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Febre do Oropouche – fique atento!

No início de fevereiro deste ano, a OPAS recebeu a primeira notificação do Brasil sobre a ocorrência de casos da doença de vírus Oropouche (OROV) no estado do Amazonas e que, além disso, estavam sendo investigados casos de OROV reportados nos estados do Acre e Roraima.

No Brasil, entre a semana epidemiológica (SE) 1 e a SE 8 de 2024, o OROV foi detectado em 2.104 amostras, sendo 1.821 no Amazonas, 172 em Rondônia, 51 no Acre e 12 em Roraima. Todos os casos detectados em 2023 e 2024 tiveram como local provável de infecção os estados da região Norte do Brasil (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima).

A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.

Temos aqui mais um exemplo de doença transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Sinais e sintomas:

Após um período de incubação de 5 a 7 dias, os pacientes apresentam febre alta, dor de cabeça com fotofobia, mialgias, artralgias e, em alguns casos, exantemas. Alguns pacientes podem apresentar vômitos e sangramento, manifestando-se como petéquias, epistaxe e sangramento gengival.  Em situações excepcionais, a OROV pode causar meningite ou encefalite. A infecção geralmente se resolve em 2 a 3 semanas.

E atenção! Durante a primeira semana da doença, o principal diagnóstico diferencial é a infecção por dengue.

 

Diagnóstico:

Durante a fase aguda da doença, que geralmente dura de 2 a 7 dias, é possível detectar o material genético do vírus (RNA) por métodos moleculares (RT-PCR) em amostras de soro. Também é possível detectar o RNA no líquido cefalorraquidiano (LCR) em casos que apresentam meningite asséptica.

Com relação aos métodos sorológicos, os anticorpos contra o OROV geralmente podem ser detectados no soro a partir do quinto dia após o início dos sintomas. O diagnóstico sorológico do OROV é baseado em métodos como a neutralização por redução de placa (PRNT), a fixação de complemento, a imunofluorescência, a inibição de hemaglutinação e ELISA para IgM e IgG.

 

Tratamento e manejo clínico:

Atualmente, não se dispõe de vacinas nem medicamentos antivirais específicos para prevenir ou tratar a infecção por OROV. A abordagem de tratamento é paliativa, com foco no alívio da dor, reidratação e controle de vômitos que possam ocorrer.

 

Como prevenir?

Valem as recomendações já conhecidas para a prevenção da dengue:

  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
  • Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
  • Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Fonte: https://www.paho.org/pt/documentos/atualizacao-epidemiologica-oropouche-na-regiao-das-americas-6-marco-2024
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-do-oropouche

Sintetizado por Laura Czekster Antochevis

https://www.linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104/

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