Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos

Em 05 de maio é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos.

A data foi criada para alertar a população quanto os riscos à saúde causados pela automedicação. O objetivo é ressaltar o papel do uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação como principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios.

As ações essenciais para a construção de práticas que levem ao Uso Racional de Medicamentos, são:

1. Elaborar diretrizes de desprescrição, conciliação e redução do uso de psicofármacos.

2. Promover articulações intersetoriais necessárias para desmedicalizar o cuidado.

3. Identificar grupos em situação de vulnerabilidade que necessitam de ações específicas para o acesso e o Uso Racional de Medicamentos.

4. Promover Assistência Farmacêutica com equidade de forma participativa e integrada.

5. Qualificar os processos de prescrição e desprescrição de antimicrobianos e, também, a formação de profissionais.

Segundo a OMS, o uso irracional de medicamentos é um grande problema mundial, estimando que mais de metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada e que metade dos pacientes não os toma corretamente. O uso excessivo, subutilizado ou indevido de medicamentos resulta no desperdício de recursos escassos e em riscos generalizados para a saúde.

Exemplos de uso irracional de medicamentos incluem:

uso de muitos medicamentos por paciente (“polifarmácia”);
uso inadequado de antimicrobianos, muitas vezes em dosagens inadequadas, para infecções não bacterianas;
uso excessivo de injeções quando formulações orais seriam mais apropriadas;
falha na prescrição de acordo com as diretrizes clínicas;
automedicação inadequada, muitas vezes com medicamentos sujeitos a receita médica;
não adesão aos regimes de dosagem.

A OMS defende 12 intervenções principais para promover uma utilização mais racional:

Estabelecimento de um órgão nacional multidisciplinar para coordenar políticas sobre o uso de medicamentos;
Uso de diretrizes clínicas;
Desenvolvimento e utilização de lista nacional de medicamentos essenciais;
Estabelecimento de comitês de medicamentos e terapêuticas em distritos e hospitais;
Inclusão de treinamento em farmacoterapia baseada em problemas nos currículos de graduação;
Educação médica continuada em serviço como requisito de licenciamento;
Supervisão, auditoria e feedback;
Uso de informações independentes sobre medicamentos;
Educação pública sobre medicamentos;
Evitar incentivos financeiros perversos;
Uso de regulamentação apropriada e aplicada;
Despesas governamentais suficientes para garantir a disponibilidade de medicamentos e de pessoal.