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Segurança do Paciente: Um Olhar Crítico sobre Avanços e a Busca pela Alta Confiabilidade

Olhar crítico sobre avanços e o papel da segurnaça do paciente na busca pela alta confiabilidade.

🔸 Tema: Segurança do Paciente: Um Olhar Crítico sobre Avanços e a Busca pela Alta Confiabilidade

👩‍🏫 Convidada: Profª Dr. Cassiana Prates (Coordenadora MBA EQS)

🎙️ Moderação: Prof. Tadeu Fernandes e Karine Oliveira

Nesta live imperdível, você vai aprender:

✅ Uma visão crítica e atualizada sobre os principais avanços em segurança do paciente;

✅ Como instituições podem se tornar organizações de alta confiabilidade (High Reliability Organizations);

✅ Quais são os desafios práticos enfrentados pelas equipes para atingir excelência na segurança assistencial;

✅ Estratégias para fortalecer a cultura de segurança nas instituições de saúde.

Participe desse momento rico de troca de conhecimento e aprendizado prático com uma das maiores referências do assunto no país.

🚨 Não fique de fora! Esperamos você! Certificado para os participantes🚨

FAQ: A Busca pela Alta Confiabilidade na Segurança do Paciente

1. O que são Organizações de Alta Confiabilidade (HROs – High-Reliability Organizations)?

São organizações que operam em ambientes de alto risco e complexidade (como aviação, submarinos nucleares e controle de tráfego aéreo) e conseguem manter um altíssimo nível de segurança e evitar acidentes catastróficos por longos períodos. A saúde busca adaptar os princípios dessas organizações para melhorar a segurança do paciente.

2. Por que, apesar dos avanços, a saúde ainda não é considerada uma HRO?

Apesar da implementação de protocolos e checklists, a saúde ainda sofre com uma alta incidência de danos evitáveis. A cultura predominante muitas vezes foca na busca por culpados em vez de analisar as falhas do sistema, a hierarquia rígida inibe a comunicação e há uma dificuldade em aprender com os pequenos erros antes que eles se tornem eventos adversos graves.

3. Quais são os cinco princípios das Organizações de Alta Confiabilidade?

Os cinco princípios são:

  1. Preocupação com o Fracasso: Tratar qualquer pequeno erro ou desvio como um sintoma de uma potencial falha grave no sistema.
  2. Relutância em Simplificar: Evitar explicações fáceis para os problemas e buscar entender a complexidade real das situações.
  3. Sensibilidade às Operações: Manter-se consciente e atento ao que realmente acontece na linha de frente do cuidado.
  4. Compromisso com a Resiliência: Desenvolver a capacidade de detectar, conter e se recuperar rapidamente dos erros.
  5. Deferência à Expertise: Em uma crise, a autoridade se desloca para a pessoa com mais conhecimento sobre o problema, independentemente de seu cargo ou hierarquia.

4. O que significa “Preocupação com o Fracasso” na prática de um hospital?

Significa que um “quase erro” (near miss), como um medicamento quase trocado, não é visto como “sorte”, mas como uma falha grave no processo que precisa ser investigada e corrigida. É a cultura de relatar e valorizar os pequenos sinais de alerta para prevenir grandes danos.

5. Como a “Deferência à Expertise” se aplica à equipe de saúde?

Significa que durante uma intercorrência, a opinião de um técnico de enfermagem que conhece o paciente há mais tempo, ou de um farmacêutico que identifica uma interação medicamentosa perigosa, deve ser ouvida e respeitada pelo médico, mesmo que este seja o líder hierárquico. A expertise situacional supera a hierarquia.

6. Qual a relação entre a Cultura Justa e a Alta Confiabilidade?

A Cultura Justa é um pré-requisito para a Alta Confiabilidade. Sem um ambiente que diferencia o erro humano do comportamento de risco e da imprudência, os profissionais não se sentirão seguros para relatar falhas (violando o princípio da “Preocupação com o Fracasso”) e a organização não aprenderá com seus erros.

7. Como o médico pode aplicar os princípios de HRO em sua prática?

O médico pode aplicar os princípios ao ouvir ativamente as preocupações da enfermagem e da farmácia (Deferência à Expertise), ao revisar e questionar seus próprios diagnósticos e planos (Relutância em Simplificar) e ao liderar debriefings após eventos críticos para aprender com a equipe (Compromisso com a Resiliência).

8. Qual o papel do enfermeiro na construção de um sistema de alta confiabilidade?

O enfermeiro, por estar constantemente na linha de frente, tem a melhor “Sensibilidade às Operações”. Seu papel é comunicar proativamente as vulnerabilidades do sistema que observa no dia a dia e utilizar ferramentas como a dupla checagem e a comunicação estruturada para criar resiliência no cuidado.

9. Como o farmacêutico contribui para a Alta Confiabilidade?

O farmacêutico contribui ao ser a barreira de segurança que questiona prescrições (Preocupação com o Fracasso) e ao analisar dados de reações adversas e erros de medicação para identificar tendências e propor melhorias sistêmicas (Relutância em Simplificar).

