uma predominância do treinamento informal e “just-in-time”.1 Esta disparidade sugere uma lacuna sistêmica. O treinamento informal, embora valioso por sua agilidade e relevância imediata, pode não ser suficientemente abrangente ou padronizado para cobrir todas as competências exigidas pelos modelos formais e pelas regulamentações. Isso cria uma situação em que os IPs, ao dependerem predominantemente de métodos informais, correm o risco de não estarem recebendo a formação completa e padronizada necessária para atender plenamente aos requisitos de competência e regulatórios.2 A consequência disso pode ser a existência de lacunas no conhecimento e na prática que podem comprometer a conformidade regulatória e a segurança do paciente, tornando-se evidentes apenas em momentos de crise ou durante auditorias.

3.2. Impacto da Pandemia de COVID-19 na PCI e nos IPs

A pandemia de COVID-19 impôs desafios sem precedentes ao campo da prevenção e controle de infecções. Conforme o estudo de Rebmann et al. (2025) aponta, a pandemia desviou significativamente os recursos e a atenção do treinamento em PCI para a resposta emergencial, resultando na necessidade de IPs re-ensinarem princípios fundamentais de PCI.1 Essa percepção é amplamente corroborada por estudos de grupos focais realizados com IPs durante a pandemia (Rebmann et al., 2023), que detalharam uma série de desafios, incluindo sobrecarga de trabalho, estresse, esgotamento profissional (burnout), confusão decorrente de diretrizes em constante mudança e, criticamente, a escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) e outros suprimentos essenciais.4

A percepção de retrocessos na prevenção de infecções foi confirmada por dados epidemiológicos. Múltiplos estudos e relatórios, incluindo o CDC’s 2021 HAI Progress Report e as análises de Weiner-Lastinger et al. (2022), documentaram aumentos significativos nas taxas de IRAS durante a pandemia.1 Infecções como CLABSI, CAUTI, VAE e bacteremia por MRSA registraram aumentos notáveis em 2020 e 2021, revertendo anos de progresso na prevenção dessas infecções.8

A pandemia, portanto, expôs uma vulnerabilidade crítica na infraestrutura de PCI: a dependência excessiva de IPs sobrecarregados e a falta de sistemas de treinamento resilientes. O aumento das IRAS durante a pandemia não foi apenas uma consequência direta da patologia viral em si, mas um efeito em cascata da despriorização da educação em PCI e do esgotamento dos IPs. Isso sublinha a profunda interconexão entre o bem-estar da força de trabalho, a educação e os resultados de saúde. A falta de investimento em sistemas de treinamento robustos e autossustentáveis, como os métodos preferidos pelos IPs, mas subutilizados (simulação e aplicativos digitais), tornou o sistema de PCI frágil diante de uma crise.1 Para futuras crises sanitárias e para a sustentabilidade a longo prazo da PCI, torna-se imperativo investir não apenas em recursos materiais, mas também na resiliência da força de trabalho de IPs e em métodos de treinamento que possam ser mantidos e adaptados mesmo sob pressão extrema. A saúde mental e o bem-estar dos IPs são, consequentemente, componentes críticos da infraestrutura de PCI, e sua negligência pode ter consequências diretas na segurança do paciente.

3.3. A Eficácia da Simulação e Aprendizagem Interativa em PCI

Um dos achados mais intrigantes do estudo de Rebmann et al. (2025) é a marcante discrepância entre a preferência dos IPs pela simulação como método de ensino e sua baixa utilização na prática.1 Apesar de ser classificada como o método mais preferido, a simulação foi um dos menos empregados. Esta lacuna pode ser atribuída a barreiras percebidas, como o custo inicial elevado e a necessidade de recursos físicos para sua implementação.1

No entanto, a literatura científica oferece um forte suporte à eficácia da simulação na educação em saúde, demonstrando que ela pode superar essas barreiras percebidas por meio de benefícios substanciais. Estudos indicam que o treinamento baseado em simulação melhora significativamente a competência e o conhecimento em procedimentos complexos, como a inserção de cateteres venosos centrais (Cartier et al., 2016).26 Além disso, a simulação tem se mostrado capaz de levar a uma redução tangível de IRAS. Por exemplo, Cohen et al. (2010) demonstraram que a educação baseada em simulação para residentes em unidades de terapia intensiva médica resultou em uma redução de infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres (CLABSI), gerando economias de custos significativas.28 O estudo de Cohen et al. (2010) revelou que um programa de simulação, apesar de um custo inicial de aproximadamente US$ 112.000, preveniu cerca de 10 CLABSIs, resultando em uma economia líquida de mais de US$ 700.000, o que representa um retorno sobre o investimento de 7 para 1.29

