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A importância das culturas de vigilância para a prevenção de IRAS

A importância das culturas de vigilância para a prevenção de IRAS

Neste vídeo

O rastreamento de microrganismos multirresistentes é uma prática fundamental para conter sua dispersão nos ambientes hospitalares e prevenir a ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Nessa edição especial do Superação, receberemos o microbiologista Célio de Faria para relembrar quais as práticas recomendadas para a realização das culturas de vigilância, os principais microrganismos pesquisados, os testes para detecção de resistência utilizados, como é a liberação de resultados e a interface do laboratório com a CCIH. A moderação será feita por Beatriz Grion e Tadeu Fernandes.

Principais tópicos:

09:05 Importância do laboratório de microbiologia

11:40 por que fazer cultura de vigilância?

18:15 microrganismos multiresistentes e microganismos inusitados

41:00 quando fazer cultura de vigilância?

43:20 de quais sítios devem ser coletadas as amostras?

46:10 sensibilidade das culturas de vigilância

47:45 como fazer as culturas de vigilância

1:05:00 qual a importãncia prática de se detectar o mecanismo de risistência frente ao resultado fenotípico do antibiograma?

1:13:20 e quando identificamos vários mecanismos de resistência?

1:15:30 é recomendada cultura de vigilância em todos paceintes que vêm transferidos de outras instituições onde ficaram acima de 48 ou 72 horas internados?

1:21:14 deve-se fazer coorte de pacientes com MRSA?

1:25:20 deve-se liberar MIC nas culturas?

1:27:30 deve-se fazer culturas de vigilância periodica em pacientes com internação prolongada?

1:31:30 quando um multiresistênte é endêmico dev-se manter o paciente em precauções de contato?

1:32:40 quanto tempo dura uma colonização por multi resistente?

1:34:00 é válido colonizar um paciente com multi resistentes com cepas sensíveis?

 

Microrganismos Multirresistentes nos Hospitais e a Importância da Cultura de Vigilância

Os microrganismos multirresistentes (MMR) são bactérias, vírus, fungos e parasitas que desenvolveram resistência a múltiplos antimicrobianos, tornando-se uma grande preocupação nos ambientes hospitalares. Entre os principais MMR que preocupam nos hospitais, destacam-se:

Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)

Enterococcus resistente à vancomicina (VRE)

Bactérias Gram-negativas produtoras de β-lactamases de espectro estendido (ESBL), como E. coli e Klebsiella pneumoniae

Acinetobacter baumannii resistente a múltiplos fármacos

Pseudomonas aeruginosa resistente a múltiplos fármacos

Candida auris, um fungo emergente resistente a múltiplos antifúngicos

 

Importância da Cultura de Vigilância

A cultura de vigilância refere-se à prática sistemática de detectar a presença de MMR em pacientes hospitalizados, geralmente por meio de culturas de triagem. Este processo é fundamental por várias razões:

Detecção Precoce e Contenção: Permite a identificação precoce de colonizações ou infecções por MMR, facilitando intervenções rápidas para conter a disseminação.

Prevenção de Surto: Ajuda a evitar surtos em ambientes hospitalares, protegendo pacientes vulneráveis.

Adequação Terapêutica: Contribui para a escolha de terapias mais adequadas e personalizadas, evitando o uso desnecessário de antimicrobianos de amplo espectro.

Sensibilidade dos Resultados Positivos

A sensibilidade dos testes de vigilância é crucial, embora a maioria dos estudos relate valores inferiores a 50%, para garantir que todos os casos de colonização por MMR sejam detectados. A maior sensibilidade reduz o risco de falsos negativos, o que é essencial para o controle eficaz de infecções nos hospitais.

 

Prós e Contras do Isolamento de Pacientes

Prós:

Redução da Transmissão: Isolar pacientes infectados ou colonizados por MMR diminui o risco de transmissão para outros pacientes e profissionais de saúde.

Foco na Higiene e Precauções: Promove práticas rigorosas de controle de infecção e higiene das mãos entre os profissionais de saúde.

Monitoramento Específico: Permite um acompanhamento mais detalhado do paciente isolado, facilitando intervenções direcionadas e tratamento adequado.

Contras:

Estigma e Isolamento Social: O isolamento pode levar ao estigma e ao isolamento social do paciente, afetando sua saúde mental e emocional.

Recursos e Custos: Requer recursos adicionais, como quartos de isolamento e equipamentos de proteção individual, o que pode ser custoso.

Possível Complacência: Pode ocorrer uma falsa sensação de segurança, onde o foco excessivo em pacientes isolados desvia a atenção das práticas de controle de infecção aplicadas a todos os pacientes.

O manejo adequado de microrganismos multirresistentes em ambientes hospitalares requer um equilíbrio entre medidas eficazes de controle de infecção e o cuidado compassivo aos pacientes, evitando os efeitos negativos do isolamento.

 

Referência:

[Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Diretrizes para o controle de infecções]

Sinopse por: Antonio Tadeu Fernandes

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