Lançada a terceira edição do guia para prevenção de infecção associada aos cuidados de saúde baseado em evidências científicas.
O Departamento de Saúde da Inglaterra publicou em janeiro a nova edição de guia de prevenção de infecção baseado em evidências, que são classificadas em 4 níveis em ordem decrescente: classe A (meta análise); classe B (revisão sistemática ou estudo controlado); classe C (estudos sem grupo controle) e classe D (opinião dos especialistas ou legislação). Sua qualidade e importância refletem o rigor científico empregado na sua elaboração.
Como nos guias anteriores foram desenvolvidos os seguintes tópicos: higiene ambiental, higiene das mãos, uso de EPI, cuidados com pérfuro -cortantes, cuidados com sonda vesical e cateter vascular. Ele pode ser acessado na íntegra no seguinte endereço: . Neste artigo vamos comentar as principais alterações em relação a edição anterior (o nível de evidência é apresentado entre parêntesis após a recomendação):
- Realizar programas educativos, estratégias de marketing, auditoria e feedback para a equipe sobre higiene das mãos (classe C).
- Orientar pacientes e familiares sobre higiene das mãos (classe D).
- Oferecer condições para os pacientes realizarem a higiene das mãos antes das refeições e após necessidades fisiológicas (classe D).
- Remoção de EPI na seguinte sequência: luvas, avental, óculos de proteção e máscara. Descontaminar as mãos após a remoção (classe D).
- Treinar os profissionais de saúde em técnicas assépticas (classe D).
- Avaliar no paciente previamente à sondagem vesical: alergia a látex, tipo de sonda e de bolsa coletora mais adequados, conforto e dignidade (classe C).
- Trocar a sonda vesical e bolsa coletora por indicação clínica ou recomendação do fabricante (classe D).
- Elaborar protocolo para redução do risco e ITU em pacientes sondados incluindo recomendações referentes a: inserção de sonda vesical, ultrassom de bexiga para manejo de retenção urinária, rever continuamente a necessidade de sondagem, implantar e realizar feedback para a equipe indicadores de processo em relação a adesão às medidas recomendadas e educação profissional continuada (classe D).
- Não dar alta ou transferir pacientes sondados sem informar: indicação da sonda, motivo da sua manutenção e data programada para sua remoção ou reavaliação do caso. (classe D).
- Atender as recomendações dos fabricantes dos cateteres, conexões, sistemas de infusão, compatibilidade dos antissépticos e fluídos, para o uso seguro dos dispositivos vasculares(classe D).
- Utilizar cateter central inserido perifericamente em casos de acesso intermitente de média duração (classe D).
- Antissepsia do sítio de inserção com aplicadores de uso único com clorexidina a 2% em álcool isopropílico a 70%, reservando PVPI alcoólico para os casos de alergia (classe D).
- Considerar o uso de curativos com esponja impregnada com clorexidina em pacientes com CVC para reduzir infeçcão da corrente sanguínea (classe B).
- Considerar o banho diário com clorexidina em pacientes com CVC para reduzir infecção da corrente sanguínea (classe B).
- Antissepsia com clorexidina 2% em álcool isopropílico 70% (PVPI em alérgicos) durante curativo de cateter periférico (classe D).
- Inspecionar a inserção do cateter periférico que deve ser removido na ocorrência de complicações ou quando não for necessário (classe D).
- Trocar cateter periférico apenas por indicação clínica ou por recomendação do fabricante (classe B).
- Elaborar protocolos para o manejo dos acessos vasculares contendo: protocolos para inserção e manutenção, revisão diária da necessidade com pronta remoção, indicadores de processo para avaliar conformidade com recomendações dando feedback para equipe, educação profissional continuada (classe C).
Fonte: The Journal of Hospital Infection 86 (2014): suplemento 1
Comentado por Antonio Tadeu Fernandes para CCIH Cursos de Controle de Infecção (CCIH REVISTA)
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