A simulação também provou ser eficaz na melhoria do desempenho e na redução da carga cognitiva associada a procedimentos críticos, como o processo de vestir e desvestir EPIs (Diaz-Guio et al., 2020), uma habilidade de importância vital durante a pandemia de COVID-19.30 Adicionalmente, a simulação baseada em cenários tem sido associada à melhoria da higiene das mãos e à redução das taxas de CLABSI (Nakamura et al., 2019).32

A discrepância entre a preferência pela simulação e sua baixa utilização pelos IPs, portanto, parece ser uma questão de alocação estratégica de recursos e de disseminação de evidências sobre o retorno sobre o investimento (ROI) da simulação. A barreira percebida do custo e da necessidade de recursos para a simulação é uma visão de curto prazo que desconsidera os substanciais benefícios financeiros e de segurança do paciente a longo prazo. Existe uma necessidade premente de educar os tomadores de decisão em saúde sobre o valor econômico e clínico da simulação, a fim de alinhar a prática de treinamento com as preferências dos IPs e as evidências científicas.

3.4. O Potencial das Tecnologias Digitais (Aplicativos e Gamificação) na Educação em PCI

O estudo de Rebmann et al. (2025) destaca que, embora os aplicativos para treinamento em PCI sejam frequentemente desejados pelos IPs, eles são, na realidade, pouco utilizados.1 Essa observação, no entanto, contrasta com o crescente corpo de literatura que demonstra o potencial significativo das tecnologias digitais na educação em saúde.

Estudos recentes indicam que aplicativos móveis podem aprimorar os resultados de aprendizagem, aumentar o conhecimento e melhorar a autoeficácia em áreas específicas do controle de infecções, como a prevenção de infecções dentárias (Choi et al., 2022).34 Além disso, a integração de aplicativos para smartphone e técnicas de gamificação tem se mostrado eficaz no desenvolvimento de currículos interativos de gestão de antimicrobianos e PCI. Nori et al. (2017) observaram que essa abordagem melhorou o conforto dos estudantes na prescrição de antibióticos e sua capacidade de identificar o EPI apropriado para cenários específicos.36 A gamificação e o microlearning, implementados por meio de aplicativos digitais, também demonstraram a capacidade de engajar enfermeiros na prevenção de CLABSI, resultando em uma redução significativa das taxas de infecção (Orwoll et al., 2018).38

Durante a pandemia de COVID-19, houve um surto no desenvolvimento de aplicativos para prevenção e controle de epidemias. Embora muitos desses aplicativos chineses tenham demonstrado boa funcionalidade, uma revisão sistemática (Fan et al., 2022) apontou que eles geralmente apresentavam baixa pontuação no quesito engajamento.40 Isso sugere que a mera existência da tecnologia não garante seu sucesso; o design centrado no usuário e a capacidade de manter o engajamento são cruciais.

Iniciativas como o Project Firstline do CDC representam um exemplo positivo de como as tecnologias digitais podem ser empregadas para democratizar o acesso à educação em PCI. Este projeto oferece materiais de treinamento acessíveis e prontos para uso em diversos formatos e idiomas, incluindo o espanhol, para todos os níveis de profissionais de saúde.42

A lacuna entre o desejo dos IPs por aplicativos e sua baixa utilização, bem como o engajamento misto em aplicativos existentes, sugere que a simples presença da tecnologia não é suficiente para a adoção generalizada. O sucesso depende fundamentalmente do design centrado no usuário, da integração com as necessidades de treinamento “just-in-time” e da superação de barreiras à adoção, como a falta de conhecimento sobre aplicativos eficazes ou a infraestrutura de suporte necessária. Para que os aplicativos digitais atinjam seu potencial máximo na educação em PCI, é crucial que seu desenvolvimento seja guiado pelas preferências dos IPs (interatividade, simulação) e que abordem as barreiras de uso.

