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III Jornada Imersiva em Centro de Material e Esterilização

Resolução dos principais dilemas do CME foi o tema da III Jornada Imersiva em Centro de Material e Esterilização.

Programa da jornada: Gestão de Dificuldades Enfrentadas no Dia a Dia pelo CME

 

FAQ: Guia Completo sobre Centro de Material e Esterilização (CME)

Esta seção de Perguntas Frequentes (FAQ) foi desenvolvida como um guia abrangente para gestores hospitalares, membros da CCIH, médicos, farmacêuticos e enfermeiros. As perguntas e respostas a seguir exploram os temas fundamentais de uma jornada imersiva em CME, desde a regulamentação até os desafios mais complexos do processamento de produtos para saúde.


Seção 1: Fundamentos e Regulamentação da CME (10 Questões)

1. O que é um Centro de Material e Esterilização (CME)?

A CME é a unidade funcional de um serviço de saúde destinada ao processamento de produtos para saúde (PPS). Isso inclui as etapas de limpeza, preparo, desinfecção, esterilização, armazenamento e distribuição dos materiais para todas as unidades assistenciais.

2. Por que a CME é considerada o “coração do hospital”?

Porque a segurança e a qualidade de quase todos os procedimentos assistenciais, especialmente os cirúrgicos e invasivos, dependem diretamente da qualidade do processamento dos materiais. Uma falha na CME pode resultar em infecções graves, cancelamento de cirurgias e danos à segurança do paciente.

3. Qual é a principal legislação que regulamenta o funcionamento das CMEs no Brasil?

A principal norma é a RDC nº 15, de 15 de março de 2012, da Anvisa, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e é de cumprimento obrigatório por todos os serviços de saúde do país.

4. Quais são as diferentes áreas que compõem uma CME?

A RDC 15/2012 define um fluxo unidirecional para evitar a contaminação cruzada. As áreas são:

  • Área Suja (Setor de Limpeza): Onde ocorre o recebimento e a limpeza dos materiais contaminados.
  • Área Limpa (Setores de Preparo e Esterilização): Onde os materiais limpos são inspecionados, preparados, embalados e esterilizados.
  • Área Estéril (Setor de Armazenamento e Distribuição): Onde os materiais já esterilizados são guardados e de onde são distribuídos.

5. Qual a diferença entre uma CME Classe I e Classe II?

  • CME Classe I: Realiza o processamento de produtos para saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa.
  • CME Classe II: Realiza o processamento de produtos para saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa. A principal diferença é a capacidade de processar itens complexos, como endoscópios.

6. O que é a Classificação de Spaulding e como ela orienta o trabalho da CME?

É um sistema que classifica os PPS em três categorias, com base no risco de infecção envolvido em seu uso, determinando o nível de processamento necessário:

  • Críticos: Penetram tecidos estéreis. Exigem esterilização.
  • Semicríticos: Entram em contato com mucosas íntegras. Exigem, no mínimo, desinfecção de alto nível.
  • Não Críticos: Entram em contato com pele íntegra. Exigem limpeza ou desinfecção de baixo/médio nível.

7. Quem é o profissional responsável pela CME?

A RDC 15/2012 determina que todo CME deve ter um Profissional Responsável, que deve ser um profissional de nível superior legalmente habilitado. A coordenação de enfermagem da CME é privativa do enfermeiro.

8. Qual a formação exigida para os técnicos que atuam na CME?

Os operadores da CME devem ter o ensino médio completo e receber capacitação específica sobre os processos da CME, validada pelo Profissional Responsável, antes de iniciarem suas atividades.

9. O que a RDC 36/2013 (Segurança do Paciente) diz sobre a CME?

A RDC 36, que institui as ações para a segurança do paciente, reforça a importância da CME ao incluir a prevenção de infecções como um dos pilares da qualidade. Um processamento seguro de materiais é uma barreira fundamental para a prevenção de Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC).

10. Qual o objetivo de uma Jornada Imersiva em CME, como a do artigo?

O objetivo é proporcionar uma atualização profunda e prática sobre todos os aspectos da CME, desde as normas regulatórias e os processos técnicos até as inovações tecnológicas e os desafios de gestão, capacitando os profissionais para garantirem a máxima segurança e eficiência em seus serviços.


