O que é controvérsia e o que funciona na prevenção de infecção relacionada a cateter vascular.
👩⚕️ Palestrante: Enfermeira Raquel Cechinel
🎙️ Moderação: Professor Tadeu Fernandes e Enfermeira Karine Oliveira
O que você vai aprender:
✅ Práticas baseadas em evidências para prevenção de infecções relacionadas a cateteres;
✅ Mitos e verdades sobre cuidados com dispositivos invasivos;
✅ Atualizações em protocolos de inserção e manutenção.
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FAQ — Cateteres & Controvérsias: o que realmente funciona?
1) Qual é o foco da aula?
Separar “opiniões” do que reduz CABSI/CLABSI de fato: práticas essenciais de inserção/manutenção, o que é mito, e onde ainda há controvérsia. Palestrante: Enf. Raquel Cechinel; moderação: Prof. Tadeu e Enf. Karine Oliveira. → Ver a postagem da TV CCIH • Assistir à live (YouTube)
Referências: Post na CCIH+ (06/06/2025) e transmissão no canal TV CCIH. (CCIH Cursos, YouTube)
2) Qual antisséptico cutâneo é padrão-ouro para inserção e trocas de curativo?
Use clorexidina (>0,5%) em álcool para CVC e cateter arterial — e deixe secar antes da punção. Se houver contraindicação, use iodóforo/iodo tintura ou álcool 70%. Em ICUs, muitos serviços padronizam ≥2% CHG alcoólica. → Post/Live
Referências: CDC/HICPAC — resumo e estratégias (atual. 2024). (CDC) • SHEA/IDSA/APIC — CLABSI 2022 (inclui “use CHG alcoólica”, com detalhamento de ≥2%). (GAVeCeLT, SHEA)
3) Local de inserção importa?
Sim. Em adultos críticos, subclávia tende a menor risco infeccioso; evite femoral em obesos; mas a decisão é individual, ponderando risco mecânico/bleeding. Sempre com barreira máxima e técnica asséptica. → Post/Live
Referências: SHEA — “New guidance” (preferência pela subclávia; curativos com CHG como prática essencial). (SHEA) • Checklist de inserção do CDC. (CDC)
4) “Barreira máxima” e treinamento realmente reduzem infecção?
Sem rodeio: sim. Gorro, máscara, avental estéril, luvas estéreis e campo estéril total, além de treinamento e competência avaliada — mudam desfecho. → Post/Live
Referências: CDC/HICPAC — Guideline CRI. (CDC)
5) Curativos contendo CHG: quando usar?
Para pacientes >2 meses, curativos com CHG passaram a ser considerados prática essencial em muitos cenários. São úteis sobretudo onde o risco é alto. → Post/Live
Referências: SHEA/IDSA/APIC 2022 (essencial em >2 meses). (SHEA) • CDC — atualização específica sobre curativos impregnados com CHG (2017). (CDC)
6) “Scrub the hub” ou tampas alcoólicas (port protectors): o que escolher?
Os dois funcionam. O fundamental é adesão e fricção/tempo de contato. Scrub com álcool ou CHG+álcool funciona; tampa alcoólica ajuda na adesão passiva (especialmente onde o “scrub” fica aquém). Avalie custo-adesão-contexto. → Post/Live
Referências: CDC — estratégias de prevenção (scrub do conector; preferência por split-septum vs algumas válvulas mecânicas). (CDC) • SHEA/NICU white paper — tampas alcoólicas como barreira antisséptica passiva. (Cambridge University Press & Assessment)
7) Trocar CVC/PICC rotineiramente previne infecção?
Não. Não substitua rotineiramente CVC/PICC/hemodiálise/PA apenas para prevenir infecção. Não retire por febre isolada. Troque por fio-guia apenas se mau funcionamento e sem sinais de infecção. → Post/Live
Referências: CDC — resumo de recomendações e texto completo. (CDC)
8) PIVC: “troca programada” vs “troca quando clinicamente indicada” — em que pé estamos?
