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Klebsiella pneumoniae hipervirulenta portadora de genes de carbapenemase na Região das Américas

A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) divulgou em 20/03/24 uma avaliação de RISCO MODERADO para a saúde humana, de disseminação e de capacidade insuficiente de prevenção e controle com os recursos disponíveis.

Foi observado aumento da identificação de isolados de K. pneumoniae hipervirulenta (hvKp, em inglês) ST23, portadora de genes de carbapenemase em vários países da Europa e em alguns países da região das Américas. Historicamente, a hvKp tem sido mais prevalente nos países asiáticos, onde análises detalhadas das cepas evidenciaram a convergência de genes relacionados com a hipervirulência e a produção de carbapenemases. Devido a esta convergência, espera-se um aumento da morbidade e da mortalidade nas infecções causadas por estas cepas.

 

O que significa essa hipervirulência?

A hvKp é mais virulenta que a K. pneumoniae clássica (cKp). Os determinantes genéticos da hipervirulência são frequentemente encontrados em grandes plasmídeos de virulência, bem como em elementos genéticos móveis cromossômicos. Esses determinantes distintos de virulência do hvKp incluem até quatro sistemas sideróforos para aquisição de ferro, aumento da produção de cápsulas, tipos de cápsulas K1 e K2 e a toxina colibactina. Além disso, as cepas hvKp demonstram hipermucoviscosidade, uma descrição fenotípica de hvKp em condições laboratoriais que se tornou uma característica distintiva de muitos isolados hipervirulentos.

 

Como é possível identificar a hvKp?

É um desafio, pois depende de testes de sequenciamento genômico ou análises de marcadores específicos que possam indicar hipervirulência, de modo que a prevalência de infecções associadas à hvKp pode estar subestimada.

 

Qual é o impacto clínico-epidemiológico do isolamento destas cepas?

Segundo dados retrospectivos:

As cepas de hvKp têm a capacidade de causar infecções tanto em pacientes imunocomprometidos quanto em indivíduos saudáveis e, portanto, podem estar associadas a infecções adquiridas na comunidade. Ela causa abscessos piogênicos no fígado, podendo causar metástase em locais distantes, como olhos, pulmões e sistema nervoso central (SNC), e também está envolvida em infecções extra-hepáticas primárias, inclusive bacteremia, pneumonia e infecções de tecidos moles.

 

E o que foi observado na Região das Américas?

O monitoramento da resistência aos carbapenêmicos por meio da Rede Latino-Americana e do Caribe de Vigilância da Resistência Antimicrobiana (ReLAVRA+, em espanhol) permitiu observar um aumento nos registros sobre a emergência de Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase (EPC) e a um aumento no número de isolados que apresentam resistência. A convergência de genes de virulência e o aumento da resistência antimicrobiana em cepas de hvKp criam um alto risco para o surgimento de infecções invasivas difíceis de tratar.

 

 

Confira o alerta completo em: https://www.paho.org/pt/documentos/avaliacao-rapida-do-risco-para-saude-publica-relacionado-com-klebsiella-pneumoniae

Fontes: https://www.paho.org/pt/documentos/avaliacao-rapida-do-risco-para-saude-publica-relacionado-com-klebsiella-pneumoniae

Choby, J. E., Howard-Anderson, J., & Weiss, D. S. (2020). Hypervirulent Klebsiella pneumoniae – clinical and molecular perspectives. Journal of internal medicine, 287(3), 283–300. https://doi.org/10.1111/joim.13007

Sintetizado por Laura Czekster Antochevis

https://www.linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104/

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