Papel dos IPs e Modelos de Competência

  • Educação em PCI é essencial e regulamentada por APIC e CMS.2
  • IPs devem ser qualificados por educação, experiência e certificação.2
  • A dependência de treinamento informal pelos IPs 1 pode levar a lacunas de competência em relação aos requisitos formais, comprometendo a conformidade e a segurança do paciente.

Impacto da Pandemia de COVID-19

  • Desvio de recursos do treinamento em PCI para resposta à pandemia.1
  • Aumento da carga de trabalho, estresse e burnout em IPs.4 Aumento significativo de IRAS (CLABSI, CAUTI, VAE, MRSA).8
  • A pandemia expôs a vulnerabilidade do sistema de PCI e a interconexão entre o bem-estar do IP, a educação e os resultados de saúde. Há uma necessidade de resiliência e adaptabilidade no treinamento para futuras crises.

Eficácia da Simulação e Aprendizagem Interativa

  • Simulação é o método preferido pelos IPs, mas subutilizado.1
  • Comprovada melhora de competência e conhecimento em procedimentos.26 Redução de IRAS e economia de custos (ROI de 7:1).28 Eficaz para uso de EPIs e higiene das mãos.30
  • As barreiras percebidas (custo, recursos) ofuscam o ROI comprovado da simulação. É fundamental educar sobre o valor econômico e clínico da simulação e promover modelos de implementação viáveis.

Potencial das Tecnologias Digitais (Apps e Gamificação)

  • Apps são desejados pelos IPs, mas pouco utilizados.1 Eficácia comprovada em conhecimento, autoeficácia e redução de IRAS.34
  • Engajamento misto em apps existentes.40 Project Firstline como modelo de recursos acessíveis.42
  • O sucesso dos apps depende de um design centrado no usuário e da integração com as necessidades de treinamento JIT. Há uma oportunidade para curadoria e desenvolvimento de ferramentas digitais engajadoras e práticas.

4. Conclusões Finais e Recomendações para o Instituto CCIH+

Síntese das Principais Conclusões

A análise do estudo de Rebmann et al. (2025) e da literatura correlata revela que a educação em Prevenção e Controle de Infecções (PCI) é um pilar insubstituível para a segurança do paciente e a saúde pública. No entanto, sua execução foi severamente impactada pela pandemia de COVID-19, resultando não apenas em um desvio de recursos, mas também em um aumento das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e na sobrecarga dos profissionais de prevenção de infecções (IPs).1

Existe uma clara dissonância entre os métodos de treinamento preferidos pelos IPs e aqueles mais frequentemente utilizados. Embora os IPs demonstrem forte preferência por abordagens interativas, como simulação e o uso de aplicativos digitais, eles dependem predominantemente de treinamentos informais e “just-in-time”.1 Essa disparidade é impulsionada por barreiras de recursos, tempo e a percepção de que métodos formais são mais complexos de implementar.

A literatura científica, contudo, corrobora consistentemente a eficácia da simulação e das tecnologias digitais na melhoria das competências em PCI e na redução de infecções.26 Além dos benefícios clínicos, essas abordagens podem gerar um retorno positivo sobre o investimento, como demonstrado pela economia de custos significativa associada à prevenção de IRAS.29 A pandemia expôs a fragilidade de um sistema de treinamento que não estava suficientemente preparado para crises, destacando a necessidade urgente de resiliência e adaptabilidade.

Reafirmação da Importância de Alinhar Estratégias de Treinamento

Para construir uma força de trabalho de IPs mais resiliente, competente e eficaz, é imperativo que as estratégias de treinamento se alinhem com as necessidades e preferências expressas pelos próprios IPs, bem como com as evidências de eficácia. Isso significa ir além do treinamento informal reativo, que, embora útil para o dia a dia, pode não ser suficiente para cobrir todas as competências exigidas, e investir em abordagens proativas e baseadas em evidências que preparem os IPs para os desafios atuais e futuros. A saúde mental e o bem-estar dos IPs, impactados pela sobrecarga durante a pandemia, são componentes críticos dessa infraestrutura, e a educação deve contribuir para fortalecer a capacidade profissional sem exacerbar o esgotamento.

