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Segurança em Anestesia Pediátrica e Neonatal

A segurança do paciente é o pilar da medicina, e em nenhum cenário essa verdade é mais crítica do que no cuidado de neonatos e crianças. A anestesia pediátrica, um campo de alta complexidade, exige não apenas precisão técnica, mas uma compreensão profunda das particularidades fisiológicas dos pequenos pacientes. Cada segundo e cada decisão contam. Mas como garantir a máxima segurança em procedimentos tão delicados? Quais são as barreiras e as soluções que os profissionais enfrentam diariamente no centro cirúrgico?

Para iluminar essa questão fundamental, apresentamos um artigo essencial e uma entrevista em vídeo com a Dra. Débora de Oliveira Cumino (CRM: 94.422), uma referência em anestesiologia pediátrica. Convidamos você a mergulhar neste conteúdo rico, que não apenas detalha os desafios, mas também oferece estratégias e protocolos práticos para mitigar riscos e elevar o padrão de cuidado. Prepare-se para fortalecer sua prática e reafirmar seu compromisso com a vida.

Pequenos Pacientes, Grandes Cuidados: Segurança em Anestesia Pediátrica e Neonatal

👩‍🏫 Professora Convidada: Dra. Joana Chanan

🎙️ Moderadores: Coordenadora Cassiana Prates, Professora Tadeu Fernandes e Enf. Karine Oliveira

📚 Você vai aprender:

Principais riscos e como preveni-los durante anestesias em crianças e recém-nascidos.

Técnicas e protocolos de anestesia segura em alta complexidade.

Estratégias para reduzir complicações e garantir recuperação segura. Minutagem: 05:21 Início da apresentação 05:44 O que é segurança em anestesia pediátrica?

FAQ: 20 Perguntas e Respostas sobre Segurança em Anestesia Pediátrica e Neonatal

1. Por que a anestesia em crianças e neonatos é considerada mais arriscada?

A anestesia em crianças, especialmente neonatos, é mais arriscada devido às suas imensas diferenças fisiológicas em comparação com adultos. Eles possuem vias aéreas mais estreitas, menor reserva de oxigênio, metabolismo mais rápido e imaturidade dos sistemas cardiovascular e renal, o que torna a resposta a medicamentos e ao estresse cirúrgico muito diferente e mais sensível.

2. Qual é a principal causa de parada cardíaca durante a anestesia pediátrica?

A principal causa é de origem respiratória. Eventos como obstrução das vias aéreas, laringoespasmo ou broncoespasmo podem levar rapidamente à hipoxemia (baixa de oxigênio no sangue), que, se não for corrigida a tempo, evolui para uma parada cardíaca.

3. O que é o laringoespasmo e por que é tão perigoso?

O laringoespasmo é um fechamento súbito e involuntário das cordas vocais que impede a passagem de ar para os pulmões. É uma complicação respiratória grave e relativamente comum em crianças sob anestesia, podendo causar hipoxemia severa rapidamente se não for tratada de imediato.

4. O jejum pré-operatório é diferente para crianças?

Sim, é muito diferente e crucial. Protocolos modernos recomendam tempos de jejum mais curtos para crianças para evitar hipoglicemia e desidratação. Geralmente, são 2 horas para líquidos claros, 4 horas para leite materno e 6 horas para leite não materno ou refeições leves.

5. Qual a importância da presença dos pais durante a indução anestésica?

A presença de um dos pais durante a indução anestésica pode reduzir significativamente a ansiedade da criança, tornando o processo mais tranquilo, diminuindo a necessidade de sedativos e melhorando a experiência geral tanto para a criança quanto para a família.

6. Como a hipotermia pode afetar um paciente pediátrico na cirurgia?

Crianças, especialmente neonatos, perdem calor muito rapidamente. A hipotermia durante a cirurgia pode levar a complicações sérias como atraso no despertar da anestesia, aumento do risco de infecção, distúrbios de coagulação e problemas metabólicos. Por isso, o controle rigoroso da temperatura é fundamental.

7. O que é o “checklist de cirurgia segura” e ele se aplica à pediatria?

Sim, o checklist de cirurgia segura da OMS é uma ferramenta essencial e totalmente aplicável à pediatria. Ele padroniza a verificação de itens críticos antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes da saída do paciente da sala, prevenindo erros e aumentando a segurança.

8. Qual o papel do monitoramento durante a anestesia neonatal?

O monitoramento é vital e deve ser contínuo e abrangente, incluindo oximetria de pulso (oxigênio), capnografia (CO2 exalado), eletrocardiograma, pressão arterial e controle de temperatura. A capnografia é especialmente importante para confirmar a posição do tubo traqueal e a qualidade da ventilação.

9. Os medicamentos anestésicos são calculados de forma diferente para crianças?

Sim. As doses de praticamente todos os medicamentos são calculadas com base no peso exato da criança (em mg/kg ou mcg/kg). Erros de diluição ou de cálculo podem ter consequências graves devido à baixa margem de segurança nesses pacientes.

10. O que é a Síndrome da Regressão da Clorpromazina, mencionada no vídeo?

No vídeo, a Dra. Débora Cumino menciona a “Síndrome da Regressão da Clorpromazina” como um exemplo de complicação pós-anestésica. Refere-se a um estado de agitação e delírio que pode ocorrer quando a criança está despertando da anestesia, sendo um diagnóstico diferencial importante para outras causas de agitação, como dor ou hipoxemia.

