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Como a pandemia afetou a saúde dos controladores de infecção e dos profissionais de saúde?

Descubra como a pandemia afetou a saúde dos controladores de infecção e dos profissionais de saúde e o que pode ser feito para ajudá-los. Este estudo oferece insights valiosos sobre como estilo de vida, horas trabalhadas e bem-estar no local de trabalho afetam a saúde desses profissionais. Faça a diferença na sua vida e de quem cuida da saúde. Leia esta sinopse e conheça nossos cursos de pós-graduação em especialização e MBA em CCIH, CME, epidemiologia hospitalar, qualidade e segurança do paciente. #SaúdeMental #SaúdeFisica #ProfissionaisDeSaúde #PosGraduacao #Especializacao #MBA

 

Como os profissionais de saúde foram afetados pela pandemia?

Os profissionais de prevenção de infecções têm papel crítico no controle e prevenção da disseminação de SARS-CoV-2 desde o início da pandemia de COVID-19. Entre orientações em constante mudança, escassez de equipamentos de proteção individual e recursos, aumento das infecções relacionadas a assistência a saúde, e o aumento da carga de trabalho, os níveis de estresse aumentaram de forma substancial.

Mesmo déficits no bem-estar de profissionais de saúde sendo associados a maior rotatividade de funcionários e menor qualidade de atendimento, a maioria dos profissionais de saúde não atende as diretrizes de comportamentos para um estilo de vida saudável – que incluem critérios relacionados ao sono, atividade física, e alimentação.

 

O que este estudo avaliou entre os profissionais de saúde, durante a pandemia?

Esse estudo teve um objetivo triplo. Primeiramente, os autores buscaram descrever os comportamentos de saúde física, saúde mental, e de estilo de vida dos IPs. Em segunda instancia, foram realizadas comparações entre os comportamentos de estilo de vida e de saúde identificados de acordo com diferentes critérios. Por fim, buscaram examinar as associações entre comportamentos de estilo de vida, saúde física, e saúde mental com o papel desempenhado pelo profissional, o suporte percebido ao bem-estar no local de trabalho, a duração do turno de trabalho, e a raça/etnia.

 

Como foi avaliada a sensação de bem-estar dos controladores de infecção?

Foi realizado um estudo transversal, descritivo e correlacional, com membros da APIC (Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology). Os dados foram coletados entre julho e agosto de 2021, por meio de uma pesquisa on-line, voluntaria e anônima distribuída via e-mail para 6000 membros. O questionário foi composto por uma colheita de dados demográficos (incluindo gênero, raça/etnia, idade, papel na prevenção de infecções), por questões para avaliar a saúde física, mental, e o bem-estar do IP (guiadas pelas diretrizes de comportamento saudável do CDC) e questões sobre o impacto positivo ou negativo da pandemia sobre os comportamentos de estilo de vida.

Para avaliar a saúde dos participantes foi utilizada uma combinação entre ferramentas reconhecidas e perguntas elaboradas pelos autores, sendo as respostas sempre um valor numérico em uma escala de pontos. Em resumo foram avaliados:

Sintomas depressivos, com o Patients Health Questionnaire 2 (PHQ-2)

Ansiedade, com o Generalized Anxiety Disorder 2 (GAD-2)

– Percepção do estresse, com a Perceived Stress Scale 4 (PSS-4)

Qualidade de vida profissional, com a Professional Quality of Life Scale (ProQOL): foram utilizadas apenas 4 questões – “Me sinto desgastado por causa do meu trabalho”, “Me sinto preso pelo meu trabalho”, “Não estou tão envolvido com o meu trabalho como costumava estar”, e “Acho que posso fazer a diferença através do meu trabalho”.

Burnout, com a pergunta “No geral, com base na sua definição de burnout, como você classificaria seu nível de burnout?”

Autoavaliação da saúde física e mental, com as perguntas “Em uma escala de 0-10, como você classificaria sua saúde mental atual?” e “Em uma escala de 0-10, como você classificaria sua saúde física atual?”

