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Cuidado farmacêutico na doença renal crônica

Cuidado farmacêutico na doença renal crônica

Cuidado farmacêutico na doença crônica

O que temos no vídeo

Junte-se a nós na live “Cuidado Farmacêutico na Doença Renal Crônica” com o renomado palestrante Douglas Nuernberg de Matos. Este evento é uma oportunidade única para farmacêuticos, profissionais de saúde e estudantes se aprofundarem no conhecimento sobre a gestão farmacêutica de pacientes com doença renal crônica. Durante a palestra será compartilhado insights valiosos sobre estratégias de cuidado farmacêutico direcionadas especificamente para pacientes com doença renal crônica. Os tópicos abordados incluirão: gerenciamento de medicamentos em pacientes com comprometimento renal, identificação e prevenção de interações medicamentosas adversas, adaptação de doses de medicamentos de acordo com a função renal, monitoramento regular da função renal durante o tratamento farmacológico, educação do paciente sobre a importância do uso adequado de medicamentos e adoção de um estilo de vida saudável para o controle da doença. A moderação será feita por Anna Clara Arruda.

Saiba mais sob uso de medicamentos em pacientes com doença renal

O manejo farmacológico em pacientes com doença renal requer uma abordagem cuidadosa e personalizada, fundamentada em um entendimento profundo da farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos. A doença renal compromete a excreção de substâncias pelo rim, alterando o perfil de eliminação de muitos fármacos e seus metabólitos, o que pode levar a um acúmulo tóxico ou a uma eficácia reduzida dos tratamentos.

Primeiramente, é essencial a avaliação precisa da função renal, geralmente estimada pela taxa de filtração glomerular (TFG), para ajustar as doses de medicamentos excretados renalmente. Medicamentos nefrotóxicos devem ser evitados ou usados com extrema cautela, monitorando-se sinais de deterioração da função renal.

A hidratação adequada é crucial para pacientes renais, especialmente quando em uso de medicamentos que afetam o fluxo renal, como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), que podem reduzir a perfusão renal e agravar a função renal.

A interação medicamentosa é outro fator crítico, dada a possibilidade de alterações na ligação proteica e no metabolismo hepático, que podem intensificar os efeitos tóxicos ou terapêuticos dos medicamentos. Portanto, uma revisão detalhada das medicações concomitantes é indispensável.

O monitoramento laboratorial frequente é recomendado para detectar precocemente alterações na função renal e eletrólitos, ajustando o tratamento conforme necessário. Este acompanhamento deve incluir não apenas os níveis plasmáticos dos fármacos, mas também indicadores de função renal e de potenciais efeitos adversos.

Além disso, a educação do paciente sobre a importância da adesão ao tratamento, os sinais de toxicidade medicamentosa e as interações alimentares e medicamentosas possíveis é fundamental para o sucesso terapêutico.

Em suma, a terapia medicamentosa em pacientes com insuficiência renal exige uma avaliação rigorosa e contínua do perfil de segurança e eficácia dos medicamentos, ajustes de dose baseados na função renal e um monitoramento cuidadoso para prevenir complicações.

Medicamentos Nefrotóxicos e Como Evitá-los

Medicamentos nefrotóxicos são aqueles que podem causar danos aos rins, afetando sua capacidade de filtrar o sangue e eliminar resíduos. O uso desses medicamentos, especialmente em pacientes com doença renal pré-existente, demanda cautela e monitoramento rigoroso. Entre os medicamentos mais comumente associados à nefrotoxicidade, destacam-se:

Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs): Podem reduzir o fluxo sanguíneo para os rins, prejudicando a função renal. Alternativas incluem o uso de analgésicos que não afetam a função renal, como o paracetamol, sob orientação médica.

Antibióticos como Aminoglicosídeos e Vancomicina: Conhecidos por sua potencial toxicidade renal, o monitoramento dos níveis sanguíneos e ajuste das doses são essenciais para minimizar riscos.

Contrastes Radiológicos: Usados em exames de imagem, podem afetar temporariamente a função renal. A hidratação adequada antes e após o procedimento é crucial, além da avaliação de alternativas de diagnóstico.

Inibidores da Calcineurina (Tacrolimo e Ciclosporina): Utilizados em transplantes para prevenir rejeição, podem causar vasoconstrição renal. O ajuste cuidadoso da dose e o monitoramento frequente da função renal são necessários.

Diuréticos de Alça e Tiazídicos: Embora utilizados para tratar edema e hipertensão, em altas doses, podem levar à desidratação e insuficiência renal. O uso deve ser monitorado e ajustado conforme a função renal.

Prevenção da Nefrotoxicidade:

Avaliação da Função Renal: Antes de iniciar qualquer tratamento, especialmente com medicamentos conhecidos por sua nefrotoxicidade, é importante avaliar a função renal do paciente.

Ajuste de Dose: Ajustar as doses de medicamentos com base na função renal do paciente para evitar a acumulação tóxica.

Monitoramento Regular: Monitorar a função renal e os níveis plasmáticos dos medicamentos nefrotóxicos durante o tratamento.

Hidratação: Manter uma boa hidratação pode ajudar a prevenir danos renais, especialmente ao usar contrastes radiológicos ou em situações de risco de desidratação.

Uso Alternativo de Medicamentos: Sempre que possível, optar por medicamentos com menor risco de nefrotoxicidade e avaliar tratamentos não farmacológicos.

A prevenção e o manejo da nefrotoxicidade requerem uma abordagem multidisciplinar e individualizada, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento farmacológico em pacientes com risco de doença renal.

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