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Endoftalmites em Procedimentos Oftalmológicos

Agora é obrigatória a notificação de endoftalmeite o terror dos procedimentos oftalmológicos em mutirões ou em procedimentos convencionais em hospitais. Os professores Reginaldo Paz e Kazuko Graziano debatem o tema neste SuperAção.

📢 LIVE IMPERDÍVEL NO SUPER🅰️ÇÃO! 🚀👁️ 🔴 Endoftalmites em Procedimentos Oftalmológicos: O que Mudou na Nova Nota Técnica da ANVISA?

🔬 ATENÇÃO PROFISSIONAIS DE SAÚDE! A ANVISA lançou a Nota Técnica nº 05/2025, trazendo mudanças importantes sobre a vigilância das endoftalmites associadas a cirurgias de catarata e injeções intravítreas. O que isso significa na prática? Como os serviços de saúde devem se adaptar?

⚠️Para responder essas e outras questões, teremos um super encontro com um dos maiores especialistas da área: 🎙️ Convidado Especial: Prof. Dr. Reginaldo Adalberto Luz 🏥🔬

🗣 Moderação: Tadeu Fernandes, Karine de Oliveira e Filipe Prohaska

📌 TEMAS FORAM ABORDADOS:

✅ O que mudou na nova nota técnica?

✅ A importância da notificação obrigatória das endoftalmites 📊

✅ Impactos para CCIH, segurança do paciente e qualidade assistencial: como prevenir e diagnosticar?

✅ Como os serviços de oftalmologia devem se preparar, particularmente em mutirões?

👁️ Se você é oftalmologista, profissional da saúde ou atua na área de controle de infecção, não pode perder!

📲 ASSISTA e compartilhe com seus colegas! Nos vemos no SuperAção!

🎬🔥 🔔 INSCREVA-SE no canal e ative as notificações para não perder essa discussão essencial!

FAQ: Prevenção e Manejo de Endoftalmite em Procedimentos Oftalmológicos

1. O que é endoftalmite e por que é uma complicação tão temida?

A endoftalmite é uma inflamação severa do interior do olho (das cavidades vítrea e aquosa), geralmente causada por uma infecção bacteriana ou fúngica. É uma das complicações mais devastadoras da cirurgia oftálmica, pois pode levar à perda visual permanente e, em casos extremos, à perda do globo ocular.

2. Quais são os tipos de endoftalmite pós-operatória?

Ela é classificada principalmente pelo tempo de início dos sintomas após o procedimento:

3. Quais procedimentos oftalmológicos apresentam maior risco de endoftalmite?

Embora rara, a endoftalmite pode ocorrer após qualquer procedimento intraocular. Os mais associados são a cirurgia de catarata (devido ao seu altíssimo volume) e as injeções intravítreas (devido à sua natureza repetitiva).

4. Quais são os microrganismos mais comuns causadores de endoftalmite pós-operatória?

A maioria das infecções é causada por bactérias da própria flora do paciente. Os mais comuns são os Estafilococos coagulase-negativos (como S. epidermidis), seguidos por Staphylococcus aureus, espécies de Streptococcus e, menos frequentemente, bactérias Gram-negativas.

5. Qual a medida de antissepsia pré-operatória mais importante para a prevenção?

A aplicação de solução de iodo-povidona (PVPI) a 5% na superfície ocular (córnea, conjuntiva e fórnices) por pelo menos 3 minutos antes da incisão é considerada a medida isolada mais eficaz e baseada em evidências para reduzir o risco de endoftalmite.

6. O uso de antibióticos tópicos nos dias que antecedem a cirurgia é recomendado?

O uso rotineiro de antibióticos tópicos antes da cirurgia é uma prática controversa e não é universalmente recomendada pelas principais diretrizes internacionais. A justificativa é que a prática pode induzir resistência, e a antissepsia com PVPI no dia do procedimento é a medida mais crucial.

7. Quais são os principais cuidados intraoperatórios para a prevenção?

Os cuidados intraoperatórios incluem a manutenção de um campo cirúrgico estéril, antissepsia adequada da pele das pálpebras e cílios, isolamento rigoroso dos cílios e margem palpebral com campo plástico adesivo, e a minimização do tempo cirúrgico.

8. O que é e qual a evidência do uso de antibiótico intracameral?

É a injeção de um antibiótico (mais comumente a cefuroxima) dentro da câmara anterior do olho ao final da cirurgia de catarata. Um grande estudo europeu (ESCRS) demonstrou que essa prática reduz significativamente (em cerca de 5 vezes) o risco de endoftalmite pós-operatória.

9. Qual o papel do médico oftalmologista na prevenção e no manejo?

O cirurgião é o principal responsável pela prevenção, garantindo a indicação correta do procedimento, a avaliação pré-operatória de fatores de risco (como blefarite) e a execução de uma técnica cirúrgica asséptica impecável. No pós-operatório, é sua responsabilidade o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.

10. Como o enfermeiro contribui para a prevenção de endoftalmite no centro cirúrgico?

O enfermeiro é o guardião dos processos de segurança. Ele garante a esterilidade dos materiais, a montagem correta da sala cirúrgica, a checagem de segurança (cirurgia segura), a administração correta de colírios e a orientação clara ao paciente no momento da alta.