Seção 2: O Fluxo de Processamento de Produtos para Saúde (PPS) (15 Questões)

11. Qual é o primeiro e mais importante passo no processamento de PPS?

O primeiro passo é a limpeza. É considerada a etapa mais crítica de todo o processo, pois a eficácia da desinfecção e da esterilização depende diretamente da remoção completa da sujidade (matéria orgânica e inorgânica).

12. Por que “se não está limpo, não pode ser esterilizado”?

A matéria orgânica (sangue, tecidos, secreções) funciona como um escudo protetor para os microrganismos, impedindo que o agente desinfetante ou esterilizante entre em contato com eles. Além disso, a matéria orgânica pode inativar quimicamente alguns desses agentes.

13. Quais as diferenças entre limpeza manual e automatizada?

  • Limpeza Manual: Realizada com a ação humana (fricção com escovas, etc.). Exige treinamento rigoroso e uso de EPIs, mas é necessária para itens delicados ou com lúmens complexos.
  • Limpeza Automatizada: Realizada por equipamentos como lavadoras ultrassônicas e termodesinfectoras. É mais segura, padronizável e eficiente, sendo o método de escolha sempre que possível.

14. O que são e quando usar detergentes enzimáticos?

São detergentes que contêm enzimas (proteases, lipases, amilases) que quebram a matéria orgânica (proteínas, gorduras, carboidratos), facilitando sua remoção durante a limpeza. São especialmente indicados para artigos de conformação complexa, com lúmens e canais.

15. Qual a importância do enxágue após a limpeza?

O enxágue é fundamental para remover totalmente os resíduos do detergente e da sujidade. Resíduos químicos podem danificar os instrumentos, interferir nos processos de esterilização e causar reações tóxicas nos pacientes (ex: Síndrome Tóxica do Segmento Anterior – TASS – em oftalmologia).

16. O que diferencia a desinfecção de alto nível da esterilização?

  • Desinfecção de Alto Nível: Destrói todos os microrganismos, exceto um alto número de esporos bacterianos. É indicada para artigos semicríticos.
  • Esterilização: Destrói todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos. É obrigatória para artigos críticos.

17. Quais são os principais métodos de esterilização de baixa temperatura?

São métodos usados para artigos termossensíveis. Os principais são:

  • Vapor de peróxido de hidrogênio.
  • Óxido de etileno (ETO).
  • Vapor a baixa temperatura com formaldeído (VBTF).

18. O que é um “sistema de barreira estéril” (embalagem)?

É a embalagem que protege o material esterilizado da recontaminação. Os tipos mais comuns são o papel grau cirúrgico, o SMS (Spunbond-Meltblown-Spunbond) e os contêineres rígidos. A escolha depende do material e do método de esterilização.

19. Como uma autoclave a vapor funciona?

Ela utiliza a combinação de temperatura, pressão e umidade (vapor saturado sob pressão) para destruir os microrganismos por termocoagulação de suas proteínas. É o método mais seguro, eficaz e econômico para artigos termorresistentes.

20. Qual a forma correta de carregar uma autoclave?

Os pacotes devem ser dispostos na vertical, com espaço entre eles para permitir a circulação do vapor. Itens pesados embaixo, leves em cima. Contêineres devem ser posicionados de forma plana. A sobrecarga da autoclave é uma das principais causas de falha na esterilização.

21. Qual o prazo de validade de um material estéril?

A validade de um material estéril não é mais determinada pelo tempo, e sim pelo evento. Um “evento” que compromete a esterilidade é qualquer dano à embalagem (rasgo, umidade, queda). Enquanto a embalagem estiver íntegra, o material é considerado estéril.

22. O que é o preparo de carga em uma termodesinfectora?

É a disposição correta dos instrumentais nos cestos da máquina, garantindo que todas as superfícies sejam atingidas pelos jatos de água e que os lúmens e canais sejam conectados aos irrigadores para uma limpeza interna eficaz.

23. Qual a importância da inspeção visual com lupa?

A inspeção visual, preferencialmente com lentes de aumento, é uma etapa crucial após a limpeza para verificar a remoção de toda a sujidade e a integridade do instrumental (ausência de corrosão, danos, etc.) antes de ele seguir para a esterilização.

24. O que é secagem e por que é importante?

A secagem completa dos materiais após a limpeza é fundamental para evitar a proliferação de microrganismos residuais e a interferência da umidade com alguns métodos de esterilização de baixa temperatura.

25. Como deve ser o armazenamento dos produtos estéreis?

Devem ser armazenados em local limpo, seco, de acesso restrito, longe de fontes de umidade e calor, e em prateleiras ou armários fechados, protegidos da poeira e de danos mecânicos.


