A Dengue representa um desafio significativo para a saúde pública global, afetando milhões de indivíduos anualmente em regiões tropicais e subtropicais. Caracterizada por uma ampla gama de manifestações clínicas, a doença exige um manejo cuidadoso para mitigar complicações e mortalidade. Este vídeo revisa a classificação da dengue, seus sintomas, o tratamento atualmente recomendado, incluindo medicamentos utilizados e contraindicados, e destaca o papel crucial do farmacêutico clínico na assistência aos pacientes afetados pela doença, culminando com uma palestra com nosso professor Roberto Canquerini.
Introdução
A Dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Com quatro sorotipos distintos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3, e DENV-4), a infecção pode variar de formas assintomáticas a quadros graves, potencialmente fatais. O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas, juntamente com a gestão apropriada dos cuidados, é fundamental para melhorar os resultados dos pacientes.
Classificação e Sintomas da Dengue
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a dengue em três categorias: dengue (sem sinais de alarme), dengue com sinais de alarme e dengue grave. Os sintomas iniciais incluem febre alta, dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea, vômito, e erupção cutânea. Os sinais de alarme que indicam progressão para formas mais graves da doença incluem dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento das mucosas, letargia ou irritabilidade, hepatomegalia (>2cm), e aumento do hematócrito concomitante à rápida diminuição das plaquetas.
Tratamento da Dengue
O tratamento da dengue é principalmente de suporte, visando aliviar os sintomas e prevenir complicações. Não existe um antiviral específico para a dengue; portanto, o foco está na hidratação adequada, controle da febre e manejo da dor. Analgésicos como paracetamol são recomendados para controle da febre e dor, enquanto medicamentos contendo aspirina ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são contraindicados devido ao risco aumentado de sangramento. Em casos de dengue grave, o manejo inclui a administração intravenosa de fluidos e, se necessário, transfusões de sangue e derivados.
O Papel do Farmacêutico Clínico
O farmacêutico clínico desempenha um papel vital na assistência aos pacientes com dengue, desde a prevenção até o manejo da doença. Este profissional contribui para a educação dos pacientes sobre medidas preventivas contra picadas de mosquitos, reconhecimento precoce dos sintomas e a importância da busca por assistência médica. No contexto do tratamento, o farmacêutico clínico é essencial na seleção e dosagem apropriadas de medicamentos, monitoramento de interações medicamentosas e efeitos adversos, e na promoção da adesão ao regime de tratamento prescrito. Além disso, o farmacêutico clínico pode atuar na identificação de sinais de alerta de progressão para dengue grave, orientando os pacientes a procurarem cuidados médicos imediatos.
Conclusão e o que temos neste vídeo
A Dengue continua a ser uma ameaça significativa à saúde global, com uma complexidade clínica que exige uma abordagem multidisciplinar para o manejo. O farmacêutico clínico, como membro integral da equipe de saúde, oferece uma contribuição indispensável na educação, prevenção e assistência terapêutica aos pacientes afetados por esta doença. Através de uma atuação proativa e baseada em evidências, o farmacêutico clínico pode melhorar significativamente os resultados de saúde dos pacientes com dengue.
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