Evidência evoluindo. CDC mantém que não há necessidade de trocar >72–96h em adultos e considera “sem consenso” adotar apenas “clinicamente indicado” como regra universal. INS 2024 atualiza padrões (documento-base); estudos recentes (2025) levantam sinal de risco de BSI com permanências longas quando troca é só por indicação clínica. Resumo honesto: padronize avaliação clínica diária, retire assim que possível e documente sinais/complicações. → Post/Live
Referências: CDC — PIVC 72–96h / “unresolved issue” para “clinicamente indicado”. (CDC) • Cochrane 2019 (base pró “clinicamente indicado”). (PubMed) • INS 2024 — visão geral dos Standards. (learning.lww.com, ins1.org) • Estudo JAMA Netw Open 2025 (sinal de ↑BSI com trocas só por indicação clínica). (JAMA Network)
9) Banho com CHG e outras “táticas especiais”: quando entram em campo?
Quando a taxa não cai apesar do bundle essencial (inserção + manutenção bem feitas), parta para abordagens adicionais: banho diário com CHG em grupos-alvo, cateteres impregnados e tampas alcoólicas — conforme perfil de risco e recursos. → Post/Live
Referências: SHEA/IDSA/APIC 2022 — “additional approaches”; visão geral CDC. (SHEA)
10) O que é inegociável na manutenção? (versão sem floreio)
Fixação e curativo íntegros, higiene de mãos e scrub do conector a cada acesso, troca de equipo conforme rotinas, inspeção diária documentada e remoção precoce quando possível. Checklist + auditoria ajudam a manter aderência. → Post/Live
Referências: CDC — estratégias e checklist CLABSI. (CDC)
11) E no Brasil — que base regulatória considerar?
O Caderno 4 da ANVISA (2017) continua sendo a espinha dorsal para políticas institucionais de prevenção de IRAS, incluindo fluxo de inserção/manutenção e vigilância. Use em conjunto com as atualizações CDC/SHEA/APIC. → Post/Live
Referências: ANVISA — Caderno 4. (Serviços e Informações do Brasil)
12) O que há de novo em 2025 sobre CABSI (além de “central line”)?
A APIC lançou o Guia 2025 focado em CABSI em adultos (amplia o olhar para TODOS os dispositivos vasculares). É um toolkit prático para implementar, auditar e sustentar resultados. Excelente para transformar aula em protocolo institucional. → Post/Live
Referências: APIC — Guia 2025 (página oficial e listagem de Implementation Guides). (APIC)
Para pôr em prática amanhã (sem perfume, só execução)
- Inserção: checklist de barreira máxima + CHG alcoólica ≥0,5% (ideal ≥2%) + site selection pensando risco mecânico/infeccioso.
- Curativo: CHG para >2 meses; revisar integridade diariamente.
- Manutenção: scrub do conector OU tampa alcoólica (escolha o que garanta adesão).
- Vigilância & feedback: taxas/1.000 cateter-dia, tempo até remoção, aderência aos itens críticos.
- Revisão de política PIVC: adote avaliação clínica diária, retire assim que possível; evite permanências longas sem justificativa.
Minutagem:
5:33 Início da apresentação;
6:06 Rotas de contaminação do cateter;
7:33 Fisiopatogenia da Infecção Primária da Corrente Sanguínea;
9:09 Antissepsia da pele;
10:06 Apresentação de um estudo sobre a comparação da utilização da clorexidina alcoólica x PVPI;
16:56 Utilização de curativos de cateter contendo clorexidina para pacientes com mais de 2 meses de vida;
21:18 Banho com preparação de clorexidina em pacientes internados na UTI com mais de 2 meses de idade;
24:38 Uso de cateteres impregnado com antisséptico ou antimicrobiano;
30:59 Utilizar tampa protetora contendo antisséptico para cobrir os conectores;
33:31 Estratégias e dispositivos para prevenção de IPCSXCVC;
40:45 Existe viés nos trabalhos científicos realizados com clorexidina e PVPI para que a clorexidina tivesse melhor eficácia?
45:48 Qual a recomendação para preparo da pele para punção de cateter periférico álcool 70% swab ou clorexinina swab?
55:00 Quais as coberturas recomendadas para cateteres umbilicais?
57:19 Qual a recomendação para troca dos equipos?
1:01:00 Qual melhor recomendação para desinfecção da ponta do cateter?
1:06:00 Como é realização a capacitação de médicos insertores na realidade da palestrante?
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