Seção 3: Gestão da Qualidade e Segurança na CME (15 Questões)

26. O que é a validação de processos na CME?

É a obtenção de evidência documentada de que um processo (ex: limpeza, esterilização) é capaz de atingir consistentemente os resultados esperados com um alto grau de segurança. A validação é uma exigência da RDC 15/2012.

27. Quais são os três tipos de monitoramento da esterilização?

  1. Monitoramento Físico: Observação dos parâmetros do equipamento (tempo, temperatura, pressão) a cada ciclo.
  2. Monitoramento Químico: Uso de indicadores que mudam de cor na presença do agente esterilizante (ex: fita para autoclave, integradores).
  3. Monitoramento Biológico: Uso de Indicadores Biológicos (IBs) contendo esporos altamente resistentes para comprovar a letalidade do ciclo. É o teste definitivo da eficácia.

28. O que é o teste de Bowie-Dick e para que serve?

É um teste realizado diariamente na primeira carga de autoclaves a vapor com pré-vácuo. Ele avalia a eficácia do sistema de vácuo em remover o ar da câmara, que é um dos principais inimigos da esterilização a vapor.

29. Com que frequência o Indicador Biológico (IB) deve ser usado?

A RDC 15/2012 exige o uso de IB diariamente, na primeira carga do dia. Para cargas com implantes ortopédicos ou oftalmológicos, cada carga deve ser monitorada com um IB.

30. O que é a rastreabilidade de um produto para saúde?

É a capacidade de rastrear todo o histórico de um produto, desde o seu processamento na CME até o uso no paciente. Um sistema de rastreabilidade deve registrar o lote de esterilização, a data, o equipamento usado, o responsável e em qual paciente o material foi utilizado.

31. Por que a rastreabilidade é tão importante para a segurança do paciente?

Em caso de falha na esterilização detectada por um IB positivo, a rastreabilidade permite identificar todos os materiais daquele lote e todos os pacientes que podem ter sido expostos, possibilitando uma ação de recall rápida e eficaz.

32. Quais são os principais indicadores de desempenho (KPIs) de uma CME?

  • Taxa de conformidade da limpeza.
  • Índice de pacotes molhados (“wet packs”).
  • Taxa de reprocessamento de materiais.
  • Produtividade (peças processadas por funcionário).
  • Taxa de conformidade no uso de IBs.

33. O que fazer ao identificar um “pacote molhado” (wet pack) na saída da autoclave?

Um pacote molhado não pode ser considerado estéril e não deve ser utilizado. A carga deve ser reprovada, e a causa do problema (ex: sobrecarga, falha do equipamento, vapor de má qualidade) deve ser investigada e corrigida.

34. Como funciona um processo de recall de materiais na CME?

Quando uma falha é detectada (ex: IB positivo), a CME, junto com a CCIH, deve:

  1. Segregar todos os materiais do lote suspeito que ainda estão no estoque.
  2. Usar o sistema de rastreabilidade para identificar onde os outros materiais do lote foram distribuídos.
  3. Recolher os materiais não utilizados.
  4. Notificar a equipe de vigilância do hospital sobre os pacientes que já utilizaram materiais do lote para que sejam monitorados.

35. O que é e para que serve um teste de limpeza?

São testes que verificam a eficácia da limpeza, detectando resíduos de matéria orgânica que não são visíveis a olho nu. Exemplos incluem testes de detecção de proteína, hemoglobina ou ATP.

36. Como deve ser feita a manutenção preventiva dos equipamentos da CME?

Todos os equipamentos (autoclaves, termodesinfectoras, etc.) devem ter um cronograma de manutenção preventiva, realizado por uma empresa qualificada, com registros de todas as intervenções. A qualificação (de instalação, operação e desempenho) dos equipamentos também é obrigatória.

37. Qual a importância da qualidade da água na CME?

A qualidade da água é crucial. A água usada no último enxágue e para a geração de vapor deve ter padrões de pureza controlados (ex: água de osmose reversa) para evitar a deposição de minerais e toxinas nos instrumentos, o que pode causar danos e reações adversas nos pacientes.

38. Qual a conduta frente a uma não conformidade na CME?

Toda não conformidade (ex: falha em um indicador, erro de processo) deve ser registrada e analisada. A equipe deve investigar a causa raiz do problema e implementar ações corretivas e preventivas para evitar que ele se repita.

