fbpx
PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE:

MBA EM CCIH, CME, SEGURANÇA DO PACIENTE, FARMÁCIA CLÍNICA E HOSPITALAR, FARMÁCIA ONCOLÓGICA

CCIH-LOGO-NOVA

Novas recomendações da Nota Técnica nº 11/2025 – Implementação de Protocolos de Prevenção de IRAS

📌 A nova Nota Técnica nº 11/2025 da Anvisa orienta todos os serviços de saúde do país, especialmente hospitais, a implementar, adaptar e monitorar protocolos de prevenção das principais IRAS, com base em evidências robustas e nas diretrizes da OMS.

📌 Nesta edição, vamos entender o porquê da publicação, o que muda na prática, quais são os cinco protocolos mínimos obrigatórios e como conduzir um processo de implementação realmente efetivo, envolvendo equipes, gestores e cultura institucional.

📌 Um encontro essencial para quem atua na segurança do paciente e na gestão da qualidade, especialmente em serviços com UTI, ambulatórios de alta complexidade e áreas críticas.

✨ Por que assistir?

✔️ Entenda as principais recomendações da Nota Técnica nº 11/2025 da Anvisa

✔️ Aprenda como implementar, adaptar e validar protocolos de prevenção de IRAS

✔️ Descubra estratégias de treinamento, adesão e monitoramento

✔️ Veja como integrar protocolos às práticas de segurança, acreditação e cultura assistencial

✔️ Receba orientações práticas para utilizar os modelos de protocolo disponibilizados pela Anvisa

Nesta live, a equipe do Instituto CCIH (Karine e Professor Tadeu) recebe a enfermeira Ariane Monteiro (Coordenadora do SCIH do Hospital São Lucas da PUC-RS) para discutir em detalhes a recém-publicada Nota Técnica nº 11/2025 da Anvisa.

O foco central é a implementação dos novos protocolos nacionais para a prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).

A discussão aborda a obrigatoriedade dos cinco protocolos básicos (IPCS, ITU, PAV, ISC e Precauções/Isolamento), com destaque especial para a valorização das Precauções Padrão e o papel da liderança da enfermagem.

O vídeo também traz debates práticos e polêmicos, como a eficácia do uso de propés, a proibição de adornos (mesmo alianças), o uso de clorexidina na higiene oral para prevenção de PAV e os desafios da gestão de resíduos em isolamento.

É um guia essencial para profissionais de CCIH e gestores que precisam atualizar suas práticas e garantir a segurança do paciente.

FAQ: Novas Recomendações da Nota Técnica nº 11/2025 – Implementação de Protocolos de Prevenção de IRAS

Este guia de perguntas e respostas foi elaborado para gestores, membros da CCIH e equipe assistencial, abordando os principais pontos da nova regulamentação e as discussões práticas sobre sua implementação.

1. O que é a Nota Técnica nº 11/2025 da ANVISA e qual seu objetivo principal?

A Nota Técnica nº 11/2025 foi publicada com o objetivo de fornecer diretrizes padronizadas e modelos de protocolos para a prevenção das principais Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Ela visa harmonizar as práticas assistenciais em todo o país, oferecendo um roteiro claro de medidas obrigatórias e recomendadas para aumentar a segurança do paciente e facilitar a comparabilidade de dados entre instituições.

2. Quais são os cinco protocolos básicos de prevenção de IRAS estabelecidos pela Nota Técnica?

A nota estabelece cinco protocolos essenciais que cobrem as infecções mais prevalentes e medidas de contenção:

  1. Prevenção de Infecção Primária de Corrente Sanguínea (IPCS).
  2. Prevenção de Infecção de Trato Urinário associada a cateter (ITU-AC).
  3. Prevenção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV).
  4. Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC).
  5. Medidas de Precauções e Isolamentos (incluindo Precaução Padrão).

3. A aplicação dos protocolos da Nota Técnica nº 11/2025 é obrigatória para todos os serviços de saúde?

Embora a nota traga modelos que servem como “norteadores”, a implementação de protocolos de prevenção é mandatória para serviços que possuem UTI ou Centro Cirúrgico. No entanto, as medidas de prevenção, especialmente as precauções padrão, devem ser aplicadas em todos os estabelecimentos de saúde, adaptando-se à realidade local e estrutura disponível.

4. Qual o papel dos gestores e da CCIH na implementação desses protocolos?

A nota define responsabilidades claras: o gestor deve prover recursos (humanos e materiais) e apoio político. A CCIH é responsável pela elaboração técnica, educação e vigilância. A equipe assistencial executa as medidas. O sucesso depende da integração dessas partes, com destaque para o apoio da alta direção na validação das normas.

