Assista como foi a live sobre investigação e notificação de surtos com a equipe da TV CCIH+
Você sabe como identificar rapidamente um surto hospitalar? Quer entender melhor sobre como investigar e realizar notificações de acordo com as legislações vigentes?
📅 Venha participar desta live especial com os renomados professores:
✅ Tadeu Fernandes
✅ Karine Oliveira
✅ Felipe Prohaska
Vamos esclarecer suas dúvidas e compartilhar estratégias essenciais
🚨 Não perca! Sua participação é fundamental para juntos fortalecermos ainda mais o combate às infecções hospitalares.
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FAQ: Investigação e Notificação de Surtos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)
1. O que define um surto de IRAS em um serviço de saúde?
Um surto é a ocorrência de um número de casos de uma mesma infecção acima do que seria esperado para um determinado local (unidade, hospital) e período. Isso também pode ser definido pela identificação de um único caso de uma doença rara ou de grande importância epidemiológica, ou pela identificação de um agrupamento de casos com o mesmo microrganismo.
2. Por que a investigação de surtos é uma atividade crucial para a segurança do paciente?
A investigação é crucial porque permite identificar a fonte da infecção, o modo de transmissão e os pacientes em risco. Com base nessas informações, é possível implementar medidas de controle eficazes para interromper a disseminação da doença, prevenir novos casos e evitar que o mesmo problema ocorra no futuro.
3. Quem é o responsável por liderar a investigação de um surto dentro de um hospital?
A investigação de um surto de IRAS é uma atribuição central da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) ou do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). A CCIH trabalha em colaboração com as equipes assistenciais, o laboratório de microbiologia e a gestão do hospital.
4. Qual é o primeiro passo ao suspeitar de um surto?
O primeiro e mais importante passo é confirmar a sua existência. Isso envolve verificar se o número de casos está realmente acima da média histórica (limite endêmico) e confirmar os diagnósticos laboratoriais para garantir que se trata da mesma doença ou microrganismo.
5. O que é uma “definição de caso” em uma investigação de surto?
É um conjunto de critérios padronizados (clínicos, laboratoriais, de tempo, local e pessoa) usados para decidir se um indivíduo deve ser classificado como um “caso” no surto. Uma boa definição de caso é essencial para contar e identificar corretamente todos os envolvidos.
6. Para que serve a “curva epidêmica”?
A curva epidêmica é um gráfico que mostra o número de casos ao longo do tempo. O formato da curva ajuda a CCIH a entender a magnitude do surto, identificar o provável período de exposição, inferir o modo de transmissão (fonte comum ou pessoa a pessoa) e avaliar a eficácia das medidas de controle.
- Referência: Surto em UTI: O que fazer? – YouTube CCIH Cursos
7. Um surto precisa ser notificado às autoridades de saúde?
Sim. Todo surto, independentemente da causa, é considerado um evento de saúde pública e, portanto, é de notificação compulsória e imediata (em até 24 horas) às autoridades de saúde municipais, estaduais e, dependendo do caso, federais (Anvisa/Ministério da Saúde).
8. Para quem a notificação do surto deve ser feita?
A notificação inicial deve ser feita ao serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. O fluxo de informação segue então para a esfera estadual e federal, conforme a necessidade e a magnitude do evento.
9. Qual o papel do médico assistente durante um surto?
O médico assistente é fundamental para identificar e comunicar casos suspeitos à CCIH, coletar amostras clínicas adequadas para o diagnóstico laboratorial, seguir as recomendações de tratamento e aplicar as medidas de precaução e isolamento indicadas pela CCIH.
10. O que o enfermeiro da unidade deve fazer ao identificar um possível surto?
O enfermeiro deve comunicar imediatamente a suspeita à CCIH, reforçar a aplicação das precauções padrão e de contato com toda a equipe, garantir a correta alocação dos pacientes e colaborar ativamente na coleta de dados e na implementação das medidas de controle na unidade.