39. Como se realiza uma auditoria interna na CME?

Utilizando um checklist baseado na RDC 15/2012 e em outras boas práticas. A auditoria deve verificar a estrutura física, os processos, os registros, a qualificação da equipe e a conformidade com os protocolos institucionais.

40. O que é a validação da limpeza?

É um processo documentado que comprova que o método de limpeza (manual ou automatizado) é consistentemente eficaz para remover a sujidade de um determinado tipo de produto para saúde, garantindo que ele esteja seguro para as etapas subsequentes de desinfecção ou esterilização.


Seção 4: Desafios Específicos e Tópicos Avançados (10 Questões)

41. Por que o processamento de endoscópios é um grande desafio?

Devido à sua conformação complexa: lúmens longos e estreitos, canais internos e válvulas que são extremamente difíceis de limpar e desinfetar. Falhas no reprocessamento de endoscópios são uma das principais causas de surtos de infecção hospitalar.

42. Quais são as etapas essenciais no reprocessamento de endoscópios?

  1. Pré-limpeza no ponto de uso (na sala de exames).
  2. Teste de vazamento para verificar a integridade do tubo.
  3. Limpeza manual rigorosa, com escovação de todos os canais.
  4. Enxágue.
  5. Desinfecção de alto nível (geralmente automatizada em reprocessadoras).
  6. Enxágue final com água de qualidade controlada.
  7. Secagem completa dos canais com ar comprimido.
  8. Armazenamento em armários verticais e ventilados.

43. O que são biofilmes e como eles impactam o processamento de PPS?

Biofilmes são colônias de bactérias aderidas a uma superfície e protegidas por uma matriz polimérica. Essa matriz os torna extremamente resistentes à limpeza e aos desinfetantes. A limpeza inadequada permite a formação de biofilmes, especialmente em lúmens e superfícies irregulares, tornando a esterilização ineficaz.

44. O que são príons e quais precauções a CME deve tomar?

Príons são agentes infecciosos compostos apenas por proteínas, extremamente resistentes aos métodos convencionais de esterilização. Em casos de suspeita de contaminação por príons (ex: Doença de Creutzfeldt-Jakob), são necessários protocolos especiais de limpeza (com produtos à base de hidróxido de sódio ou hipoclorito) e de esterilização (com tempos e temperaturas estendidos na autoclave a vapor).

45. O que a legislação brasileira diz sobre o reuso de artigos de uso único (“single use”)?

A RDC nº 156/2006 da Anvisa proíbe o reprocessamento da maioria dos artigos de uso único. Existe uma lista de produtos cujo reprocessamento é proibido e outra de produtos que podem ser reprocessados, desde que a instituição tenha um programa rigoroso de validação e controle de qualidade para garantir a segurança.

46. O que é a esterilização por Óxido de Etileno (ETO) e quais os cuidados?

O ETO é um gás esterilizante eficaz para artigos termossensíveis. No entanto, ele é tóxico, carcinogênico e inflamável. O processo exige uma longa fase de aeração (para remover os resíduos do gás) e instalações com rigorosos controles de segurança ambiental e ocupacional.

47. Quais as vantagens do Peróxido de Hidrogênio em Plasma?

É um método de esterilização de baixa temperatura rápido, seguro (não deixa resíduos tóxicos) e compatível com muitos materiais sensíveis. É uma alternativa cada vez mais utilizada ao ETO.

48. O que é instrumental consignado e qual a responsabilidade da CME?

É o instrumental cirúrgico que pertence a uma empresa e é emprestado ao hospital para um procedimento específico. A CME tem a responsabilidade de receber, limpar, esterilizar e devolver esse material, garantindo que ele seja processado com o mesmo rigor dos instrumentais do próprio hospital, mesmo com o desafio do tempo curto e da falta de familiaridade com o material.

49. Como a automação e a robótica estão impactando a CME?

A automação está crescendo nas CMEs através de lavadoras e esterilizadores mais inteligentes, sistemas de rastreabilidade por código de barras ou RFID, e robôs para transporte de materiais. Isso aumenta a eficiência, a segurança do processo e a segurança do trabalhador.

50. Como a CCIH deve investigar um surto de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC)?

A CCIH deve iniciar uma investigação que inclui a revisão dos prontuários dos pacientes, a observação das práticas no centro cirúrgico e, fundamentalmente, uma auditoria completa de todos os processos na CME, desde a limpeza até o armazenamento, para identificar qualquer possível falha no processamento dos instrumentais.


