Conheça o checklist da ANVISA sovre segurança em diálise
📢 Você sabia que apenas 19% dos serviços de diálise no Brasil apresentaram alta conformidade às práticas de segurança do paciente?
A ANVISA acaba de lançar a Nota Técnica nº 07/2025, com orientações detalhadas para implementar listas de verificação (checklists) nos serviços de diálise crônica — uma medida simples, mas extremamente poderosa na prevenção de eventos adversos.
FAQ — Segurança em Diálise: ANVISA lança checklist nacional
1) O que exatamente a Anvisa lançou?
A Nota Técnica GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA nº 07/2025 com orientações para implementar uma lista de verificação (checklist) em serviços de diálise, incluindo modelos prontos para adaptação local. A NT detalha escopo, objetivos e como usar o checklist para prevenir eventos adversos.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: CCIH+. Segurança em Diálise – ANVISA lança checklist nacional! (CCIH Cursos); Anvisa. Nota Técnica nº 07/2025 (objetivos e modelos).
2) Por que isso importa agora? Qual o “tamanho do problema”?
Porque a avaliação nacional 2024 mostrou que só 19% dos serviços atingiram alta conformidade de segurança; a Anvisa cita esse dado como motivador direto para publicar a NT e impulsionar a adoção do checklist.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: Relatório Anvisa “Serviços de Diálise – 2024 (Ano III)” (59% baixa, 22% média, 19% alta conformidade). ; NT 07/2025 (justificativa com dado de 19%).
3) O checklist substitui protocolos?
Não. Ele complementa os protocolos institucionais, garantindo execução segura e verificação sistemática dos pontos críticos. Protocolos = “o que fazer”; checklist = “garantia de que foi feito, na ordem certa”.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: NT 07/2025 (lista não substitui o protocolo; atua como instrumento de execução e verificação).
4) Como a Anvisa recomenda aplicar o checklist na prática?
Uma lista por paciente, aplicada antes, durante e após a sessão, por profissional designado; o instrumento é adaptável à realidade do serviço.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: NT 07/2025 (instruções de aplicação por paciente e momentos); apêndice com modelos.
5) O que o checklist cobre (visão rápida)?
A estrutura é pré-diálise → diálise → pós-diálise. Exemplos da pré-diálise incluem: máquina desinfetada, capilar/linhas identificados (quando há reuso) e higiene das mãos assegurada nos 5 momentos ao longo de toda a sessão.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: NT 07/2025 (exemplos de itens e divisão por fases; 5 momentos de HM).
6) Quem precisa treinar e comprovar uso?
O serviço deve capacitar a equipe e comprovar (documentos, POPs e evidências) que o checklist está sendo aplicado nos momentos definidos (antes/durante/após).
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: Orientações para o Preenchimento do Formulário da Avaliação Nacional – 2025 (Indicador 15: existência da lista + comprovação de capacitação e definição de momentos de aplicação).
7) Como adaptar o instrumento para minha realidade?
A Anvisa incentiva adaptações locais, mantendo a base técnico-científica. A NT traz dois modelos validados e testados, para servir de ponto de partida do seu POP.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: NT 07/2025 (modelos; adaptação encorajada).
8) Qual a ancoragem regulatória? Onde isso “se encaixa” na RDC?
O checklist dialoga diretamente com a RDC 36/2013 (PNSP — segurança do paciente) e com a RDC 11/2014 (Boas Práticas para Serviços de Diálise). A própria Anvisa vincula o Indicador 15 a esses marcos.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: Orientações de Preenchimento 2025 (mapeamento do Indicador 15 ↔ RDC 36). ; RDC 36/2013. (Biblioteca Virtual em Saúde); RDC 11/2014. (Biblioteca Virtual em Saúde)
9) Existem evidências independentes de que checklists funcionam em hemodiálise?
