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Relatórios de Qualificação das Autoclaves: o que realmente importa avaliar?

Você sabe como interpretar um relatório de qualificação das autoclaves e seu impacto no processo de esterilização?

Nem tudo que está no relatório de qualificação tem a mesma relevância— e nem tudo que é relevante está sendo avaliado pelo CME e CCPS. Você sabe o que realmente importa quando o assunto é qualificação das autoclaves? Nesta edição do SuperAção, vamos mergulhar nos bastidores técnicos dos documentos que qualificam um dos equipamentos mais críticos do CME.

👨‍🏫 Professor convidado: Roberto Sérgio Magalhães Pereira

🎙️ Moderação: Professora Kazuko, Professor Tadeu Fernandes e Enfermeira Karine Oliveira

💡 O que você vai aprender:

✔️ Quais tópicos devem ser observados com atenção em um relatório de qualificação

✔️ Diferenças entre qualificação de instalação, operação e desempenho

✔️ Como interpretar resultados de forma prática e crítica

✔️ O papel do profissional do CME frente à qualificação das autoclaves

🔍 Uma aula que vai além do papel – vamos aprender a ler compreensivamente com olhos técnicos, decidir com responsabilidade e garantir segurança com base em evidências.

FAQ — Relatórios de Qualificação das Autoclaves: o que realmente importa avaliar

1) Qual é a mensagem central do artigo?
Nem tudo no relatório tem o mesmo peso para a segurança do processo, e muita coisa relevante nem aparece ou é lida sem criticidade. O foco deve ser: IQ/OQ/PQ bem delineadas, evidências de remoção de ar e penetração de vapor, qualidade do vapor, mapeamento térmico com pior caso e rastreabilidade após intervenções.
Ler o artigo-base do CCIH+
Referências: CCIH+. Relatórios de Qualificação das Autoclaves. (Jun/2025). (CCIH)

2) O que eu preciso enxergar (sem rodeio) em IQ, OQ e PQ?

  • IQ (Installation Qualification): instalação conforme especificação, utilidades corretas, instrumentos calibrados, documentação completa.
  • OQ (Operational Qualification): esterilizadora executa os ciclos previstos; testes de remoção de ar, vazamento e controles funcionais.
  • PQ (Performance Qualification): prova em cargas representativas (incluindo pior caso, PCD/BI/CI), com uniformidade térmica e penetração de vapor.
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    Referências: ISO 17665:2024 (IQ/OQ/PQ). (ISO, Iteh Standards)

3) “Qualidade do vapor” aparece no seu relatório? Deveria. O que olhar?
Para grandes esterilizadores, referência internacional EN 285 define limites típicos de gases não-condensáveis (≤3,5%), fração de secura (≥0,95) e superaquecimento (≤25 °C) — parâmetros críticos para transferência de calor e esterilização reprodutível. Se não há teste ou o valor está fora, acenda o alerta.
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Referências: EN 285 (requisitos e ensaios de vapor). (Honeyman Water, Default)

4) Remoção de ar: Bowie-Dick “passou” e pronto?
O Bowie-Dick (indicador Tipo 2 / ISO 11140-4) é diagnóstico de remoção de ar/penetração de vapor em esterilizadores a pré-vácuo — essencial na OQ, após grandes manutenções e conforme rotina (ex.: diária, antes das cargas). Leia o padrão de viragem e registre falhas e ações.
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Referências: AAMI ST79 (uso do BD em qualificação e pós-reparo). (steris.com) • ISO 11140-4 (Tipo 2). (ISO)

5) “Pior caso” na PQ: como saber se foi realmente desafiador?
Procure no relatório o que foi usado como PCD (ex.: pacote poroso desafiador, contêiner, lúmens) e onde foram posicionados termopares/BI/CI (pontos frios). Sem mapeamento completo e racional de pior caso, PQ fica “bonita no papel, fraca no risco real”.
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Referências: ISO 17665 (desempenho com produto representativo). (Iteh Standards)

6) Periodicidade e pós-manutenção: qual é o mínimo aceitável?
No Brasil, RDC 15/2012 exige qualificação de instalação, operação e desempenho; os ROIs/Anvisa e POPs institucionais costumam cobrar requalificação anual e testes após intervenções com evidência de parâmetros físicos complementados por CI/BI.
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Referências: RDC 15/2012, arts. 37 e correlatos. (Anvisa Legis) • ROI CME v1.4 (Jul/2025): registros pós-intervenção + CI/BI. (Serviços e Informações do Brasil) • POP EBSERH (exemplo de periodicidade anual para PQ). (Serviços e Informações do Brasil)