10. Checklists e protocolos são suficientes para garantir a segurança?

Não. Ferramentas como checklists são importantes, mas são inúteis sem a cultura correta. Em uma cultura de baixa confiabilidade, os checklists são preenchidos de forma automática, sem engajamento. Em uma HRO, o checklist é uma ferramenta para promover a comunicação e garantir que os passos críticos sejam respeitados por todos.

11. O que é “Segurança Psicológica” e por que ela é essencial para uma HRO?

Segurança Psicológica é a crença de que um profissional pode falar, fazer perguntas ou admitir um erro sem medo de ser punido ou humilhado. Sem ela, a “Deferência à Expertise” não funciona, pois o profissional de menor hierarquia não se sentirá seguro para desafiar uma decisão, e a “Preocupação com o Fracasso” também falha, pois ninguém relatará os erros.

12. Como uma HRO lida com o erro humano?

Uma HRO entende que o erro humano é inevitável. Em vez de culpar o indivíduo, ela estuda o “porquê” do erro ter acontecido: o processo era falho? A equipe estava sobrecarregada? A tecnologia era confusa? O foco é redesenhar o sistema para tornar o erro mais difícil de acontecer e mais fácil de ser detectado.

13. O que é “Sensibilidade às Operações”?

É a capacidade da liderança de entender como o trabalho realmente é feito na ponta (“work-as-done”), em vez de se basear apenas no que os protocolos dizem que deveria ser feito (“work-as-imagined”). Isso requer que os líderes estejam presentes, observem e conversem com as equipes da linha de frente.

14. Como uma equipe pode treinar o “Compromisso com a Resiliência”?

A equipe pode treinar a resiliência através de simulações de emergências, debriefings estruturados após eventos reais (para discutir o que funcionou e o que não funcionou) e desenvolvendo planos de contingência para situações de risco conhecidas.

15. A busca pela Alta Confiabilidade é um projeto com começo, meio e fim?

Não. A Alta Confiabilidade é uma jornada contínua, uma mentalidade que deve ser cultivada diariamente. É um compromisso constante com a vigilância, o aprendizado e a melhoria, pois os riscos e a complexidade do cuidado em saúde nunca desaparecem.

16. Como a liderança deve agir para promover uma cultura de HRO?

A liderança deve demonstrar um compromisso visível com a segurança, alocar recursos para melhorias, proteger as pessoas que relatam erros (Cultura Justa), estar presente nas unidades (Sensibilidade às Operações) e modelar os comportamentos esperados, como admitir a própria falibilidade.

17. A Alta Confiabilidade se aplica apenas a hospitais de grande porte?

Não. Os princípios de HRO são escaláveis e aplicáveis a qualquer ambiente de saúde, desde uma Unidade Básica de Saúde até um grande centro cirúrgico, uma clínica de diálise ou uma farmácia hospitalar. A cultura de segurança é universal.

18. O que significa “Relutância em Simplificar” no diagnóstico de um evento adverso?

Significa não aceitar a primeira resposta ou a causa mais óbvia (ex: “o enfermeiro se distraiu”). Envolve uma investigação mais profunda, usando ferramentas como a Análise de Causa Raiz, para descobrir os múltiplos fatores contribuintes que levaram ao erro, como sobrecarga de trabalho, alarmes ignorados, embalagens parecidas, etc.

19. Como a transparência com os dados de segurança ajuda a construir uma HRO?

A divulgação transparente dos indicadores de segurança para as equipes da linha de frente reforça a “Preocupação com o Fracasso” e a “Sensibilidade às Operações”. Quando todos conhecem os riscos e o desempenho real, sentem-se mais engajados e responsáveis pela melhoria.

20. Qual é o primeiro passo para uma equipe ou hospital iniciar a jornada para a Alta Confiabilidade?

O primeiro passo é um compromisso da liderança com a mudança cultural, começando pela implementação de uma Cultura Justa robusta. Sem a garantia de que os relatos não levarão à punição, nenhum dos outros princípios de HRO pode florescer.

Minutagem:

06:44 Importância do tema

08:00 Abril pela segurança do paciente em 2025

10:05 Desafios da alta confiabilidade

10:40 Cenário atual da saúde no Brasil

14:14 Impacto dos desastres naturais, incorporação tecnológica e a instabilidade sócio-econômica sob a segurança do paciente

16:00 Dados sobre a insegurança dos pacientes.

22:55 Erros de diagnóstico

25:00 principais avanços na segurança do paciente

31:40: Alta confiabilidade do sistema de saúde, um desafio global.

31:55 Segurança do paciente no Brasil. 3

51:30 Imporância da cultura de segurança do paciente.

38:20 Plano de segurança do paciente

43:50 Desafios e pontos críticos para a segurança do paciente

48:00 Segurança do profissional de saúde.

49:10 Papel da liderança na cultura de segurança do paciente.

50:04 Papel da certificação sobre a segurança do paciente.

51:16 Saúde baseada em valor e segurança do paciente.

55:04 Papel da integração dos profissioanais como instrumento para os profissionais de saúde desenvolvam cultura de segurança do paciente

1:03:00 Como implementar cultura justa dentro das instituições

1:10:00 Como pode ser envolvidos os pagodores/operadoras de saúde para a cooresponsabilização da segurança do paciente?

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