5. Qual a importância da Precaução Padrão segundo a nova nota técnica?

A Precaução Padrão é considerada o pilar fundamental (ou “carro-chefe”) da prevenção. Ela deve ser aplicada a todos os pacientes, independentemente de diagnóstico confirmado. A Higiene das Mãos é o componente central e mais impactante deste conjunto de medidas para prevenir a transmissão cruzada de microrganismos.

6. Como deve ser realizado o monitoramento da adesão às Precauções Padrão?

A nota técnica inova ao fornecer um instrumento (checklist) para monitorar a adesão à precaução padrão, algo frequentemente negligenciado. Recomenda-se o uso de observação direta e auditorias de processo para verificar se a higiene de mãos e o uso de EPIs básicos estão sendo cumpridos na rotina, não apenas nos isolamentos.

7. Como a Nota Técnica aborda a sinalização de isolamentos e precauções?

A sinalização deve ser clara, visível e compreensível para todos que acessam o quarto. É crucial revisar se as placas de isolamento (contato, gotículas, aerossóis) comunicam efetivamente quais EPIs são necessários, evitando confusão para a equipe e visitantes.

8. Qual a sequência correta de paramentação e desparamentação recomendada?

A nota descreve detalhadamente os passos, com ênfase na desparamentação como momento crítico de risco ocupacional. A sequência deve incluir a higiene das mãos em etapas estratégicas para evitar autoinoculação. Um quadro didático na nota ilustra o que fazer em cada etapa.

9. Como engajar diferentes gerações de profissionais nas práticas de controle de infecção?

É necessário adaptar a comunicação:

  • Baby Boomers: Valorizam autoridade e experiência.
  • Geração X: Focam na praticidade e eficiência.
  • Gerações Y/Z: Buscam propósito (ex: “salvar vidas”, “não causar dano”) e validação através de dados digitais rápidos, mas precisam de segurança psicológica para agir.

Explicar o “porquê” das medidas (baseado em evidências) é fundamental para todos.

10. Qual a importância do envolvimento de pacientes e familiares na prevenção de IRAS?

Pacientes e familiares devem ser parceiros no cuidado (patient advocacy). A nota reforça a necessidade de educá-los sobre medidas básicas, como higiene das mãos, e orientações pós-alta. Eles funcionam como uma barreira adicional de segurança e vigilância.

11. O uso de adornos (como alianças) é permitido durante a assistência segundo as novas diretrizes?

Não. A proibição do uso de adornos (anéis, alianças, relógios, pulseiras) em áreas assistenciais segue a NR-32 e é reforçada. Adornos impedem a correta higiene das mãos e acumulam microrganismos. O tamanho do adorno não importa; a regra é “adorno zero”.

12. O uso de propés (sapatilhas) é recomendado para circulação em áreas críticas como Centro Cirúrgico?

Não há evidência científica robusta que justifique o uso de propés para prevenção de infecção de sítio cirúrgico. O foco deve ser na limpeza ambiental (concorrente e terminal) eficaz. O uso de propés pode até criar uma falsa sensação de segurança ou aumentar o risco de contaminação das mãos ao colocá-los/retirá-los.

13. Quais são os principais componentes do Bundle de Inserção de Cateter Venoso Central?

O protocolo reforça medidas clássicas de barreira máxima:

  • Higiene das mãos.
  • Uso de gorro, máscara, avental estéril e luvas estéreis.
  • Campo estéril ampliado (cobrindo todo o paciente).
  • Antissepsia da pele com clorexidina alcoólica.
  • Escolha adequada do sítio de inserção.
  • Referências:

14. Como deve ser realizado o monitoramento do Bundle de Manutenção de Cateter Venoso Central?

Diferente da inserção, a manutenção requer vigilância diária. A nota sugere focar em itens auditáveis a qualquer momento, como:

15. A sondagem vesical de demora deve ser clampeada durante o transporte do paciente?

A nota técnica esclarece que, em movimentações simples do paciente (ex: transporte intra-hospitalar rápido), não se deve clampear a sonda, desde que a bolsa coletora seja mantida abaixo do nível da bexiga para evitar refluxo. O clampeamento desnecessário é desencorajado.

16. Existe obrigatoriedade de fixação infraumbilical da sonda vesical em pacientes do sexo masculino?

A nota traz flexibilidade, indicando que a fixação deve ser segura e evitar tração, mas não obriga exclusivamente a região infraumbilical para homens. A fixação na região da coxa ou raiz da coxa também é aceita, desde que evite lesões uretrais.