7) “Imutabilidade” do ciclo: o que o relatório precisa afirmar?
A parametrização qualificada não pode ser alterada sem nova avaliação. Se o relatório mostra ciclo aprovado e, depois, alguém “ajusta” tempo/temperatura/pressão sem requalificar, não conformidade grave.
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Referências: RDC 15 (vedação a alterar parâmetros pós-qualificação). (prefeitura.sp.gov.br)

8) Quais “encheções de linguiça” posso ignorar — e o que cobrar com força?
Menos prints e certificados genéricos; mais dados rastreáveis: mapa térmico com ΔT, tempo real de plateau, curvas de vácuo, BD (padrão e interpretação), teste de vazamento, qualidade do vapor, lista de instrumentos calibrados e rastreio de cada sensor/BI/CI usado.
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Referências: ISO 17665 (evidências documentais), EN 285 (ensaios), ST79 (testes operacionais). (Iteh Standards, Honeyman Water, steris.com)

9) Como auditar um relatório em 10 minutos (checklist crítico)

  1. Escopo (IQ/OQ/PQ, por modelo/volume). 2) Vapor (NCG, secura, superaquecimento). 3) BD/Leak test executados e critérios. 4) Mapeamento (n.º de canais, pontos frios). 5) Pior caso/PCD + BI/CI distribuídos. 6) Ciclos aprovados (plateau e uniformidade). 7) Rastreio pós-manutenção/auditoria.
    Ler o artigo-base do CCIH+
    Referências: ROI CME v1.4; ISO 17665; EN 285; ST79. (Serviços e Informações do Brasil, Iteh Standards, Honeyman Water, steris.com)

10) KPIs para provar que a qualificação virou segurança operacional

  • % de cargas conformes pós-intervenção.
  • Falhas BD/leak por 100 ciclos e tempo de correção.
  • Reprovação de CI/BI (tendência) e correlação com manutenção.
  • Tempo até liberação x reprocesso por umidade.
    Ler o artigo-base do CCIH+
    Referências: ROI CME v1.4 (exigência de resultados e complementação com CI/BI), EN 285 (influência da qualidade do vapor), ST79 (troubleshooting). (Serviços e Informações do Brasil, Honeyman Water, steris.com)

11) Erros clássicos (não caia nessas):

12) Plano de 30 dias para “blindar” os seus relatórios
Sem. 1: alinhe com Engenharia/Fornecedor um template de relatório com todos os itens desta FAQ.
Sem. 2: defina rotina de BD/leak e teste de vapor com critérios/ação.
Sem. 3: rode PQ com pior caso (PCD/BI/CI) e mapeamento reforçado.
Sem. 4: publique dashboard de KPIs e trave alterações de ciclo sem requalificar.
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Referências: CCIH+ (prioridades do relatório). (CCIH) • RDC 15; ROI CME v1.4; ISO 17665; EN 285; ST79. (Anvisa Legis, Serviços e Informações do Brasil, Iteh Standards, Honeyman Water, steris.com)

Minutagem:

7:17 Início da apresentação

7:43 Quais são os conceitos de validação?

16:00 Validações – exemplos das avaliações implícitas

19:52 Definições RDC 15/ 2012

21:18 Validação do processo de esterilização

23:26 Qualificação operacional

27:01 Exemplos de qualificações de desempenho

29:26 O que fazer quando há mudanças de parâmetros?

31:09 Validação: controle de temperatura

34:27 Relatório de qualificação básico

44:01 Quando o equipamento passa por mudança de secagem ela deve ser qualificada novamente?

59:53 Na qualificação os indicadores biológicos devem ser fornecedores por quem, pela empresa de qualificação ou pela instituição?

1:04:00 Qual a periodicidade para realizar a qualificação?

1:05:00 É rotineira fazer qualificação de desempenho do ciclo para uso imediato?

1:08:00 Se a autoclave passa por algum processo de manutenção deve ser realizada uma nova qualificação?

1:16:00 Como é realizada a qualificação de uma autoclave de bancada?

1:19:00 Quais os parâmetros de uma esterilização segura?

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