Foi divulgado no início de abril um novo relatório do Grupo de Líderes Globais (GLG) sobre Resistência Antimicrobiana (Líderes AMR, em inglês AMR Leaders).
O Grupo de Líderes Globais sobre Resistência Antimicrobiana foi criado em novembro de 2020, seguindo a recomendação do Grupo de Coordenação Interinstitucional (IACG) sobre Resistência Antimicrobiana para fortalecer o impulso político global e a liderança em matéria de Resistência aos Antimicrobianos (RAM). A reunião inaugural do Grupo ocorreu em janeiro de 2021.
O grupo apela aos líderes políticos para que assumam compromissos específicos na reunião de alto nível sobre a RAM, que ocorrerá na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 26 de Setembro.
O relatório do GLG, “Rumo a compromissos e ações específicos na resposta à resistência antimicrobiana”, insta os Estados-Membros da ONU a garantirem que o financiamento adequado, previsível e sustentável esteja disponível a partir de fontes internas e externas para abordar a RAM, incluindo para enfrentar a diminuição da investigação e desenvolvimento pipeline para novos antibióticos. O GLG propõe que os instrumentos de financiamento existentes expandam o seu âmbito para incluir a RAM e aumentem os investimentos para apoiar a implementação de Planos de Acão Nacionais multissetoriais, especialmente em países de baixo e médio rendimento.
O documento salienta como a governança multissetorial responsável, eficaz e funcional é fundamental para coordenar uma resposta global à RAM e implementar intervenções com sucesso. Para conseguir isso, o GLG propõe a criação de um painel independente para monitorar e relatar as evidências relacionadas à RAM, facilitando a ação colaborativa e coordenada contra a RAM.
Para impulsionar a ação global e nacional sobre a RAM, o relatório GLG propõe várias metas orientadas para resultados para acelerar o progresso:
- Até 2030, reduzir em 10% as mortes humanas a nível mundial devido à RAM.
- Até 2030, os antibióticos do grupo ACCESS (classificação da Organização Mundial de Saúde) representarão pelo menos 80% do consumo total de antibióticos humanos.
- Até 2030, reduzir a quantidade de agentes antimicrobianos utilizados no sistema agroalimentar a nível mundial em pelo menos 30-50% em relação ao nível atual;
- Até 2030, eliminar o uso de antimicrobianos de importância médica para a medicina humana em animais para fins médicos não veterinários ou na produção agrícola e em sistemas agroalimentares para fins não fitossanitários.
Fonte: https://www.amrleaders.org/resources/m/item/glg-report
