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Financiamento e incorporação de tecnologia no sistema de saúde brasileiro

O financiamento do sistema de saúde no Brasil é complexo, envolvendo diversas fontes de recursos e mecanismos de distribuição. Confira de forma objetiva e descritiva como ele funciona:

Sistema Único de Saúde (SUS): O SUS é financiado principalmente por recursos públicos. Estes recursos vêm de impostos e contribuições sociais coletados pelos governos federal, estaduais e municipais.

Governo Federal: O governo federal é a principal fonte de financiamento do SUS. Ele contribui com recursos oriundos de impostos federais e contribuições sociais, como a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Estados e Municípios: Eles complementam o financiamento do SUS com seus próprios orçamentos, provenientes de impostos estaduais e municipais. A Constituição Brasileira determina percentuais mínimos da receita de impostos que devem ser destinados à saúde pelos estados e municípios.

Emendas Parlamentares: Parte do financiamento também pode vir de emendas parlamentares, onde deputados e senadores direcionam recursos do orçamento federal para a saúde em seus estados ou municípios.

Transferências Fundo a Fundo: Existe um mecanismo de transferência de recursos denominado “fundo a fundo”, no qual o dinheiro é transferido diretamente dos fundos de saúde do governo federal para os fundos de saúde estaduais e municipais, sem passar pelo orçamento geral.

Sistema Suplementar: Paralelamente ao SUS, existe o sistema de saúde suplementar, que é financiado principalmente por meio de planos de saúde privados. Este sistema é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e não faz parte do SUS, mas complementa o sistema de saúde brasileiro.

Contribuições e Doações: O SUS também pode receber financiamento por meio de contribuições e doações de organizações nacionais e internacionais, além de parcerias público-privadas em determinados projetos de saúde.

Despesas Diretas dos Usuários: Embora a maior parte dos serviços do SUS sejam gratuitos, em alguns casos, pode haver cobrança por serviços específicos, especialmente no sistema de saúde suplementar.

Este modelo de financiamento busca garantir acesso universal à saúde, conforme estabelecido na Constituição Brasileira de 1988. Porém, o sistema enfrenta desafios como a distribuição desigual de recursos entre regiões e a necessidade de melhorar a eficiência e qualidade dos serviços de saúde.

A incorporação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil segue um processo estruturado e regulamentado, visando assegurar que as novas tecnologias sejam seguras, eficazes e custo-efetivas. Vou descrever de forma objetiva e descritiva como esse processo ocorre:

Identificação da Necessidade: Primeiramente, identifica-se a necessidade de uma nova tecnologia no SUS, seja um medicamento, equipamento, procedimento ou outro tipo de intervenção em saúde. Essa necessidade pode ser identificada por profissionais de saúde, gestores, pacientes ou por meio de pesquisas e estudos.

Proposta de Incorporação: Uma proposta para a incorporação da nova tecnologia é então submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), um órgão responsável por assessorar o Ministério da Saúde nessas decisões.

Avaliação pela CONITEC: A CONITEC avalia a proposta com base em evidências científicas e análises de impacto orçamentário, eficácia, efetividade e segurança. Essa avaliação leva em conta também aspectos como custo-benefício e comparações com tecnologias já disponíveis no SUS.

Consulta Pública: Após uma análise preliminar, a CONITEC pode abrir uma consulta pública para coletar opiniões e informações adicionais de profissionais de saúde, pacientes e outros interessados.

Decisão Final: Com base nas análises e contribuições recebidas, a CONITEC emite uma recomendação favorável ou contrária à incorporação da tecnologia. Essa recomendação é então encaminhada ao Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Aprovação Ministerial: O Secretário tem a responsabilidade de aprovar ou rejeitar a recomendação da CONITEC. Se aprovada, a tecnologia é formalmente incorporada ao SUS.

Implementação: Após a aprovação, inicia-se o processo de implementação da nova tecnologia no SUS. Isso inclui a aquisição, distribuição, treinamento de profissionais de saúde e monitoramento da utilização.

Monitoramento e Reavaliação: Uma vez incorporada, a tecnologia continua sendo monitorada em termos de eficácia, segurança e impacto orçamentário. Pode ocorrer reavaliação periódica para verificar se a tecnologia continua sendo uma opção viável e efetiva.

Este processo assegura que as tecnologias incorporadas ao SUS atendam aos critérios de necessidade, eficácia, segurança e eficiência econômica, visando o melhor uso dos recursos públicos e a melhoria contínua da qualidade do atendimento à saúde no Brasil.

Veja o que nosso professor Gonzalo Vecina Neto diz a este respeito:

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