Sugestões Práticas

Com base nos achados e na revisão bibliográfica, os Serviços de Controle de Infecção e a alta gestão tem uma oportunidade estratégica de liderar o aprimoramento da educação em PCI. As seguintes recomendações práticas podem guiar o desenvolvimento de seus programas:

  • Incorporar Simulação e Aprendizagem Interativa: A instituição pode desenvolver e integrar módulos de simulação baseados em cenários reais de PCI. Isso pode envolver o uso de manequins, realidade virtual ou simulações de baixo custo, focando em procedimentos de alto risco (como inserção de cateteres) e práticas essenciais (como uso de EPIs e higiene das mãos). É crucial que o Instituto demonstre o valor clínico e econômico dessa abordagem, fornecendo dados e exemplos concretos do retorno sobre o investimento para incentivar a adoção por parte das instituições de saúde.
  • Explorar e Desenvolver Tecnologias Digitais: A instituição pode criar ou curar aplicativos móveis e plataformas de microlearning que ofereçam conteúdo de PCI de forma interativa e acessível. A prioridade deve ser o desenvolvimento de ferramentas que suportem o treinamento “just-in-time” e permitam a prática repetida de habilidades. Colaborações com desenvolvedores de tecnologia e especialistas em design de experiência do usuário são essenciais para criar soluções adaptadas às necessidades dos IPs brasileiros, garantindo alto engajamento.
  • Capacitar os IPs para o Treinamento Informal Eficaz: Reconhecendo a prevalência do treinamento informal, o Instituto deve oferecer aos seus alunos estratégias e ferramentas para tornar suas interações de “just-in-time” mais eficazes. Isso pode incluir técnicas de feedback construtivo, recursos de apoio rápido e orientação sobre como transformar momentos informais em oportunidades de aprendizado significativas e padronizadas.
  • Promover a Conscientização sobre o ROI: É fundamental que a instituição eduque os futuros IPs e líderes de saúde sobre os benefícios de longo prazo e a economia de custos associados ao investimento em educação em PCI baseada em simulação e tecnologia. Isso pode ser feito por meio de estudos de caso, workshops e materiais informativos que quantifiquem o impacto financeiro da prevenção de IRAS.
  • Fomentar a Colaboração: A instituição deve incentivar ativamente a colaboração entre instituições de saúde, universidades e outras entidades para o desenvolvimento e compartilhamento de recursos de treinamento inovadores. Isso otimizará o uso de recursos, expertise e promoverá a disseminação de melhores práticas em todo o país.

Ênfase na Relevância para os Alunos

Ao adotar e promover essas abordagens de treinamento inovadoras e baseadas em evidências, o Instituto CCIH+ capacitará seus alunos com as habilidades e o conhecimento necessários para serem líderes eficazes em PCI. Eles estarão aptos a implementar práticas baseadas em evidências, adaptar-se a cenários de saúde em constante mudança e, crucialmente, contribuir para a redução das IRAS e a melhoria da segurança do paciente. Isso garantirá que o conhecimento esteja, de fato, “na palma da sua mão”, pronto para ser aplicado no dia a dia da prevenção e controle de infecções, fortalecendo a profissão e protegendo a saúde pública.

Conclusão final

Os dados apontam para um alinhamento entre praticidade, objetividade e autonomia como elementos essenciais para o sucesso do treinamento em PCI. O modelo ideal não ignora a tecnologia, mas tampouco abdica do contato humano e do suporte interativo. O desafio, portanto, é combinar inovação com simplicidade, e respeitar o tempo escasso dos profissionais da saúde.

Ignorar essas preferências é desperdiçar recursos e oportunidades. Incorporá-las, por outro lado, pode significar equipes mais capacitadas, engajadas e capazes de transformar a segurança do paciente.

5. Referências citadas

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  38. Gamification and Microlearning for Engagement With Quality Improvement (GAMEQI): A Bundled Digital Intervention for the Prevention of Central Line–Associated Bloodstream Infection – Oregon Health & Science University, acessado em agosto 4, 2025, https://ohsu.elsevierpure.com/en/publications/gamification-and-microlearning-for-engagement-with-quality-improv
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Training and Educational Materials | Project Firstline | CDC, acessado em agosto 4, 2025, https://www.cdc.gov/project-firstline/hcp/training/index.html

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