– Apoio ao bem-estar no local de trabalho, com a pergunta “Quão favorável é o seu ambiente de trabalho para o bem-estar pessoal?”

Os autores utilizaram estatística descritiva para resumir os dados. Modelos de regressão múltipla foram utilizados para examinar a associação tanto dos indicadores de saúde quanto da probabilidade de impacto negativo da COVID-19 em relação ao papel desempenhado pelo profissional, o suporte percebido ao bem-estar no local de trabalho, a duração do turno, e a raça/etnia. Os comportamentos e medidas de saúde foram dicotomizados e classificados como tendo impacto positivo ou negativo.

Foram considerados comportamentos positivos: sono suficiente (≥7 horas/noite), atividade física adequada (≥150 minutos/semana), alimentação saudável (≥5 porções de frutas ou vegetais/dia), não ser atualmente fumante, nenhum uso ou uso leve de álcool (≤3 vezes/semana), melhor saúde física (pontuação de saúde física autoavaliada de 6-10), melhor saúde mental (pontuação de saúde mental autoavaliada de 6-10), sem sintomas de depressão (PHQ-2 ≤2), sem sintomas de ansiedade (GAD ≤2), nenhum ou pouco estresse (PSS-4 ≤4), ProQOL alto (ProQOL ≥12), nenhum sintoma de burnout.

Foram considerados impactos negativos da COVID-19: alterações no sono (dormir mais ou dormir menos), menos atividades físicas, comer menos saudável, mais tabagismo, mais consumo de álcool, pior autoavaliação de saúde física e mental.

 

Quais foram as principais alterações observadas entre os controladores de infecção durante a pandemia?

No total, 926 profissionais responderam ao questionário. Quase todos os participantes foram do sexo feminino (93.5%), sendo a maioria branca não hispânica (82.5%) e com bacharelado/mestrado (41.2%/42.3%). Mais de 70% dos respondentes tinham entre 35-64 anos, com cerca de 2/3 ocupando posições em cuidados intensivos, e mais da metade com turnos de 9-10 horas.

Comportamentos de estilo de vida saudável: uma pequena proporção dos IPs atendeu às diretrizes recomendadas pelo CDC para sono, atividade física e consumo de frutas e vegetais.

– 34.1% dormiam ≥7 horas por noite; sendo que 77% relataram que a pandemia afetou negativamente o sono – 71.5% dormindo menos e 5.5% dormindo mais

– 18,8% participavam de ≥150 minutos de atividades físicas moderadas por semana; 64.5% relatando menos atividade durante a pandemia

– 7,3% consumiam ≥5 porções de frutas e vegetais por dia; 61.1% relatando impacto negativo da pandemia

– 92,1% não eram fumantes atualmente; entre os fumantes (7.9%) aproximadamente 80% relataram piora do tabagismo

– 83.1% relataram ingestão de álcool ≤3 vezes/semana; com 37,4% relatando aumento da ingestão durante a pandemia

Saúde física e mental: cerca de 2/3 dos respondentes avaliaram bom estado geral de saúde, contudo uma proporção similar relatou piora com a COVID-19.

– 68,9% do IPs se autoavaliaram como tendo boa saúde física e 66% tendo boa saúde mental; sendo que 60% e 74%, respectivamente, indicaram piora

– 21% tiveram triagem positiva para depressão (PHQ-2 ≥ 3)

– 29,8% tiveram triagem positiva para ansiedade (GAD-2 ≥ 3)

– 65,2% relataram burnout

Função exercida: administradores/diretores e praticantes/linha-de-frente tiveram resultados similares em todos os comportamentos de saúde e impactos negativos da pandemia. Eles tiveram indicadores piores em relação a IPs em outras posições.