Sim. O Hemo Pause (Toronto) mostrou viabilidade e aceitação por enfermeiros e pacientes, servindo de base conceitual para listas de verificação em HD. Revisões apontam potencial impacto na cultura de segurança.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: Silver et al., 2015 (desenvolvimento do Hemo Pause). (PMC); Thomas et al., 2016 (estudo de viabilidade). (PMC); Revisão sobre cultura de segurança em HD (cita Hemo Pause). (PMC)
10) O que monitorar (KPIs) para provar que o checklist “pegou” e gera valor?
Processo: % de listas completas por paciente/sessão, aderência por etapa (pré/HD/pós), tempo até início seguro da sessão.
Desfecho: eventos adversos evitáveis, falhas de processo (ex.: conexões, anticoagulação, acesso vascular), reprocessos. A NT orienta monitorar uso/efetividade e lista melhorias esperadas (redução de riscos, adesão a protocolos, cultura de segurança).
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: NT 07/2025 (monitoramento com indicadores; melhorias esperadas).
11) Como começo em 30 dias (sem enrolação)?
- Sem. 1: Baixe a NT 07/2025 e escolha o modelo; mapeie riscos locais e ajuste itens essenciais.
- Sem. 2: Treine a equipe; defina quem aplica e quando (pré/HD/pós).
- Sem. 3: Rode piloto rastreável em 1 turno; meça KPI de processo.
- Sem. 4: Ajuste POP, publique taxas de adesão e planeje expansão.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: NT 07/2025 (etapas recomendadas; instruções de aplicação).
12) Onde encontro materiais de apoio adicionais?
Além do artigo do CCIH+, consulte o Relatório Nacional 2024 (diagnóstico e metas), o guia de preenchimento 2025 (como evidenciar o Indicador 15) e materiais da SBN sobre construção/adaptação de checklists.
→ Ler o artigo do CCIH+
Referências: Relatório Anvisa 2024 (dados nacionais). ; Orientações de Preenchimento 2025 (Indicador 15). ; SBN — “Como construir um checklist eficaz para segurança do paciente em diálise?”. (sbn.org.br)
🎯 Objetivo da Nota Técnica
- Recomendar o uso de checklists em serviços de diálise para prevenir falhas, reduzir riscos e melhorar a adesão a protocolos.
- Oferecer modelos prontos (diários e semanais) para adaptar à realidade de cada instituição.
🛡️ Por que isso é importante?
Pacientes em hemodiálise estão expostos a riscos graves, como:
- Infecções de acesso vascular,
- Reações adversas a medicamentos,
- Hipotensão severa,
- Sangramentos e falhas operacionais.
👉 A implementação de checklists reduz falhas críticas, padroniza condutas e reforça a cultura de segurança.
🧩 Como construir um checklist eficiente na prática?
1. Mapeie os riscos
Identifique os pontos críticos do processo dialítico com base em eventos adversos e normas sanitárias.
2. Avalie os protocolos
Use os protocolos existentes como base para estruturar os itens da lista.
3. Construa com a equipe
Forme um grupo multiprofissional (enfermagem, nefrologia, segurança do paciente, farmácia, engenharia clínica etc.). A construção conjunta aumenta a aderência!
4. Teste e valide
Aplique o checklist em situações reais. Avalie clareza, tempo de uso e sugestões da equipe.
5. Estabeleça responsabilidades
Defina quem aplica, quem monitora e com que frequência (por paciente, turno, sessão…)
🚀 Implementando na rotina assistencial
- Capacite a equipe! Treinamentos rápidos sobre como e por que usar o checklist.
- Divulgue o documento e garanta acesso fácil e claro ao instrumento.
- Monitore a adesão com indicadores de processo.
- Revise periodicamente o conteúdo conforme novos riscos, protocolos ou eventos.
✅ Na prática assistencial:
O checklist deve ser aplicado em tempo real, durante o processo de hemodiálise (antes, durante e após), incorporado ao prontuário e assinado. Não é só um papel — é uma ferramenta de segurança!
📎 Para baixar o modelo da ANVISA (diário ou semanal), consulte a [Nota Técnica nº 07/2025].
🎯 Sugestão de Aplicação Prática
- Estudo Integrado: Analisar a Nota Técnica nº 07/2025 em conjunto com os documentos mencionados para uma compreensão abrangente das práticas de segurança em diálise.