Seção 5: A CME e sua Interface com Outros Setores (10 Questões)

51. Qual a principal interface entre a CME e o Centro Cirúrgico (CC)?

A interface é total e crítica. O CC é o principal “cliente” da CME, e a qualidade das cirurgias depende da disponibilidade e da esterilidade dos materiais fornecidos pela CME. A comunicação e a colaboração entre as duas equipes devem ser constantes para alinhar demandas, horários e solucionar problemas.

52. Qual o papel da CCIH dentro da CME?

A CCIH atua como uma parceira e auditora da CME. Ela ajuda a CME a definir protocolos, a validar processos, a investigar não conformidades, a analisar os indicadores e a garantir que todas as práticas estejam alinhadas com as diretrizes de prevenção de infecção.

53. Para médicos cirurgiões: Como eles podem colaborar com o trabalho da CME?

Os cirurgiões podem colaborar de forma crucial realizando a pré-limpeza do instrumental pesado (com remoção de matéria orgânica grosseira) ainda no campo cirúrgico. Além disso, devem fornecer feedback claro e respeitoso à CME caso identifiquem qualquer problema com os instrumentais.

54. Para enfermeiros das unidades assistenciais: Qual seu papel no ciclo dos materiais?

O enfermeiro da unidade é responsável por:

  • Solicitar os materiais corretamente.
  • Manusear e armazenar os pacotes estéreis de forma adequada na unidade.
  • Utilizar técnica asséptica ao abrir e manusear o material.
  • Garantir o correto acondicionamento do material contaminado para o transporte seguro até a CME.

55. Qual o papel do farmacêutico na CME?

O farmacêutico pode ter um papel importante na gestão da qualidade da água, na seleção e validação de saneantes (detergentes, desinfetantes), na avaliação de novas tecnologias de esterilização e na gestão de resíduos químicos, além de poder ser o Profissional Responsável pela CME.

56. Para gestores hospitalares: Como um investimento na CME pode gerar retorno financeiro?

Um investimento em tecnologia e pessoal qualificado na CME pode gerar um grande ROI ao:

  • Reduzir as taxas de Infecção de Sítio Cirúrgico e os custos associados.
  • Diminuir o cancelamento de cirurgias por falta de material.
  • Aumentar a vida útil dos instrumentais, evitando a reposição precoce.
  • Otimizar o tempo da equipe do centro cirúrgico.

57. Como a CME impacta diretamente os indicadores de segurança do paciente?

A CME impacta diretamente indicadores como a incidência de Infecção de Sítio Cirúrgico, a ocorrência de surtos pós-procedimentos e a conformidade com as práticas de segurança exigidas em programas de acreditação.

58. Como gerenciar conflitos entre a CME e o Centro Cirúrgico?

Através da comunicação transparente, da criação de protocolos claros e acordados por ambas as partes, da realização de reuniões periódicas conjuntas para discutir problemas e alinhar expectativas, e do estabelecimento de uma cultura de colaboração, e não de culpa.

59. Qual a importância de incluir a equipe da CME nas discussões sobre aquisição de novos instrumentais?

É fundamental. A equipe da CME pode avaliar se o novo instrumental é de fácil limpeza e processamento, se é compatível com os métodos de esterilização disponíveis no hospital e se o seu design não apresenta riscos para a segurança do paciente, evitando a compra de materiais problemáticos.

60. Onde os profissionais podem encontrar mais informações e atualizações sobre as boas práticas em CME?

As principais fontes são as publicações da Anvisa, as diretrizes da SOBECC (Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização), o site da CCIH.med.br e seu canal no YouTube, e os congressos e eventos da área.

Minutagem das palestras

08:08 – “Que peso real atribuir aos testes de monitoramento das autoclaves reprovando o seu funcionamento”

1:03:58 – “Como gerenciar a dificuldade das Lavadoras automatizadas que inesperadamente tornam-se inoperantes”

1:46:25 – “Decisão frente a material cirúrgico encontrado molhado”

2:32:57 – “Material cirúrgico usado com prazo de prateleira vencido”

3:27:49 – “Pedido do cirurgião para uso do instrumental cirúrgico de sua propriedade trazido fora do prazo estipulado pelo CME”

4:34:50 – “Pedido para o CME processar biomodelo 3D fabricado “in house” para uso como guia/implante cirúrgico”

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