11. Qual o papel do farmacêutico, especialmente na preparação de antibióticos?

O farmacêutico hospitalar é crucial para garantir a segurança na preparação de antibióticos para uso intraocular, como a diluição correta da cefuroxima intracameral ou a manipulação de antibióticos para injeção intravítrea em capela de fluxo laminar, garantindo a esterilidade e a dose correta da medicação.

12. Quais são os sinais e sintomas de alerta para endoftalmite aguda pós-operatória?

Os sinais clássicos de alerta, que devem levar à suspeita imediata, são: dor ocular intensa, piora da visão e hiperemia (vermelhidão) conjuntival acentuada. Outros sinais incluem hipópio (nível de pus na câmara anterior) e edema de pálpebra.

13. Qual a conduta imediata diante de uma suspeita de endoftalmite?

A suspeita de endoftalmite é uma emergência oftalmológica. O paciente deve ser avaliado imediatamente por um oftalmologista. A conduta padrão envolve a coleta de amostras do humor aquoso e/ou vítreo para análise microbiológica (cultura e bacterioscopia) e a injeção intravítrea imediata de antibióticos de amplo espectro.

14. A cirurgia de vitrectomia é sempre necessária no tratamento?

Não sempre. O estudo EVS (Endophthalmitis Vitrectomy Study) demonstrou que a vitrectomia precoce beneficia principalmente os pacientes que se apresentam com acuidade visual muito baixa (percepção luminosa apenas). Para pacientes com visão inicial melhor, o tratamento apenas com injeção intravítrea de antibióticos pode ser suficiente.

15. Quais as orientações pós-operatórias para o paciente?

O paciente deve ser orientado a usar os colírios prescritos corretamente, a não coçar ou apertar o olho operado, a evitar ambientes contaminados (piscinas, mar), a usar o protetor ocular conforme recomendado e, o mais importante, a procurar o serviço de emergência imediatamente em caso de dor, piora da visão ou vermelhidão intensa.

16. Quais os desafios na prevenção de endoftalmite após injeções intravítreas?

O principal desafio é o caráter repetitivo do procedimento. Medidas como o uso de máscara facial (para o profissional e o paciente, para evitar a dispersão de gotículas), a antissepsia rigorosa com PVPI e a não utilização de instrumentos que toquem a pálpebra (como o blefarostato, em alguns casos) são fundamentais.

17. O que caracteriza um surto de endoftalmite?

Um surto é definido como a ocorrência de um número de casos de endoftalmite acima do esperado para um determinado cirurgião, local ou período. A identificação de múltiplos casos associados a um mesmo lote de insumo ou a uma mesma sala cirúrgica em um curto período é um forte indicativo de surto.

18. Como um surto de endoftalmite deve ser investigado?

A investigação deve ser liderada pela CCIH em conjunto com a equipe de oftalmologia. Os passos incluem a revisão de todos os processos (esterilização de materiais, uso de insumos, técnica cirúrgica), a coleta de culturas dos pacientes e, se necessário, de insumos e do ambiente, e a notificação imediata às autoridades sanitárias.

19. Existem normas da Anvisa sobre o reprocessamento de instrumentais oftalmológicos?

Sim. Instrumentais cirúrgicos oftalmológicos são classificados como críticos e devem ser submetidos a um processo de esterilização. A RDC nº 15, de 15 de março de 2012, dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e se aplica a esses materiais.

20. Onde encontrar as diretrizes mais atualizadas sobre prevenção de endoftalmite?

As diretrizes mais importantes e baseadas em evidências são publicadas e atualizadas pelas principais sociedades de especialidade, como a Sociedade Europeia de Cirurgiões de Catarata e Refrativa (ESCRS), a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Minutagem:

08:54 Professor, o que caracteriza a endoftalmite e por que ela é uma infecção tão grave em oftalmologia?

10:55 Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de endoftalmite após cirurgias oftalmológicas?

15:00 Quais são os principais fatores desencadeantes de um surto, como últimos que vimos no Estado de São Paulo?

23:00 Como realizar prevenção de infecções em situações de day use de linhas de irrigação em cirurgias realizadas em mutirões?

24:59 A nota técnica agora exige notificação obrigatória mensal das endoftalmites. Como os serviços de saúde podem estruturar uma vigilância eficiente para cumprir essa exigência sem sobrecarregar suas equipes?

29:19 Quais são as principais medidas que os serviços de saúde podem adotar para prevenir a endoftalmite em cirurgias oftalmológicas e injeções intravítreas?

39:51 Como organizar protocolos de prevenção de infecção e busca ativas em cirurgias realizadas em grande escala? 45:03 Ainda sobre a nota técnica da ANVISA, o que deve ser acompanhando e notifica?

50:00 Porque o TASS como um evento adverso quase tão grave quanto a endoftalmite

1:17:00 O que é mais indicado para limpeza de pinças e outros itens de cirurgia oftalmológica com características extremamente delicadas, manual ou automatizada? #SuperAção #Endoftalmite #CCIH #Oftalmologia #ControleDeInfecção #SegurançaDoPaciente #ANVISA #InfecçãoHospitalar #SaúdeOcular

 

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