Importância e como fazer a interprtação correta dos dados para basear decisões em saúde.
🌟 Abril pela Segurança – MBA EQS Instituto CCIH+ 🌟
📌 2ª Aula do Programa Abril pela Segurança: Tema: Decisões Baseadas em Dados: o Caminho para uma Assistência mais Segura
👩🏫 Professora Convidada: Juliana Prates – Analista Business Analytics na Unimed Porto Alegre, com atuação profissional em análise estratégica e uso de dados para segurança e qualidade assistencial.
🎙️ Moderação: Cassiana Prates (Coordenadora MBA EQS) e Prof. Tadeu Fernandes
Nesta live você aprenderá:
✅ Como utilizar dados para embasar decisões clínicas e gerenciais assertivas;
✅ Estratégias para garantir uma assistência mais segura através do uso inteligente das informações;
✅ Experiências práticas e cases reais de aplicação de analytics na área da saúde;
✅ Como dados podem transformar positivamente a cultura de segurança do paciente na sua instituição. Não perca essa oportunidade única de aprendizado.
FAQ: Decisões Baseadas em Dados para uma Assistência Mais Segura
1. O que significa tomar “decisões baseadas em dados” na saúde?
Significa substituir a tomada de decisão baseada apenas na intuição, tradição ou experiência pessoal por uma abordagem estruturada que utiliza a coleta, análise e interpretação de dados objetivos para guiar as práticas assistenciais, a alocação de recursos e as estratégias de melhoria da qualidade e segurança do paciente.
2. Por que a tomada de decisão baseada em dados é superior à abordagem tradicional?
Porque ela permite identificar problemas e tendências que não são aparentes na prática do dia a dia. Dados objetivos revelam a real frequência de eventos adversos, a eficácia de intervenções e as áreas que mais necessitam de melhoria, permitindo ações mais focadas, eficientes e com maior probabilidade de sucesso.
3. Quais são as principais fontes de dados em um hospital?
As fontes são variadas e incluem: prontuários eletrônicos, dados de vigilância epidemiológica da CCIH, resultados de exames laboratoriais, registros de administração de medicamentos, notificações de eventos adversos, dados de consumo de materiais e antimicrobianos, e até mesmo pesquisas de satisfação e experiência do paciente.
4. O que são indicadores de qualidade e segurança e para que servem?
Indicadores são métricas padronizadas usadas para medir e avaliar a qualidade da assistência. Eles podem ser de processo (ex: % de adesão a um protocolo) ou de resultado (ex: taxa de infecção hospitalar). Servem para monitorar o desempenho, comparar resultados (benchmarking) e direcionar os esforços de melhoria.
- Referência: Indicadores de Qualidade e Segurança do Paciente: como escolher e monitorar – YouTube CCIH Cursos
5. Qual a importância da qualidade do dado coletado?
A qualidade do dado é fundamental. Decisões baseadas em dados ruins ou incompletos podem levar a conclusões equivocadas e a ações ineficazes ou até prejudiciais. É o princípio do “garbage in, garbage out” (lixo entra, lixo sai). Por isso, o registro preciso e completo das informações por toda a equipe é crucial.
- Referência: Data Quality in Healthcare: A Comprehensive Review – Journal of Medical Internet Research
6. Como a tecnologia (Business Intelligence, dashboards) apoia essa abordagem?
Ferramentas de Business Intelligence (BI) e dashboards transformam planilhas e bancos de dados complexos em painéis visuais, intuitivos e interativos. Isso permite que os profissionais de saúde e gestores visualizem tendências, identifiquem problemas e monitorem o desempenho em tempo real, democratizando o acesso à informação.
7. Como o médico pode usar dados para melhorar sua prática clínica?
O médico pode usar dados para: avaliar a eficácia de seus tratamentos, comparar seus resultados com os de seus pares (benchmarking), entender o perfil de resistência microbiana de sua unidade para uma prescrição de antibióticos mais assertiva, e identificar os principais fatores de risco para seus pacientes.
- Referência: Using Data to Improve Clinical Practice – Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ)
8. Qual o papel da enfermagem na cultura de decisão baseada em dados?
A equipe de enfermagem está na linha de frente da coleta da maioria dos dados assistenciais. Seu papel é garantir a precisão dos registros no prontuário, participar da coleta de dados para indicadores (ex: adesão a bundles), e utilizar os relatórios e dashboards para entender os riscos em sua unidade e propor melhorias nos processos de cuidado.
9. Como o farmacêutico utiliza dados para promover o uso racional de medicamentos?
O farmacêutico usa dados de consumo de antimicrobianos (como a Dose Diária Definida – DDD), dados de sensibilidade do antibiograma e dados de desfechos clínicos para gerenciar o programa de Antimicrobial Stewardship. Isso permite identificar padrões de prescrição inadequados e intervir de forma educativa e baseada em evidências.
10. Qual a relação entre a CCIH e a tomada de decisão baseada em dados?
A CCIH é, por natureza, um dos setores que mais gera e utiliza dados na instituição. Ao evoluir para um “centro de inteligência”, ela pode fornecer análises epidemiológicas que servem de base não apenas para o controle de infecção, mas para a estratégia de qualidade e segurança do hospital como um todo.