17. Qual a recomendação atual sobre o uso de clorexidina na higiene oral para prevenção de PAV?

Este é um ponto polêmico. A nota técnica alinha-se a diretrizes internacionais recentes (como SHEA/IDSA) que desencorajam o uso rotineiro de clorexidina oral para todos os pacientes ventilados devido a potenciais riscos (ex: mortalidade em não-cardíacos), sugerindo indicação por odontólogo ou avaliação caso a caso. Contudo, muitas instituições brasileiras mantêm o uso devido à eficácia na redução de taxas de PAV locais.

18. A aspiração subglótica é recomendada para prevenção de PAV?

Sim. A aspiração de secreções subglóticas é uma medida recomendada para pacientes que permanecerão intubados por períodos mais longos (geralmente > 48-72h). O uso de tubos com lúmen dorsal para aspiração reduz a incidência de PAV, podendo ser realizada de forma intermitente ou contínua (sistema fechado ou aberto).

19. Como a Nota Técnica aborda o gerenciamento de resíduos em quartos de isolamento?

A nota orienta o descarte de resíduos gerados no atendimento a pacientes em isolamento como resíduo infectante (Grupo A). Isso gera debate sobre sustentabilidade e custos, pois nem todo resíduo do quarto (ex: embalagens de papel) estaria tecnicamente contaminado, mas a segregação estrita dentro do quarto é desafiadora.

20. Como adaptar os protocolos da Nota Técnica à realidade de cada instituição?

Os protocolos da ANVISA são modelos a serem seguidos, mas a nota incentiva a adaptação conforme o perfil epidemiológico, recursos e estrutura local. O importante é manter os princípios baseados em evidência (ex: não reusar materiais descartáveis, manter técnica asséptica) e justificar adaptações nos POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) institucionais.

Principais Pontos e Minutagem

• [02:46] Contextualização da Nota Técnica: Início da discussão sobre a publicação da nova nota técnica em novembro de 2025 e seu objetivo de padronizar práticas assistenciais.

• [05:54] Os 5 Protocolos Obrigatórios: Apresentação dos protocolos que os hospitais devem instituir: prevenção de IPCS (corrente sanguínea), ITU (trato urinário), PAV (pneumonia), ISC (sítio cirúrgico) e o protocolo de Precauções e Isolamento.

• [06:51] Responsabilidades e Papel da Equipe: Definição clara do papel do gestor, do controle de infecção e o protagonismo do enfermeiro na liderança e supervisão das medidas.

• [11:55] Os “4 Es” da Implementação: A importância de Educar, Engajar, Executar e Avaliar para que os protocolos não fiquem apenas no papel.

• [17:19] Foco nas Precauções Padrão: Discussão sobre como a precaução padrão (com destaque para a higiene das mãos) é o pilar principal, muitas vezes negligenciado em favor dos isolamentos específicos.

• [23:42] Sinalização e Isolamentos: A importância de placas de sinalização claras e o desafio de manter a adesão às medidas de isolamento.

• [36:31] Polêmica: Adornos e Propés: Debate sobre a proibição do uso de adornos (incluindo alianças) e a falta de evidência científica para o uso de propés em áreas gerais, reforçando a importância da limpeza ambiental.

• [47:12] Bundle de IPCS (Corrente Sanguínea): Detalhes sobre o bundle de inserção (barreira máxima) e as novidades e desafios do bundle de manutenção.

• [01:08:57] Prevenção de ITU e Clampeamento: Esclarecimento de que não se deve clampear a sonda vesical em movimentações menores e a flexibilidade no local de fixação do cateter.

• [01:11:08] Polêmica da PAV e Clorexidina Oral: Discussão sobre a recomendação da Anvisa que desencoraja o uso indiscriminado de clorexidina na higiene oral sem avaliação odontológica, contrapondo com a prática clínica atual.

• [01:18:57] Sustentabilidade e Resíduos: O desafio do descarte de resíduos em quartos de isolamento e o impacto ambiental e financeiro.

#ControleDeInfecção #CCIH #Anvisa2025 #SegurançaDoPaciente #IRAS #Enfermagem #ProtocolosAnvisa #Hospitalar #PrevençãoDeInfecção #GestãoHospitalar #NotaTécnica11 #SaúdePública

Instituto CCIH+ Parceria permanente entre você e os melhores professores na sua área de atuação

Conheça nossos cursos de especialização ou MBA:

MBA Gestão em Saúde e Controle de Infecção

MBA Gestão em Centro de Material e Esterilização

MBA EQS – Gestão da Segurança do Paciente e governança clínica 

Especialização em Farmácia Clínica e Hospitalar 

Pós-graduação em Farmácia Oncológica

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
plugins premium WordPress
×