11. Como o farmacêutico pode auxiliar na investigação e controle de um surto?
O farmacêutico pode auxiliar analisando dados de consumo de antimicrobianos (que podem ser um fator de risco para surtos de bactérias multirresistentes), garantindo a disponibilidade de medicamentos e soluções antissépticas, e participando das estratégias de Antimicrobial Stewardship.
12. Quais são as medidas de controle que devem ser implementadas imediatamente?
As medidas imediatas geralmente incluem: reforço rigoroso da higiene das mãos, implementação ou revisão das precauções de contato/gotículas/aerossóis, coorte de pacientes (agrupar pacientes com o mesmo patógeno), isolamento de novos casos e intensificação da limpeza e desinfecção do ambiente.
13. O que é “coorte de profissionais”?
É a estratégia de designar uma equipe de enfermagem (ou outros profissionais) para cuidar exclusivamente dos pacientes envolvidos no surto, evitando que esses mesmos profissionais cuidem de pacientes não afetados. Isso ajuda a quebrar a cadeia de transmissão cruzada.
14. A cultura de vigilância (swabs de ambiente ou de profissionais) é sempre necessária?
Não rotineiramente. A coleta de culturas de ambiente ou de profissionais só é recomendada em situações específicas, quando há uma forte suspeita epidemiológica de que uma fonte ambiental ou um profissional colonizado (portador) seja a origem do surto. A decisão deve ser guiada pela CCIH.
15. Quando um surto é considerado “encerrado”?
Um surto é geralmente considerado encerrado após um período sem novos casos correspondente a, no mínimo, duas vezes o período máximo de incubação da doença. A decisão de declarar o fim do surto é tomada pela CCIH em conjunto com a vigilância epidemiológica.
16. O que acontece após o fim do surto?
Após o controle, a CCIH deve elaborar um relatório final detalhado, descrevendo toda a investigação, os achados, as medidas implementadas e os resultados. As lições aprendidas devem ser usadas para revisar e fortalecer os processos de prevenção e evitar a recorrência.
17. O que é o “limite endêmico” e como ele é calculado?
É o número de casos de uma infecção que são esperados para um determinado período em um local. Geralmente é calculado com base na média histórica de casos dos últimos meses ou anos. Um número de casos acima desse limite dispara o alerta de possível surto.
18. O que é um “caso índice”?
O caso índice é o primeiro caso do surto a ser identificado pela equipe de saúde ou pela vigilância, o que dá início à investigação. Ele não é necessariamente o “caso primário” (a primeira pessoa que foi infectada na origem do surto).
19. Apenas dois casos de uma mesma infecção já podem ser considerados um surto?
Sim. Em certas situações, como infecções por microrganismos multirresistentes ou infecções em sítio cirúrgico pelo mesmo cirurgião com o mesmo patógeno, um agrupamento de apenas dois casos já pode ser suficiente para caracterizar um surto e iniciar uma investigação completa.
20. Onde posso encontrar as fichas de notificação e os guias oficiais?
Os guias de investigação e as fichas oficiais de notificação de surtos podem ser encontrados nos sites da Secretaria de Saúde do seu município/estado, no portal da Anvisa e no portal do Ministério da Saúde.
Minutagem:
03:00 Por que este tema é tão importante?
06:52 O que caracteriza um surto hospitalar? Quando um aumento de casos deve ser considerado um surto?
09:42 Como definir os casos endêmicos e peidêmicos da sua instituição?
20:58 Como identificar surtos em instituições novas?
24:18 Quais critérios são usados para classificar um caso como suspeito, provável ou confirmado?
28:00 Como definir quais casos devem ser incluídos na investigação?
31:57 Por que é essencial buscar evidências científicas ao lidar com surtos? Quais são as melhores fontes para encontrar informações confiáveis sobre surtos e medidas de controle?
43:25 Quais critérios para fechar uma unidade?
48:00 Como saber se o surto foi realmente erradicado?
50:00 surtos de infecção por múltiplos microganismos.
51:40 precuações diante de um surto ou casos isolados com microrganismos de importância epidemiológica.
57:00 Como notificar e conduzir uma investigação epidemiológica eficaz?
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