11. O que é benchmarking e como ele ajuda na tomada de decisão?
Benchmarking é o processo de comparar os indicadores de desempenho da sua instituição com os de outras instituições de referência ou com metas estabelecidas. Isso ajuda a entender se os resultados estão bons ou ruins em um contexto mais amplo e a identificar oportunidades de melhoria aprendendo com quem tem os melhores resultados.
- Referência: Benchmarking para a Qualidade na Saúde – FIOCRUZ
12. Como os dados podem ajudar a tornar a alocação de recursos mais eficiente?
Ao analisar onde ocorrem os maiores gargalos, os principais eventos adversos ou os maiores custos, os gestores podem direcionar investimentos (treinamentos, equipamentos, pessoal) para as áreas de maior impacto, em vez de distribuir recursos de forma linear ou baseada em percepções subjetivas.
13. Profissionais da linha de frente também devem ter acesso aos dados?
Sim, é fundamental. Quando os profissionais que executam o cuidado têm acesso aos dados de desempenho de sua própria unidade, eles se sentem mais engajados e empoderados para identificar problemas e participar da criação de soluções. A transparência dos dados é um motor para a melhoria contínua.
14. Quais são as principais barreiras para a implementação de uma cultura baseada em dados?
As barreiras incluem a resistência à mudança (preferência pela “forma como sempre fizemos”), a má qualidade dos dados disponíveis, a falta de sistemas de TI integrados, a sobrecarga de trabalho que dificulta registros de qualidade e a falta de treinamento dos profissionais em como interpretar e usar os dados.
15. Como a “Cultura de Segurança” se relaciona com a decisão baseada em dados?
Uma Cultura de Segurança forte depende da transparência. A utilização de dados para entender as falhas do sistema (e não para culpar indivíduos) é um pilar da Cultura Justa. Os dados fornecem a base objetiva para discutir abertamente os problemas e aprender com eles.
16. Como começar a implementar essa cultura em uma unidade ou hospital?
Comece pequeno. Escolha um ou dois indicadores importantes e fáceis de medir. Garanta que a equipe entenda o porquê da medição. Apresente os resultados de forma transparente e regular. Celebre as melhorias e discuta os desafios abertamente, focando sempre em processos, não em pessoas.
- Referência: Model for Improvement – IHI
17. Os dados podem prever problemas futuros?
Sim. Através da análise de tendências e do uso de modelos estatísticos (análise preditiva), é possível identificar padrões que antecedem um evento adverso. Por exemplo, um aumento no consumo de determinado antibiótico pode ser um sinal precoce de um surto, permitindo uma intervenção antes que ele se espalhe.
18. A experiência e o julgamento clínico perdem a importância?
Não, pelo contrário. Os dados não substituem o julgamento clínico, eles o qualificam. A união da experiência e intuição do profissional de saúde com a análise objetiva dos dados gera as decisões mais robustas e seguras para o paciente. Os dados fornecem o “o quê”, e a experiência clínica ajuda a entender o “porquê”.
19. Decisões baseadas em dados também se aplicam à gestão de pessoas?
Sim. Dados sobre absenteísmo, rotatividade de pessoal (turnover), sobrecarga de trabalho e resultados de pesquisas de clima organizacional podem ajudar os gestores a criar um ambiente de trabalho mais saudável e seguro, o que impacta diretamente na segurança do paciente e na prevenção do burnout.
20. Qual o objetivo final de uma assistência guiada por dados?
O objetivo final é criar um sistema de aprendizado contínuo (learning healthcare system), onde cada interação com o paciente gera dados que são analisados para gerar conhecimento, que por sua vez é usado para melhorar a assistência, tornando o cuidado progressivamente mais seguro, eficaz e centrado no paciente.
- Referência: Learning Healthcare System – AHRQ
✨📊 Minutagem:
08:00 atuação da enfermagem baseada em dados.
15:50 Como era o cenário da assistência à saúde na era pré-informatização.
18:15 Qual a importância dos dados no cenário atual da assistência à saúde?
23:20 Uso inteligente dos dados para decisões em saúde.
27:00 Onde estão as principais fontes de informação em saúde?
29:55 Assistência à saúde na era digital.
31:45 Big dat e data analytics.
33:10 Oportunidades e vantagens no contexto da saúde digital.
36:57 Principais desafios enfrentados.
37:25 Impacto social
38:20 Telemedicina.
38:50 Impactos para a segurança do paciente.
43:35 Proatividade na segurança do paciente.
45:10 Importância estratégica de decisões baseadas em dados.
48:00 Decisões baseadas em dados x uso da intuição.
49:50 Caminho para decisões baseadas em dados.
52:00 Como fazer na prática a implantação do planejamento em saúde baseado em dados.
53:30 Casos de sucesso.
1:00:10 Cultura do emprego de dados nas decisões clínicas.
1:08:00 Importância da estatística e da epidemiologia para compreender a ciência dos dados.
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