AVALIAÇÃO DAS COMISSÕES DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR DOS HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS QUE PRESTAM ASSISTÊNCIA EM TERAPIA INTENSIVA NA CIDADE DE JOÃO PESSOA
O controle de infecção hospitalar (IH) no decorre dos anos evoluiu e evidenciou-se que não se restringe apenas no âmbito hospitalar, mas em todo estabelecimento assistencial de saúde. Para realização sistemática do controle de IH, todos que participam direta ou indiretamente, necessitam de uma ferramenta de qualidade que norteia o planejamento e execução das ações que visam controlar a infecção relacionada à assistência à saúde, sendo o Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) esta ferramenta de organização. A Infecção Hospitalar é uma condição localizada ou sistêmica que resulta de uma reação adversa na presença de agente(s) infeccioso(s) ou de sua(s) toxina(s) e que não estava presente ou incubada no dia da admissão no hospital.
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil (MS) para o cumprimento e execução de um Programa de Controle e Prevenção das Infecções Hospitalares (PCIH) faz-se necessário a composição de uma Comissão formada por profissionais da área de saúde conhecida como Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Esta deve ser efetiva e estar em funcionamento pleno e integral para garantir a elaboração do PCIH possivelmente viável, específico e adequado a cada realidade institucional. O objetivo geral deste estudo foi avaliar as CCIH dos hospitais públicos e privados que prestam assistência em terapia intensiva do município de João Pessoa-PB. Sendo objetivos específicos verificar a estrutura organizacional e funcional das CCIH e sua adequação as ações incluídas em seus PCIH. Verificar o cumprimento das exigências da Portaria GM nº 2616/98, no que diz respeito à implantação do PCIH. Foi utilizado como instrumento um check-list elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) conhecido como RDC-n. 48 de 2000.
Trata-se de um estudo do tipo exploratório e descritivo com abordagem quantitativa, que para análise estatística foi utilizado distribuição de freqüência entre os itens, imprescindíveis, necessários e recomendados por hospital. A população participante da pesquisa foram os 17 hospitais sendo entre eles, públicos e privados, que prestam assistência à saúde em terapia intensiva no município de João Pessoa-PB. Com intuito de se preservar a identidade dos hospitais optou-se por identificá-los de H1 até H17.
Como resultado foi observado quanto à presença dos itens imprescindíveis cujo resultado foi de 100% dos itens presentes no hospital H1, H6, H7, H8, H9, H10 e H11, no hospital H2, H3 e H12 (85,71%), H5(57,14%) e H4(14,29%) na avaliação do PCIH. Quanto aos itens necessários, estes apresentaram índices bastantes variados, com 100% dos itens presentes nos hospitais H6, H7, H8, H9, H10,H11, H12, H13, H14, H15 e H16, já nos hospitais H1(87,50%), H2(75%), H3(43,75%), H17(31,25%) e nos hospitais H4 e H5 ambos apresentaram 100% ausência dos itens necessários. Em relação aos itens recomendáveis, observa-se índices mais baixos, sendo 100% ausente todos os itens nos hospitais H2, H3, H4, H5, H6, H7 e H17. Nos hospitais H8, H9, H10, H11, H12,H13,H14 e H15 apresentam 75% dos itens presente e no H16( 100%) e H1 50%. Conclui-se, portanto que os PCIH necessitam ser mais bem implementados e as CCIH precisam ser mais atuantes nos hospitais estudados.
Autoras: Ana Cristina Cristina Ferenci Campanile e Adriana Cavalcanti Alves
Ficou interessado? Conheça nossos cursos MBA's e Express