– 74.1% dos praticantes/linha de frente e 76.3% dos administradores/diretores relataram impacto negativo na saúde mental

Suporte ao bem-estar no local de trabalho: o suporte percebido ao bem-estar mostrou-se como um fator altamente relacionado com os impactos da pandemia. IPs cujo local de trabalho oferecia algum apoio eram mais propensos a ter boa saúde mental, sem depressão, sem ansiedade e sem burnout em comparação com aqueles com nenhum ou pouco apoio.

– IPs em instituições com suporte tiveram chances 43% menores de piora da saúde física e 49% menores da saúde mental em relação aos sem suporte

Duração do turno: a proporção de IPs com boa saúde em relação a todos os indicadores de saúde diminuiu com jornadas ou turnos de trabalho mais longos.

– 49.2% dos que trabalharam turnos de menos de 8 horas atingiram as 7 horas mínimas, 31% dos que trabalharam de 9-10 horas e apenas 20.9% dos que trabalharam mais de 11 horas.

– a mesma tendência foi observada para outros comportamentos, principalmente atividade física e tabagismo

Raça/etnia: não houve diferenças significativas nas chances de impacto negativo do COVID-19 em comportamentos de estilo de vida saudável entre IPs brancos e IPs de origens racial e etnicamente diversas.

– IPs de diversidade racial/étnica tiveram proporções maiores em saúde física, saúde mental, sem depressão, sem ansiedade, nenhum/pouco estresse e alta qualidade de vida profissional do que IPs brancos

 

Quais foram as limitações desta pesquisa?

Todas as correlações identificadas nesse estudo foram correlativas e não causativas. Além disso, como esse foi um estudo transversal não é possível afirmar se o impacto negativo percebido na saúde física e mental devido a COVID-19 se estabilizará com o tempo. Por fim, alguns dos quesitos utilizados foram perguntas auto avaliativas, o que pode carecer objetividade.

 

Quais as conclusões dos autores sobre o impacto da pandemia sobre a saúde dos profissionais de saúde e dos controladores de infecção?

Os autores concluem ressaltando os resultados de melhor bem-estar durante a pandemia dos profissionais de CCIH que tiveram turnos mais curtos e maior suporte de bem-estar no local de trabalho, em relação àqueles com turnos mais longos e sem tal suporte. Afirmam ainda que, como a saúde mental e física de profissionais de saúde pode afetar a qualidade e segurança da assistência a saúde, as instituições de saúde e as associações de prevenção de infecção devem continuar a promover e fornecer orientações para instituir/promover culturas de bem-estar no trabalho dos IPs e corrigir problemas que podem levar ao burnout e outros problemas de saúde mental.

 

Fonte:  Melnyk BM, Hsieh AP, Mu J, Jopp DA, Miller S. Associations among infection prevention professionals’ mental/physical health, lifestyle behaviors, shift length, race, and workplace wellness support during COVID-19. Am J Infect Control. 2023 Jan;51(1):62-69.

Link: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2022.04.004

 

Sinopse por: Maria Julia Ricci

E-mail: maria.ricciferreira@edu.unito.it

Instagram: https://www.instagram.com/sonojuju/

 

Links relacionados:

Impactos da pandemia sobre a segurança do paciente –

https://www.ccih.med.br/impactos-da-pandemia-sobre-a-seguranca-do-paciente/

Depressão e burnout de profissionais de saúde: como prevenir –

https://www.ccih.med.br/depressao-e-burn-out-de-profissionais-de-saúde-como-prevenir/

Pandemia de COVID-19 desencadeia aumento da prevalência de ansiedade e depressão –

https://www.ccih.med.br/pandemia-de-covid-19-desencadeia-aumento-de-25-na-prevalencia-de-ansiedade-e-depressao-em-todo-o-mundo/

Guia do CDC para prevenção de doenças crônicas – https://www.cdc.gov/chronicdisease/about/prevent/index.htm

 

TAGs/palavras-chave: prevenção de infecções, carga de trabalho, qualidade de atendimento, vida saudável, saúde mental, saúde física, comportamento saudável, ansiedade, depressão, estresse, qualidade de vida, burnout, bem-estar, CCIH,

 

 

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