11. Qual a importância de uma equipe multidisciplinar bem treinada?

É fundamental. Uma equipe coesa, incluindo anestesista, cirurgião, enfermeiros e técnicos, que se comunica de forma eficaz e está treinada para emergências pediátricas, é a principal barreira de segurança contra eventos adversos.

12. Existem equipamentos de anestesia específicos para pediatria?

Sim. Utilizam-se circuitos de ventilação com menor espaço morto, máscaras faciais de tamanhos apropriados, monitores com algoritmos pediátricos e equipamentos de via aérea (laringoscópios, tubos) de calibres variados para atender desde o neonato prematuro até o adolescente.

13. Como o controle da dor é manejado no pós-operatório pediátrico?

O controle eficaz da dor é crucial e pode ser feito com analgesia multimodal, combinando diferentes tipos de medicamentos (opioides, anti-inflamatórios, analgésicos comuns) e técnicas, como bloqueios de nervos periféricos guiados por ultrassom, para reduzir a necessidade de opioides e seus efeitos colaterais.

14. Uma criança que teve um resfriado recente pode ser submetida à anestesia?

Depende. Uma infecção de via aérea superior recente aumenta significativamente o risco de complicações respiratórias (como laringoespasmo). A decisão de adiar a cirurgia eletiva é individualizada, pesando o risco versus o benefício, e geralmente se recomenda aguardar de 2 a 4 semanas após a resolução dos sintomas.

15. O que é a avaliação pré-anestésica e qual sua importância em pediatria?

É a consulta realizada pelo anestesista antes da cirurgia. Em pediatria, ela é vital para avaliar a condição clínica da criança, identificar riscos potenciais (como via aérea difícil), planejar a anestesia, orientar os pais sobre o jejum e responder a todas as dúvidas, diminuindo a ansiedade da família.

16. Qual o papel da tecnologia, como o ultrassom, na segurança anestésica pediátrica?

O ultrassom revolucionou a segurança. Ele é usado para guiar acessos venosos difíceis, evitando múltiplas punções, e para realizar bloqueios de nervos com precisão, garantindo uma analgesia mais eficaz e segura, com menos anestésico local.

17. O que fazer para prevenir erros de medicação em pediatria?

A prevenção passa por protocolos rígidos de dupla checagem, uso de etiquetas de identificação claras, padronização de diluições, e, idealmente, o uso de sistemas de código de barras e prescrição eletrônica para minimizar a chance de erro humano no cálculo e administração de doses.

18. Qual a recomendação para o transporte seguro de uma criança anestesiada para a sala de recuperação?

O transporte deve ser feito com a criança devidamente monitorada (no mínimo com oxímetro de pulso), acompanhada por um profissional qualificado (anestesista ou enfermeiro treinado), com material de reanimação (oxigênio, ambu) prontamente disponível.

19. A criança pode se lembrar de algo durante a anestesia?

A “consciência durante a anestesia” é um evento muito raro, especialmente com as técnicas e monitores modernos (como o BIS – Índice Bispectral), que ajudam a medir o nível de sedação do cérebro. Em pediatria, o risco é extremamente baixo.

20. Onde os profissionais podem buscar mais treinamento e atualização sobre o tema?

Profissionais podem buscar atualização contínua através de congressos, workshops e cursos oferecidos por entidades como a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e suas regionais, além de acompanhar publicações científicas e portais de referência na área da saúde.

Minutagem

08:43 Hot Topics em Segurança anestésica pediátrica

15:42 Caso clínico de anestesia pediátrica

17:33 Como ampliar a segurança em anestesia pediátrica nesse cenário?

19:04 A segurança em anestesia inicia antes do bloco cirúrgico

20:35 Resolução 2.174 de 14/12/2017 dispõe sobre as práticas anestésicas

21:17 Avaliação pré-anestésica

25:08 Termo de consentimento

26:13 Jejum pré-operatório

28:07 Planejamento anestésico

30:17 Técnica anestésica

34:21 Aplicativo ANE

35:26 Protocolos anestésicos

37:10 Treinamentos para equipe anestésica

38:34 Início no processo no bloco cirúrgico

42:12 Checklist de cirurgia segura

43:33 Chegada da criança no bloco cirúrgico

46:29 Criança na sala cirúrgica

49:24 Transoperatório

50:17 Pós-operatório

51:09 Transição de cuidados

51:48 Notificações de eventos adversos

A jornada pela segurança em anestesia pediátrica e neonatal é contínua e intransigente. Como destacado pela Dra. Débora Cumino e reforçado pela literatura, não se trata de um único ato, mas de uma cultura de segurança robusta, que permeia desde a avaliação pré-operatória até a alta da sala de recuperação. A implementação de checklists, a comunicação efetiva entre a equipe, o uso adequado da tecnologia e, acima de tudo, a educação continuada são as ferramentas que transformam um procedimento de risco em uma passagem segura para a saúde. O conhecimento compartilhado neste artigo e vídeo não é apenas informativo; é um chamado à ação para que cada profissional refine sua prática, adote os mais altos padrões de segurança e garanta que nossos pacientes mais vulneráveis recebam o cuidado excepcional que merecem. A vida de uma criança está em nossas mãos, e a excelência é nossa única opção.

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