- Elaboração de Checklists Personalizados: Utilizar os modelos e orientações fornecidos para desenvolver checklists adaptados à realidade de cada serviço de diálise.
- Capacitação Contínua: Participar de cursos e treinamentos oferecidos pelo Instituto CCIH+ para aprimorar o conhecimento e a aplicação prática das diretrizes.
- Monitorar e avaliar continuamente: A eficácia dos checklists deve ser regularmente avaliada, permitindo ajustes e melhorias contínuas.
📄 Documentos Relacionados no Site do Instituto CCIH+
- Nota Técnica GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA nº 03/2025 – Critérios Diagnósticos das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)
- Este documento fornece critérios diagnósticos atualizados para IRAS, incluindo infecções associadas a dispositivos invasivos, como cateteres utilizados em hemodiálise.
- Contém um anexo com um checklist dos itens a serem observados nos critérios diagnósticos de IRAS associadas a dispositivos invasivos, o que pode ser útil para a elaboração de checklists específicos para serviços de diálise.
- Nota Técnica GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA nº 02/2025 – Orientações para a Notificação dos Indicadores Nacionais das IRAS e Resistência aos Antimicrobianos (RAM)
- Este documento orienta sobre a notificação dos indicadores nacionais de IRAS e RAM, incluindo a utilização de checklists para a inserção de cateteres, o que é relevante para a segurança em procedimentos de diálise.
- Guia Orientador – Segurança do Paciente nos Estabelecimentos de Saúde: Práticas Assistenciais e Produtos de Âmbito Sanitário
- Este guia aborda práticas de segurança do paciente em diversos procedimentos, incluindo a instalação de diálise, e destaca a importância da utilização de checklists simples e de ampla aplicabilidade.
🔍 Achados e Recomendações
A implementação de checklists em serviços de diálise é associada a diversos benefícios, incluindo:
- Redução de eventos adversos: Estudos indicam que o uso de checklists pode diminuir a ocorrência de infecções, erros de medicação e outras complicações relacionadas à hemodiálise.
- Padronização de procedimentos: Os checklists auxiliam na uniformização das práticas assistenciais, garantindo que etapas críticas não sejam negligenciadas.
- Fortalecimento da cultura de segurança: A utilização sistemática de checklists promove uma cultura organizacional voltada para a segurança do paciente, incentivando a comunicação efetiva entre os membros da equipe de saúde.
A nota técnica recomenda que os serviços de diálise adaptem os modelos de checklists propostos às suas realidades específicas, considerando aspectos como estrutura organizacional, perfil dos pacientes e recursos disponíveis.
🧭 Pontos para Pesquisas Futuras
Apesar das evidências favoráveis, a nota técnica reconhece a necessidade de estudos adicionais para avaliar a eficácia dos checklists em diferentes contextos e populações. Pesquisas futuras podem explorar, por exemplo, o impacto dos checklists na redução de eventos adversos em serviços de diálise de pequeno porte ou em regiões com recursos limitados.
✅ Conclusão
A implementação de listas de verificação em serviços de hemodiálise é uma estratégia comprovada para melhorarar a segurança dos pacientes, padronizar procedimentos e reduzir a ocorrência de eventos adversos. A Nota Técnica GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA nº 07/2025 reforça essa abordagem, incentivando os serviços de diálise a adotarem checklists adaptados à sua realidade, com base em evidências científicas e melhores práticas internacionais. A adoção dessas ferramentas, aliada à capacitação das equipes e ao fortalecimento da cultura de segurança, é fundamental para a melhoria contínua da qualidade da assistência prestada aos pacientes renais crônicos.
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💡 Dica do Instituto CCIH+
Transformar um checklist em cultura depende de pessoas engajadas, líderes comprometidos e uma rotina que valorize o cuidado seguro.
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Sinopse por:
Karine Oliveira:
https://www.linkedin.com/in/karine-oliveira-789815b4/
https://www.instagram.com/karine_oliveiraoficial/
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