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Quando Trocar? Boas Práticas na Troca de Dispositivos em Saúde

📺 TV CCIH – Episódio 26/08

🚀 Mais uma aula imperdível para quem quer aprofundar práticas seguras na assistência!

✨ Tema: “Quando Trocar? Boas Práticas na Troca de Dispositivos em Saúde”

👩‍🏫 Professora convidada Juliana Dias, que vai trazer orientações práticas e discutir casos que mostram o impacto das decisões na hora certa.

🎯 O que você vai aprender?

✅ Critérios clínicos para decidir o momento ideal da troca.

✅ Como prevenir complicações associadas a dispositivos invasivos.

✅ Dicas para auditar processos e melhorar indicadores de infecção.

✅ Como engajar a equipe multiprofissional para garantir a segurança do paciente.

🎙 Moderação: Professor Tadeu Fernandes e Enfermeira Karine Oliveira, para deixar o debate ainda mais rico e conectado com a realidade dos serviços.

Introdução:

A decisão de trocar ou manter um dispositivo invasivo é um dos momentos mais críticos e frequentes na rotina assistencial, com impacto direto nas taxas de infecção hospitalar. No entanto, na ausência de diretrizes claras ou diante da recomendação genérica do fabricante, muitas equipes operam em uma zona cinzenta, arriscando tanto a segurança do paciente quanto o uso racional de insumos. Desde a incerteza sobre o tempo de permanência de um filtro de traqueostomia até a polêmica sobre a troca de circuitos de anestesia, a falta de padronização expõe vulnerabilidades críticas. Esta discussão aborda como transformar a incerteza em um protocolo robusto, fundamentado nas melhores evidências e adaptado à realidade institucional.

FAQ: Boas Práticas na Troca de Dispositivos em Saúde

Um guia de consulta rápida para profissionais de saúde, controladores de infecção e gestores sobre os critérios e as melhores práticas para a troca de dispositivos médicos, visando a segurança do paciente.

  1. Qual é o princípio fundamental para decidir o momento da troca de um dispositivo médico?

A regra primária é seguir a recomendação do fabricante, que deve constar no rótulo ou manual do produto. No entanto, a decisão final deve ser sempre guiada pela avaliação clínica do paciente. A presença de sinais de infecção (dor, rubor, calor, secreção), mau funcionamento do dispositivo ou quebra da técnica asséptica durante o manuseio são indicativos para a troca imediata, independentemente do tempo de uso recomendado.

  1. Quando um cateter venoso periférico (CVP) deve ser trocado?

Para adultos, a recomendação padrão é realizar a troca do cateter venoso periférico a cada 96 horas, com o objetivo de reduzir o risco de flebite e infecção. Em situações de acesso venoso difícil, a troca pode ser postergada, desde que o sítio de inserção seja rigorosamente avaliado a cada turno e não apresente sinais flogísticos. A decisão deve ser documentada no prontuário.

  1. Existe um cronograma de troca rotineira para cateteres venosos centrais (CVC) ou sondas vesicais de demora (SVD)?

Não. A troca rotineira e programada de cateteres centrais e sondas vesicais não é recomendada, pois o procedimento de inserção por si só representa um risco de infecção. A troca desses dispositivos deve ser realizada apenas quando houver uma indicação clínica específica, como suspeita de infecção associada ao dispositivo, obstrução, mau funcionamento ou outra complicação.

  1. Qual a frequência recomendada para a troca de equipos de nutrição enteral e parenteral?

A troca de equipos de nutrição é crucial devido ao alto risco de contaminação. As recomendações são:

  1. Como gerenciar a troca de dispositivos de oxigenoterapia (máscaras, cateteres nasais, umidificadores)?

Esses dispositivos devem ser trocados sempre que apresentarem sujidade visível ou mau funcionamento. Para um mesmo paciente, o material pode ser mantido por um período estendido (ex: durante o plantão de 12 horas), desde que armazenado de forma protegida quando não estiver em uso. A troca é obrigatória entre pacientes.

  1. Qual o papel da CCIH quando a recomendação do fabricante sobre a troca de um dispositivo é inexistente ou pouco clara?

Quando as instruções do fabricante são insuficientes, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deve assumir a responsabilidade de definir um protocolo institucional. Essa decisão deve ser baseada em uma avaliação de risco que considere o material do dispositivo, a via de inserção (estéril ou não), o potencial de contaminação e as melhores evidências científicas disponíveis. O resultado deve ser a criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para guiar a prática assistencial de forma segura e padronizada.

 

Minutagem:

05:46 Qual o tempo máximo de permanência para cada tipo de dispositivo segundo ANVISA, CDC e INS

09:10 Em relação a matérias de oxigenoterapia, qual a orientação de troca?

12:20 Onde está disponível as referências de trocas de dispositivos?

12:40 Qual tempo de permanência do filtro de HME?

16:31 Qual o tempo recomendado para troca de equipo?

17:39 Como deve ser realizado a troca das traqueias do carro de anestesia?

22:04 Recomendação pelo fabricante de uso único

22:52 Situações de uso de dispositivos em várias tentativas de passagem?

26:29 Quando troca o circuito completo de oxigenoterapia?

27:42 Existe a troca de sonda nasoentérica?

28:58 Em quanto tempo o cateter umbilical deve ser trocado?

31:00 Qual a recomendação para troca de dispositivos que vem outra instituição?

52:37 O circuito da ventilação mecânica pode ficar na espera até quanto tempo?

59:52 Qual tempo de troca de equipos utilizados para infusão de antibióticos?

1:06:01 Qual tempo recomendado para troca de equipe de fentanil?

Conclusão:

A gestão eficaz da troca de dispositivos em saúde transcende a simples consulta ao rótulo do fabricante. Exige uma liderança ativa da CCIH, que deve avaliar criticamente cada dispositivo, envolver a equipe multidisciplinar e estabelecer protocolos operacionais claros e acessíveis. A criação de guias rápidos e a educação contínua são ferramentas indispensáveis para traduzir a evidência científica em prática segura à beira-leito. Padronizar não é apenas uma questão de conformidade, mas um pilar estratégico para a prevenção de infecções, a otimização de recursos e, fundamentalmente, a proteção de cada paciente sob cuidado.

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